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Depois de dezenas de horas defendendo a vila de Kamura dos mais variados monstros, chegou a hora de embarcarmos para além do oceano e desbravar terras desconhecidas em Monster Hunter Rise. A expansão Sunbreak, que a própria Capcom chama de “imensa”, está entre nós trazendo novos mapas, monstros e tudo relacionado a eles (armas e armaduras), além de NPCs e uma nova história.

A Capcom manteve a tradição de trazer muito conteúdo extra com a expansão, assim como aconteceu com Monster Hunter World: Iceborne, expansão do título anterior. Mas, claro, aproveitando ainda o que o jogo base trouxe, que também é muita coisa.

Uma das maiores mudanças é que a expansão dá uma “ocidentalizada” na ambientação, como o próprio produtor do jogo, Ryozo Tsujimoto, disse em entrevista antes do lançamento de Sunbreak. Essa mudança é muito bem-vinda, já que o hub do jogo base, que é a vila Kamura, é um ambiente que você vai passar muito tempo e uma hora ou outra a repetição de cenário, NPCs e, principalmente a música, vá incomodar em algum momento.

Na falta de jogadores, Tines e Doguinho marcam presença

Mudança de ares é sempre bom

Falando em hub, temos Elgado, uma espécie de posto avançado criado por essa nova equipe apresentada na expansão. O lugar lembra bastante o hub de Monster Hunter World, só que bem menor, mas ambos contam com estruturas de madeira em todo canto, além de tendas, bem coisa de acampamento de exercito.

Quando vi as primeiras cutscenes e vi o sotaque britânico dos novos NPCs principais, até me empolguei, já que o caricato e exagerado que os atores americanos trazem (muito provavelmente a pedido da Capcom para manter a essência japonesa) é muito forçado e abusa fácil. Porém, infelizmente, são só dois ou três personagens que têm sotaque britânico, o resto continua no americano. Se curte japonês, vai fundo, bem melhor.

Novos cenários e monstros é o que queremos ver

A expansão Sunbreak traz monstros novos e únicos, além de outros já conhecidos por fãs de longa data e novas variações de monstros já existentes. Essa combinação soma 17 “novos” monstros até o momento da publicação. Vale lembrar que a Capcom já tem um roadmap de novos conteúdos chegando a partir do mês que vem, então esse número irá mudar.

Souls/Vania vibes

Os novos monstros principais têm design bem interessante e um deles foge do padrão que os outros monstros costumam seguir: dragão, quadrúpede, lagarto, coisas do tipo. A história foca em três lordes, que são os monstros únicos que falei, mas não acaba aí…

Em relação às novas fases, Monster Hunter Rise: Sunbreak traz duas novas áreas. A primeira delas é a Selva, que é uma área que está voltando de um outro jogo da franquia, e conta com áreas de caverna, praia e floresta densa. A Capcom disse que fez algumas adaptações para a mecânica vertical de exploração do jogo.

A outra região é o Forte, que conta com várias áreas diferentes. É possível encontrar uma região congelada, pântano, cavernas, áreas verdes e a minha área favorita, um castelo destruído, bem estilo medieval, meio Dark Souls e Castlevania. É nessa região que se passam as principais missões de história, então um cuidado extra foi dedicado ao Forte, mesmo que a área tenha problemas consideráveis de desempenho, e isso só acontece no Forte.

Esse é um dos novos cenários e um dos novos monstros

As fases agora, até as que são do jogo base, contam nova vida endêmica. Por exemplo, em Sunbreak, você verá um conjunto de criaturas coladas em paredes que explodem, causando diferentes efeitos dependendo de sua cor, se você levar um monstro montado e jogá-lo contra a parede. Além de aranhas marionetes que podem ser usados para puxar monstros e caranguejos que atacam se o monstro cair na água.

Sunbreak traz novos insetos que auxiliam na montaria. O inseto vermelho aumenta o dano da criatura em que você está montado, o que é bem útil quando você está atacando o monstro da vez. Já o inseto dourado aumenta as chances de mais partes do monstro caírem enquanto você o monta.

NPCs inteligentes que ajudam

Outra novidade que a expansão traz são as missões de seguidores. A história principal traz Fiorayne como sua auxiliadora e ela o acompanha nas missões urgentes da campanha. Depois, é possível realizar missões que ela e outros NPCs da história disponibilizam. A cada novo ranque de mestre, que é o novo nível da expansão, mais missões em coop com NPCs vão surgindo.

Minoto também luta, tá pensando o quê!

Essa missões se dividem em Missões de Seguidor, onde você é acompanhado por aquele NPC que precisa de ajuda e isso inclui personagens do jogo base, como as gêmeas, por exemplo e em Buscas de Suporte, em que você escolhe qual NPC irá acompanhá-lo, além de escolher sua arma também.

Para minha surpresa, os NPCs tem uma boa IA. Eles usam itens, atacam e se movimentam durante as lutas, até aí tudo bem. Porém quando você sente falta do parceiro controlado pelo computador, do nada, ele aparece montado em um outro monstro para auxiliá-lo. Sim, o NPC sai da batalha em questão para trazer mais força de combate montado em outro monstro. Um baita ponto positivo aí.

Com várias armas e armaduras que Monster Hunter Rise: Sunbreak trouxe, também muitas habilidades novas estão disponíveis. Antes, com a campanha base, você precisava experimentar qual habilidade era a mais interessante para o seu estilo. Agora, é possível escolher quais habilidades você quer carregar consigo e trocar durante a batalha.

Essa é Fiorayne, uma das personagens principais da expansão, e eu sou o Power Ranger azul ali

Sunbreak é uma aventura obrigatória para fãs

Monster Hunter Rise: Sunbreak é uma grande expansão, como foi Monster Hunter World: Iceborne. Na versão de PC, a que joguei, a DLC trouxe muitos jogadores e a Steam registrou um número maior de jogadores comparado com o registrado quando o jogo chegou em janeiro. Até o momento da publicação desse review, o jogo está entre os mais jogados na plataforma da Valve.

Os problemas de Sunbreak são os mesmos do jogo base, com diálogos, digamos, “bestinhas”. Além disso, a história, embora seja melhor que a campanha principal, não marca tanto e o voice acting em inglês acaba se tornando irritante depois de um tempo. Eu também esperava pelo menos uma variação maior de cenários, mesmo que o Forte seja grande. Várias vezes teremos missões nos ambientes do jogo base.

Essa é uma das novas e principais ameaças de Sunbreak

A versão de PC recebeu suporte ao NVIDIA DLSS, mas o recurso de upscaling de imagem está “tosando” os monstros e bichanos do jogo, já que o efeito de pelos vem do filtro TAA, que é desabilitado com o DLSS ativado. Além disso, a queda de desempenho no Forte incomoda e está acontecendo até em PCs mais parrudos.

Monster Hunter Rise já é um jogo muito divertido, que garante fácil algumas centenas de horas. Com a expansão Sunbreak, isso se amplia em muito mais e para melhorar o cenário, a comunidade de jogadores está bem engajada, com centenas de milhares de caçadores ativos agora. Assim fica fácil conseguir sempre companhia para as missões, tornando o jogo bem mais interessante.