Depois de tocar o terror na ilha caribenha de San Esperito, o agente da CIA Rico Rodriguez retorna para uma nova aventura em Just Cause 2. Ambientado em Panau, uma ilha fictícia do sudeste asiático, Rico tem como missão impedir a ditadura imposta por Pandak Baby Panay e investigar o paradeiro do agente Tom Sheldon, um antigo amigo e mentor do protagonista. A novidade fica por conta dos upgrades na jogabilidade “nonsense”, a marca registrada da franquia.
Se antes Rico podia abrir seu paraqueda a poucos metros do chão para amortecer sua queda ou se enganchar num carro em movimento, agora ele pode realizar novas peripécias. Seu gancho ganhou novas funcionalidades, como enganchar uma coisa na outra, puxar inimigos de uma torre de vigilância, ou escalar edifícios. Serve até mesmo para enganchar no chão e ser puxado a longa distância, facilitando a locomoção pelo enorme mundo que o jogo oferece.
A possibilidade de pular de um veículo a outro continua. Rico pode se enganchar num veículo em movimento, se agarrar pelas laterais do veículo e roubá-lo. O que mudou? Agora há Quick Time Event para retirar o piloto do veículo; uma mecânica simples de três botões, repetido em algumas situações. E esta é uma das adições ao game que poderia ser descartada ou feita de outra forma, oferecendo maior desafio.
A ilha de Panau possui 400 km quadrados de mundo virtual, variando entre cidades, florestas, desertos e montanhas geladas. E para explorar todo esse espaço, o jogo oferece mais de 100 veículos diferentes (aéreos, aquáticos s e terrestres). Motos, carros, jipes, jatos, lanchas, as opções são bem variadas, cada um com suas características próprias.
Quanto às missões, o jogo funciona da seguinte forma: seu objetivo principal é seguir as missões da campanha, desencadeando a revelação de novos fatos e mais missões. Em meio a isso, há três facções inimigas em guerra por território: Roaches, Reapers, e Ular Boys. Elas dominam algumas regiões de Panau, impedindo que você passe por elas livremente. Como seu objetivo é desestabilizar a ditadura de Panai, basta escolher uma destas facções e trabalhar para ela. Com isso você amplia a região de influência da facção e ganha aliados e até veículos. Mas, a qualquer momento, você pode optar por ajudar outra facção, apenas para ver o circo pegar fogo. Aliás, esta é uma decisão vital para obter informações sobre a trama e progredir no game.
Mesmo podendo pegar as armas dos inimigos e roubar veículos, há uma opção chamada Black Market, ou mercado negro. É, basicamente, um maluco que pilota um helicóptero de carga, uma espécie de shopping flutuante. Nele você pode solicitar arma ou veículo, comprar/destravar coisas e fazer upgrades. O dinheiro vem das missões completadas e o do nível de Chaos promovido, que aumenta conforme a destruição causada por você. Já os upgrades são encontrados em forma de caixa, espalhadas pela ilha.
Graficamente, o game dá um show em muitos games da atual geração, incluindo o jogo sandbox e open world de maior referência: GTA IV. É tudo muito bonito e vívido em Just Cause 2, especialmente pela iluminação criada pelo ciclo de dia e noite, que ocorre de forma tão natural que quando você menos espera começam a surgir nuvens carregas de chuva, resultando num temporal repentino. Os efeitos de física e explosão também estão mais caprichados.
Just Cause 2 é um verdadeiro pacote de ação e diversão. Basta ignorar a história mesquinha e os diálogos carregados de clichês, assim como alguns problemas na inteligência artificial, e você terá um excelente experiência de ação em mãos. Ele é perfeito em sua proposta de exploração e ação livre, mas não diverte tanto se você levar o modo de campanha à sério. As missões são divertidas no início, mas se repetem ao longo do tempo. Mas se o seu objetivo é “sair causando”, este game é para você.