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Review – Baten Kaitos I & II HD Remaster
Um excelente remaster para resgatar um clássico esquecido no Game Cube

Antes da Monolith Soft ficar famosa por Xenoblade Chronicles, uma nova franquia de JRPG chegava ao Game Cube num trabalho em parceria com a tri-Crescendo. 20 anos depois do lançamento original, a Bandai Namco lança Baten Kaitos I & II HD Remaster com exclusividade para Nintendo Switch.
Retorne para a história de Baten Kaitos: Eternal Wings and the Lost Ocean, com a chance de conhecer como tudo começou em Baten Kaitos Origins, numa remasterização que demonstra todo cuidado que a franquia merece receber para chegar até a nova geração de jogadores.
Um clássico subestimado e perdido no tempo
Baten Kaitos nos leva para um mundo mágico, com ilhas flutuantes e as nuvens formando um vasto mar, trazendo a civilização para uma evolução capaz de desenvolverem asas em suas costas (Wings of the Heart). Na construção rica e completa desse universo, temos a lenda da Guerra dos Deuses e a queda de Malpercio, o Antigo Deus da Destruição, banido por heróis espirituais que utilizavam o poder das cartas Magnus.

Neste ponto é que podemos perceber a genialidade dos desenvolvedores em unir a história com o formato de gameplay, contextualizando a construção de baralho (deck building) na maneira em que a mecânica de itens e o combate se desenrola. Essas cartas são responsáveis por construírem o Magnus Battle System, que se baseia em cartas, distribuídas aleatoriamente, para decidirmos em tempo real as ações nas batalhas.
Ao contrário dos JRPGS tradicionais, o jogador não controlará Kalas, um dos protagonistas de Eternal Wings and the Lost Ocean, mas sim um Espírito Guardião de outro mundo e que possui uma misteriosa ligação com o herói, acompanhando toda jornada para emprestar força e sabedoria. Vamos desde seu chamado, desmemoriado e em busca de vingança pela morte de sua família, ao combate feroz contra o Império das Cinco Grande Nações para evitar que as End Magnus caiam em mãos erradas e o poder de Malpercio não seja usado.
Tanto em Eternal Wings and the Lost Ocean quanto em Origins, a construção narrativa é o grande atrativo do primeiro jogo de Baten Kaitos. No primeiro jogo emos cada uma das nações (Sadal Suud, Diadem, Anuenue, Mira e Alfard) e o desenvolvimento da cultura com foco nos interesses dis personagens, principalmente os imperadores locais. Isso faz com que a mitologia se misture com a civilização e a tecnologia Magnus, trazendo (sem spoilers) reviravoltas envolvendo os heróis dessa história, o poder do coração, a lenda das Childrens of the Earth, os Ancient Wizards, os Deuses e Malpercio.

Em Origins, o segundo jogo, retornamos 20 anos no tempo para conhecer Sagi e seu trabalho na The Dark Service, uma unidade de elite do exército imperial de Alfard. Acompanhado de Milly e Guillo, uma espécie de fantoche mecanizado, os protagonistas buscam revelar a verdade por trás do assassinato do Imperador Olgan, as reais motivações de Lorde Baelheit e os planos de Questor Verus, na batalha de poder entre as forças Pro-Magnation, que defendem o poder do coração e os Pro-Machination, que buscam a soberania através das máquinas.
Todos os personagens são muito bem explorados e aprofundados, desde Kalas e Sagi, além do grupo de progatonistas formados por Xelha, Gibari, Lyude, Savyna, Mizuti, Guillo e Milly, aos demais nomes que surgem ao longo da história e são construídos ou desconstruídos acabam explorando a dicotomia entre mitologia, política e tecnologia
Analisando o centro das duas histórias, é muito satisfatório acompanhar a maneira como constróem a ligação de Kalas com as End Magnus e o motivo dele possui uma asa mecânica, a viagem de Sagi entre o presente e o mundo dos sonhos, a ligação do Espírito Guardião com os dois protagonistas (mesmo em época diferentes), os conflitos de Melodia e por quê Giacomo e Verus servem como bons antagonistas.

