Skip to main content

Cybertron, um dos planetas fictícios mais famosos da cultura nerd. A casa de Autobots e Decepticons, duas raças que travam uma eterna guerra que destruiu seu planeta natal. Ambas as raças saem à procura de um novo lar nas estrelas e assim, por coincidência ambos acabam no planeta terra e por aqui sua guerra por Energon e supremacia continuam. Transformers: Battlegrounds tinha tudo para ser um ótimo jogo da série, mas acabou ficando por baixo.

Trazendo um sistema de combate de RTS, fiquei animado quando ouvi falar do jogo, mas não tanto ao joga-lo ao constatar um estilo visual mais convidativo para a geração infantil e baseado no universo da série Transformers: Cyberverse. Esse detalhe pode fazer com que alguns fãs mais old-school acabem virando um pouco o nariz em relação a narrativa, modo de agir dos personagens e design em geral da nova geração de guerreiros.

Autobots, transformar!

Com uma história que já começa engatilhada, temos em Transformers: Battlegrounds como protagonista um humano pego no fogo cruzado entre Bumblebee e Shadow Striker. Usando o Teletraan-X o protagonista que aqui representa o jogador pode comandar os Autobots em sua empreitada em auxiliar Optimus contra os Deceptcions que desejam dominar tanto esta cidade quanto uma linha de carregamento de Energon.

Imagem dor eview de Transformers: Battlegrounds
Algo que eu jamais queria ver na vida, Grimlock falando coerentemente.

Olhando para outros aspectos, este é um jogo com uma lore um tanto quanto pouco explorada. O que é uma pena, já que mesmo com um estilo mais infantil e cartunesco, a série Cyberverse realmente aproveita a mitologia do universo de Transformers. Começamos com Bumblebee, que logo é acompanhado de Windblade, a Autobot jato que é uma grande personagem nos quadrinhos da série e fez sua entrada no mundo animado com Robots in Disguise em 2015.

Com o passar do tempo vamos liberando novos Autobots e antigos nomes. O time Autobot é bem pequeno, contando com Optimus, Bumblebee, Windblade, Wheeljack, Arcee e Grimlock. Já a equipe Decepticon conta com muitos inimigos e faz uma mescla entre Decepticons terrestres e Seekers, os jatos de elite a serviço de Megatron, como Starscream, Thrust e Thundercracker. Para a surpresa de ninguém, Starscream continua irritante como sempre.

Decepticons, aterrorizar!

Transformers: Battlegrounds além de contar com um elenco totalmente desequilibrado para o lado dos Autobots, deixou vários personagens interessantes de fora. A série Cyberverse tem muita lenha para queimar, contando com inúmeros Autobots, Maximals, Decepticons, Seekers, Predacons, Quintesons, Titãs, Sharkticons e Monsterbots e a falta dos mesmos mostra que tanto a Hasbro, quanto a Outright Games desejavam lançar um jogo apenas para aproveitar o embalo da série.

Imagem do review de Transformers: Battlegrounds
Hora de cair matando!

Afinal de contas estamos falando de uma série onde todo o enredo gira ao redor da guerra entre Autobots, Decepticons e outras raças. Com isso, pode-se dizer que o gênero RTS é perfeito para ela, mas que Transformers: Battleground não soube aproveitá-lo ao fazer um jogo convidativo para o público casual e infantil, e que não funciona para fãs da série que buscam por batalhas épicas entre duas ideologias.

Todos os personagens possuem três pontos de ação, que podem ser gastos usando habilidades ou andando pelo mapa. Dependendo da distância percorrida, dois ou três pontos serão necessários. As segundas habilidades dos personagens possuem variações de poder, exigindo uma determinada quantidade de pontos de acordo com suas escolhas. Porém em determinadas horas é interessante terminar o turno com pontos sobrando, já que eles são transformados em Energon e assim complementam a barra de habilidade suprema.

Imagem do review de Transformers: Battlegrounds
Hmmmm pensa em uma queda de frames supimpa

Pelo amor de Alpha Trion

Transformers: Battleground também sofre com uma grande queda de frames em determinados momentos. Talvez este problema seja exclusivos de consoles, o que não é ao todo algo sinceramente agravante. No entanto, a parte gráfica do jogo é bem preguiçosa deixando a desejar tanto no visual quanto nas extremidades do mapa, que contam com horríveis “nuvens” que tentam nublar o que não deve ser visto, remetendo inclusive aos mapas a lá Playstation 2.

Outro grande problema que tive foi com a interação entre os personagens ao se transformarem, que muitas vezes deixavam de fazer o som clássico de transformação. Além disso, reparei em alguns outros problemas relacionados a Grimlock e as mudanças feitas à sua fala. Para quem não conhece, ou não se lembra, na sua forma dinossauro Grimlock fala de maneira “xucra”. Já na forma humanoide tem um vocabulário mais refinado ( no decorrer da série Cyberverse), enquanto nos clássicos fala como uma pedra e perdendo feio no quesito discussão.

Para de falar pelo amor de deus!

Transformers: Battleground é uma ótima porta de entrada para fãs mais jovens da série que desejam se aprofundar em jogos de RTS. Mas para os fãs mais antigos tanto da série Transformers quanto do gênero, a verdade é que Battlegrounds tem muito pouco a oferecer, seja pela pouca liberdade de customização de personagens, poucos objetos estratégicos no mapa ou seja por não ter uma boa apresentação em geral. Então, para aqueles que desejam um RTS futuro de Transformers oremos para que seja no universo de War for Cybertron, tanto o jogo, quanto a nova animação da Netflix.