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Quem jogou Sonic Colors no Wii, há 11 anos, certamente o guarda na memória como um dos melhores games do ouriço azul. E, se bobear, o mais rápido de todos. Meu medidor de velocidade quebrou no comparativo com Sonic Generations. A versão Ultimate chega pelas mãos da Blind Squirrel (responsáveis por Mass Effect Legendary Edition) trazendo resolução 4K, 60 FPS, iluminação e gráficos aprimorados, além de conteúdo inédito. Se você nunca jogou este game antes, taí a oportunidade perfeita.

Disponível em todas as plataformas, aproveitei para testar esse clássico no PlayStation 5 via retrocompatibilidade. Sorte a minha? Pelo visto, sim. Desde o lançamento, Sonic Colors: Ultimate coleciona bugs e glitches, especialmente na versão para o Nintendo Switch – além dos gráficos capados, é o único a rodar em 30 FPS. Tem Sonic atravessando o cenário, deformidades rolando no modelo 3D do personagem durante o uso dos poderes, texturas falhando, fase sendo concluída antes de chegar ao final, e por aí vai. Felizmente, vi pouquíssimos desses erros acontecendo durante a minha jogatina.

Tão rápido que é difícil de acompanhar

Em Sonic Colors, o Dr. Eggman construiu um parque de diversões interestelar que usa como fonte de energia uma raça alienígena chamada Wisps. Capturados, cabe a Sonic usar sua velocidade para libertá-los em uma aventura que se estende por seis mundos coloridos. O game mistura áreas abertas em 3D com sessões de plataforma em 2D (assim como em Sonic Unleashed), tendo como diferencial a possibilidade de usar os poderes concebidos pelos Wisps, distinguidos por cores. A maioria permite transformar o Sonic em alguma coisa: broca, raio laser, bola de espinhos, cada habilidade com a sua própria utilidade. E há um novo, o Jade Wisp, que permite virar um fantasma e atravessar objetos sólidos do cenário.

Alguns trechos são tão rápidos que o gameplay funciona no automático.

O level design deste game é incrível: a todo momento o jogador estará correndo em alta velocidade, girando em loopings, surfando em trilhos, pulando em trampolins, destruindo inimigos com a eficaz trava de mira, sempre em busca de anéis e itens bônus. O duro é acompanhar essa velocidade toda, às vezes exagerada: a vista cansa fácil, fácil. Aliás, se você tem epilepsia, fique longe deste game!

Todas as fases incentivam o replay, seja para conseguir a melhor pontuação no ranking ou descobrir segredos que ficaram pra trás. A trama amarra bem os acontecimentos e a presença de Tails e outros personagens da franquia. A história se desenrola por cutscenes da versão original, exceto pelo upscaling para dar aquele tapa no serrilhamento. Mesmo assim, são cutscenes datadas para os dias de hoje e que destoam do visual atualizado.

As adições da versão Ultimate

Fora o trato nos gráficos, Sonic Colors: Ultimate conta também com conteúdo inédito. A começar pela personalização (do impulso, aura, tênis e luvas) do Sonic, feita através de uma loja onde você gasta moedas douradas coletadas pelo parque. Tem até conteúdo do filme para desbloquear. Já o Tails agora dá uma ajudinha caso o Sonic cair no buraco: basta encontrá-lo para ter essa vantagem quando precisar.

A loja fica um tanto escondida, no menu de opções, fora da hub de fases.

Outra novidade é a invencibilidade temporária ao juntar 100 anéis, que também turbina sua pontuação ao final da fase. E as músicas originais foram todas remixadas, soando mais cristalinas. Vai ter fã purista reclamando, ainda mais por não ter opção para ouvir a trilha original no lugar da remixada, mas eu gostei bastante do que ouvi.

A grande novidade fica para o modo Rival Rush: são desafios de corrida contra o Metal Sonic, valendo recompensas na loja. Estes desafios aparecem um em cada mapa e ficam cada vez mais desafiadores. É bastante divertido, mas faltou a adição do Metal Sonic como personagem jogável – que fosse como customização do próprio Sonic.

No geral, Sonic Colors: Ultimate vale para os fãs em busca de nostalgia e para quem nunca jogou a versão original no Wii. As melhorias são muito bem vindas e dão valor extra ao título, mesmo que o conteúdo adicional não tenha lá muito a oferecer.

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