Quando descobrimos mais sobre o mundo e como a luta do bem contra o mal serve de pano de fundo para tratar a história, percebemos que a motivação de Wiseman, as ligações de Lord Baelheit e Geldoblame com outros personagens (que não revelaremos para não estragar a surpresa), o papel da The Dark Service neste mundo, o crescimento dos líderes mundiais (Rodolfo, Ladekahn, Corellia, e Calbren) e como Malpercio orbita todos esses elementos, desde a temática sobre Pro-Magnation e Machination ou a busca pelas End Magnus, esses elementos narrativos acabam pontuando muito bem o desenvolvimento de ambos os jogos.
É hora do duelo!
Dificilmente um jogo que trabalhe o combate através de cards, principalmente com a mecânica de deck building, seja algo ruim ou erre na execução. O trabalho da Monolith Soft e tri-Crescendo em Baten Kaitos é prova disso, pois suas ações de ataques e defesa são baseadas em cartas de acordo com a habilidade de cada personagem.
Sagi com sua katana, Kalas com uma espada e adaga, Guillo e Xelha com suas magias elementais e Milly com seus bastões fecham os protagonistas principais. Complementando o estilo de luta, Gibari usa seus remos e proficiência com água e ar, Lyude conta com seu rifle para disparar poderes de luz e trevas, Savyna apoia no combate corpo a corpo, e por último, talvez como meu preferido até mesmo pelo envolvimento com o lore de Baten Kaitos, Mizuti e seu chakram mágico.

As cartas além de ações de combate também contém itens e equipamentos, até mesmo com cartas em branco para você poder “capturar” certos elementos do jogo. Interessante também perceber que as cartas sofrem ação do tempo como, por exemplo, um card de leite pode virar queijo, oferecendo uma cura maior ao personagem, ou uma uva que inicialmente pode ser usada para cura, mas com o passar do tempo ela estragará e poderá ser usada para envenenar o adversário.
Em Eternal Wings and the Lost Ocean temos a opção de criar combos com até nove cartas, para causar dano (dentre ataque físico ou mágico) ou defender-se, no entanto em Origins o combate ficou mais simplificado. Ao contrário do baralho específico para cada personagem do primeiro jogo, no seu título sequencial você poderá usar qualquer card independente dos três protagonistas.
Para compensar essa simplificação, os desenvolvedores adicionaram os EX Combos e Relay Attacks, em que o primeiro oferece bônus aos personagens conforme uma combinações específicas de cartas, além do último permitir o ataque especial com a participação dos membros da party.

Eu poderia ficar comentando eternamente sobre o sistema de combate e como as cartas Magnus servem brilhantemente para Baten Kaitos unir a história, o mundo e a própria mecânica em que elas estão relacionadas. No entanto com mais de mil cartas para você coletar e experimentar, dentre as mais de 50 horas de jogo, com certeza será uma tarefa que eu comecei no Game Cube e explorarei ainda mais nesta edição remasterizada para o Nintendo Switch.
Melhorias com foco na nova geração
A Bandai Namco se mostrou realmente preocupada em trazer esse título para 2023, trabalhando em diversas mudanças para o remaster. Isso fica evidente nas adições com foco na qualidade de vida para o jogador dentro de um jogo que, por mais interessante que a história e o mundo sejam, possui uma cadência datada e se desenvolve lentamente.
Os desenvolvedores adicionaram opções para você desativar os encontros aleatórios com inimigos ou derrotar os inimigos com um único golpe (Intant KO). A velocidade do jogo também tem três níveis, para agilizar a exploração, além da batalha ficar mais rápida, inclusive com a opção do Auto Battle e animação de resultados simplificada.

Para os mais desatentos e menos exigentes, Baten Kaitos I & II HD Remaster conta com auto-save (sim, não existia isso no Game Cube) e uma espécie de glossário para você buscar por termos ao buscar por ajuda. Aos mais aficionados pela franquia, assim como eu, agora temos duas opções de New Game+: uma para você recomeçar o jogo após concluí-lo e outra com um nível acima de dificuldade.
Junte tudo isso ao mundo colorido e a diversidade de ambientes criados, desde localidades verdejantes e outras que mesclam a esquisitice, seja de sombras ou perigos elementais, para você ter jogos que brincam com a linha tênue entre fantasia e ficção científica.
O visual do mundo de dos personagens é incrível, todos os personagens são de uma época em que os desenvolvedores não traziam soluções visuais genéricas, esbanjando criatividade em unir todas as temáticas que Baten Kaitos possui. A trilha sonora segue o mesmo caminho, com o trabalho impressionante de Motoi Sakuraba, famoso por Golden Sun, Star Ocean e Tales of, conseguindo rivalizar com as músicas épicas de clássicos como Final Fantasy, criando uma atmosfera digna dessa narrativa repleta de magia e fantasia.

Se você tinha dúvidas sobre iniciar sua aventura neste clássico, a Bandai Namco criou motivos de sobra para que Baten Kaitos receba a atenção merecida por ser um excelente RPG e um jogo interessantíssimo, fazendo com que Baten Kaitos I & II HD Remaster entre na lista de melhores remasterizações já lançadas.
Prós
- Maravilhoso trabalho na construção de mundo e lore
- Desenvolvimento dos personagens é completo e aprofundado
- Sistema das cartas Magnus oferece uma mecânica interessante
- Excelentes implementações de melhoria com foco na qualidade de vida
- História é longa, mas muito bem desenvolvida
Contras
- As missões secundárias não são interessantes
- Muitas telas de loading ao longo do jogo
- Quantidade de cards pode deixar a mecânica de deck building complexa para alguns jogadores
Nintendo
Review – Born of Bread
Encarne um protagonista feito de pão e salve o mundo das garras do caos

Já houve uma época em que a internet surtou com um jogo em que controlávamos um pão de forma, então acredito que Born of Bread tem potencial de sobra para se tornar um dos títulos favoritos do ano para os amantes de pães. O indie da WildArts Studio tem fortes inspirações em Paper Mario, tanto no visual quanto no gameplay, mas consegue ser autêntico o suficiente para ganhar nossa simpatia de imediato.
Misturando elementos de aventura com RPG, Born of Bread nos coloca em uma jornada repleta de fantasia, personagens carismáticos e um humor bem leve, daqueles que nos tiram umas risadinhas naturalmente. Não é aquele tipo de jogo que chama a atenção logo de cara, mas quanto mais nos aprofundamos naquele mundinho, mais apaixonante ele se torna.
O pãozinho da profecia
O jogo começa quando um grupo de arqueólogos acaba libertando um mal há muito emprisionado, trazendo de volta à vida diversas criaturas sedentas por caos. Ao mesmo tempo, o padeiro real de um certo reino acidentalmente cria um golem de pão após fazer uma receita mágica, trazendo nosso protagonista Loaf para a história. Após serem derrotados por essas figuras misteriosas, a dupla se vê forçada a partir em uma jornada para salvar seu lar e cumprir uma profecia de milhares de anos.

Apesar das grandes semelhanças com Paper Mario, ainda acho que Born of Bread se assemelha muito mais a Super Mario RPG. A história é repleta de diálogos bobos, mas muito bem-humorados, além de contar com personagens cheios de personalidade. É muito divertido acompanhar as interações entre eles – o que pode até surpreender em determinados momentos, já que o jogo também aborda alguns temas mais adultos nas suas entrelinhas.
O visual é inegavelmente semelhante aos jogos do Mario de papel, trazendo um 2.5D que mistura cenários tridimensionais com personagens 2D. Todos os mapas contam com uma profundidade que nos permite explorar diferentes planos, enquanto seus elementos são 3D. Apenas os seres-vivos desse mundo são “feitos de papel”, o que traz um certo charme para o estilo artístico do jogo.

Jogar Born of Bread é como assistir a uma animação interativa, pois ele tem todos os requisitos necessários para nos cativar rapidamente: cores vivas, elementos desenhados a mão, personagens estereotipados e muita descontração. A trilha musical também não fica atrás, coroando esse conjunto com faixas envolventes e dignas de uma clássica história de jornada do herói.
Tudo no seu tempo
Apesar da franquia Paper Mario também contar com um combate estratégico em turnos, as mecânicas vistas em Born of Bread acabam ficando mais próximas de Super Mario RPG, novamente. As batalhas seguem o padrão clássico dos RPGs de turno, mas com algumas diferenças relevantes que tornam o jogo mais original.
Aqui, todo tipo de ataque ou arma possui um timing diferente. Ao acertarmos esse tempo, o golpe sai mais forte e somos recompensados recuperando alguns pontos de ação. Da mesma forma, é possível acertar um timing para se proteger de um ataque inimigo e coisas do gênero. A diferença é que toda variação de ação ofensiva traz um pequeno minigame diferente, que em sua maioria envolve apertar o botão no momento exato ou macetá-lo até encher uma barrinha de poder.

Essas mudanças na dinâmica dos golpes deixa o combate bem mais envolvente e menos automático. Arrisco até a dizer que essa mecânica é até melhor do que a vista em Super Mario RPG, pois lá o timing consiste mais na base da adivinhação e “tentativa e erro”. Aqui, temos total noção do que é necessário fazer para acertar o tempo, bastando apenas se acostumar aos diferentes minigames e Quick Time Events.
Outra particularidade bem interessante desse combate é a possibilidade de fazer streams das batalhas. Aqui, o jogo simula uma live em que espectadores fictícios começarão a comentar seu desempenho e pedir alguns movimentos específicos. Ao satisfazê-los, podemos ganhar alguns bônus no final do confronto, então acaba sendo uma ideia criativa para tornar as batalhas menos repetitivas e mais instigantes.

As habilidades que desbloqueamos em combate também nos serão úteis durante a exploração, pois existem diversos caminhos e áreas que estarão bloqueados de início. Bebendo um pouco da fonte dos metroidvanias, Born of Bread tem sua parcela de backtracking e incentiva os jogadores a revisitar mapas antigos para encontrar itens que ficaram para trás. Nem sempre é recompensador se preocupar com isso, mas é uma boa desculpa para quem quer fazer sua experiência render ainda mais.
Minha única crítica realmente relevante é que o jogo inevitavelmente pode se tornar enjoativo com o tempo, algo que acontece até com Paper Mario, devido à rotina de diálogos, exploração e combate. A campanha não foge muito disso, mas também não falha em nos divertir do início ao fim – ainda que em menor escala mais perto do final. Born of Bread definitivamente é uma das maiores surpresas do ano e mais um título de destaque em meio a um mar de excelentes indies que foram lançados nos últimos meses.
Nintendo
Review – The King of Fighters XIII: Global Match
A SNK trouxe The King of Fighters XIII: Global Match como uma boa mistura entre arcade e modernidade

Enquanto Mortal Kombat e Street Fighter continuam buscando o futuro, The King of Fighters XIII pega suas experiências passadas com carinho para trazer novas sensações ao público que sente falta de um bom e velho jogo de luta arcade 2D.
Na versão “Global Match”, a SNK trouxe como novidades o rollback netcode, expandiu os recursos vistos no lobby e ainda introduziu o modo espectador. E mesmo que você não curta o ambiente online e nem queira investir na carreira de pro player para disputar a EVO, ainda vale os bons tempos de fliperama que ele inspira de volta.

A evolução em The King of Fighters XIII
Para começar, sendo bem honesto com vocês, há muitos anos que meus dedos não ficavam com calo em um jogo de luta. E foi exatamente isso o que ocorreu enquanto testava o novo The King of Fighters XIII: Global Match. A experiência me fez retornar para antes dos anos 2000, quando esse estilo reinava nos consoles e arcades.
É impossível não querer disputar uma partida com cada pessoa que vai te visitar, assim como não vejo a menor chance de escolher um modo que não seja o 3v3 clássico. Há diversas outras opções, como o Time Attack, Survival e até uma galeria para você poder ver todas as artes e filmes disponíveis. Porém, a alegria só vem quando o oponente é derrubado no chão com muito suor.

O elenco é fantástico, assim como a adaptação do seu gameplay para os consoles mais modernos. Apesar de chegar para o PlayStation 4 e Nintendo Switch, eu testei no PS5 e não tenho nada do que reclamar. Os comandos respondem adequadamente, são muito velozes e recria com exatidão a época onde este tipo de experiência era o que mais importava para uma desenvolvedora.
Não estou reclamando dos capítulos mais recentes da SNK, caros leitores. Só queria deixar claro que The King of Fighters XIII: Global Match é a escolha ideal para quem está buscando um bom jogo arcade e sem um apelo gráfico ultra-realista – priorizando o que temos de melhor nos movimentos dos personagens e no rico elenco.

A luta como você esperava
Eu me aventurei bastante por todos os modos e parece que fui transportado diretamente para a época onde jogava Street Fighter Alpha 3, no meu primeiro PlayStation. A grande diferença é que, além dos recursos inéditos que a nova geração pode proporcionar, também temos um número de lutadores bem maior.
Além dos grupos que podem ser selecionados em The King of Fighters XIII: Global Match, também dá para desbloquear alguns lutadores secretos conforme avança nos outros modos. Sim, você não precisará pagar nem R$1 a mais ou esperar por Passes de Temporada. Está tudo lá, dependendo apenas da sua habilidade.
Ele pode não ser o favorito de todos, como é o caso de KOF ’98, mas consegue reunir todos os aspectos positivos da franquia para trazer um gameplay consistente, gráficos aprimorados, cenários belissimos e até mesmo certos ganchos da história que farão o público desejar finalizar o quanto antes. Caso ele esteja em seu radar, não precisa pensar duas vezes e pode investir sem medo de ser feliz.

Imagine como se Guitar Hero se encontrasse com Overcooked e desse origem ao jogo de ritmo mais caótico que já existiu. Super Crazy Rhythm Castle é exatamente este título e chegou aos consoles no finzinho de 2023 para divertir as festas de fim de ano.
Desenvolvido pela Second Impact Games, o lançamento publicado pela Konami aposta na mistura de gêneros e jogabilidade simples, com muita música e cores, para uma aventura que chega após 10 anos de trabalho.

Sem muito sentido para a história, que acaba divertindo pela loucura, nós embarcamos numa aventura por um castelo musical em que o enlouquecido Rei Ferdinand nos espera, pronto para defender sua coroa e acabar com seu dia. Para deter os planos desse maléfico tirano, manter o ritmo dos nossos personagens e salvar diversos NPCs das garras da crueldade, os jogadores precisarão superar os desafios perversos em desafios ritmicos para vencer o Rei no próprio jogo dele.
Realize combos sem perder o Rhythm
Seja jogando sozinho ou com ajuda dos amigos, você utilizará um elenco de personagens malucos em salas com atividades ainda mais insanas para tentar alcançar até três estrelas em cada partida, para avançar até a derradeira batalha contra o malvado Rei. Por mais maluquice que seja, o trabalho da desenvolvedora britânica esbanja carisma e estilo, com muita cor e cuidado ao trabalhar o som e o visual.

Com mais de 30 faixas para você conhecer e desbloquear, cada música oferece a opção de ser jogada com três ou quatro teclas, de acordo com a dificuldade que você desejar, além de estar dentro de um mundinho próprio. Como assim? Imagine a ambientação criada em Psyconauts, mas para apenas uma sala, com atividades tematizadas e a música para ser jogada.
Isso mesmo! Você pode jogar a música, ao melhor estilo Guitar Hero, ou se preocupar em realizar as atividades e ações que a sala impõe, quase como tentativa de atrapalhar o seu desempenho rítmico. Quando isso acontece na companhia de até outros 03 jogadores, Super Crazy Rhythm Castle é um jogo fácil e divertido, porém contar com um NPC no modo single player tornou-se algo realmente desafiador para conquistar a avaliação máxima de três estrelas.
Caos multitarefa
A diversão neste novo jogo da Konami está além da música e ritmo, pois não sabemos o que vamos encontrar em cada andar do castelo, muito menos no desafio temático proposto. Enfrentar uma berinjela gigante que ataca como DJ, jogar como cachorro para coletar ouro, tentar prever qual tecla apertar num pequeno espaço de tempo, limpar a tela para facilitar o jogo, entre outras atividades que precisarão ser intercaladas, sempre mantendo o ritmo e dando sequência ao combo.

O jogo é relativamente curto, já que você pode ficar rejogando apenas as músicas no Music Lab, porém vai oferecer boas risadas com os absurdos e uma trilha sonora agradável, que consegue mesclar muito bem diversos tipos e gêneros musicais.
Esse detalhe ganha ainda mais destaque pelo trabalho da Konami em misturar os temas de Castlevania e Gradius ao catálogo de músicas disponíveis. No fim, Super Crazy Rhythm Castle ocupa um lugar especial por divertir aquela jogatina despretenciosa, principalmente quando você estiver na companhia dos amigos.