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Antes de começar esta análise, eu pergunto: você já jogou Dead Rising? Caso sim, pule para o próximo parágrafo e descubra o que mudou nesta continuação. Caso contrário, saiba que o primeiro game, lançado em 2006 exclusivamente para o Xbox 360, é fenomenal. Zumbis a perder de vista, um shopping gigantesco para explorar, sobreviventes para salvar, e psicopatas para atormentar a sua vida. Frank West, o fotógrafo e protagonista do primeiro game, nos mostrou o quão divertido e viciante um game “sandbox” com zumbis pode ser.

Em Dead Rising 2, a infestação de zumbis chegou à cidade fictícia de Fortune City, ou Las Vegas, se preferir. O protagonista aqui é Chuck Greene, campeão de motocross e pai dedicado que estrela um programa pay-per-view chamado Terror is Reality (TIR), comandado pelo excêntrico Tyrone King. Indo contra sua vontade, Chuck aceita participar do show para conseguir dinheiro e manter sua filha, Katey, viva. Ela foi mordida por um zumbi e, para não virar um, utiliza uma droga preventiva chamada Zombrex. Porém, o efeito da droga dura apenas 24 horas.

Na arena do TIR, seu objetivo é matar o maior número de zumbis, disputando o placar contra outros competidores. A brincadeira inclui motos equipadas com moto-serras. O game abre com esta disputa e logo depois, nos bastidores, Chuck encontra a filha. Mas não demora para algo dar errado e os zumbis invadirem tudo. E assim como no primeiro game, você deve correr para um abrigo. Lá você conhece outros personagens da trama, como o segurança linha-dura Raymond Sullivan, a ambiciosa repórter Rebecca Chang, e Stacey Forsythe, líder de um grupo que defende os direitos dos zumbis, afinal de contas, zumbis também são gente.

Dead Rising 2

Após a invasão, Greene tem 72 horas para realizar uma série de objetivos até o resgate militar chegar. Manter sua filha viva com Zombrex e acompanhar os “casos” são os objetivos principais. Os casos ocorrem em determinados horários e locais de Fortune City, assim como no primeiro game. Se você perder um caso, os demais são cancelados, ocultando boa parte da trama. Mesmo assim o jogo continua, com outros objetivos e finais. No total são seis finais diferentes, além de um modo especial chamado Overtime (aberto ao completar todos os casos e salvar um certo fulano que não posso revelar).

Para se dar bem no game, será preciso ganhar experiência matando zumbis com as mais variadas armas, além de salvar o máximo de pessoas possíveis. Os sobreviventes são informados à você pelo rádio através de Stacey, que acompanha tudo através do sistema de câmeras de segurança. Cada sobrevivente é marcado no seu relógio, junto do tempo que ele tem para sobreviver. Você escolhe qual quer salvar primeiro e segue o ponteiro da tela para se orientar, além de fazer uso de um mapa. Desta vez, os sobreviventes são mais espertos e correm mais. Alguns estão armados e o ajudam bastante em determinadas situações.

Ganhando experiência, Chuck fica mais rápido, ganha mais energia, aprende novos movimentos, e adquire os Combo Cards. E esta é uma das novidades do game, que permite combinar dois itens para obter uma arma poderosa, que além de mais forte dá mais experiência. Taco de beisebol com pregos, urso de pelúcia com metralhadoras, cadeira de rodas elétrica e luvas de boxe flamejantes são alguns exemplos. Usando a imaginação, é possível descobrir combinações antes de adquirir o respectivo Combo Card, porém você ganha menos experiência. A ideia é boa, mas na prática acrescenta pouco à aventura.

Dead Rising 2

Fortune City é imenso e se divide em shoppings, cinemas, parques, cassinos, restaurantes, e etc. Visualmente, Dead Rising 2 dá um show no primeiro game. Aliás, a quantidade de zumbis também é maior. E como é de se esperar, os psicopatas desta continuação são ainda mais insanos. Mas mesmo com tantas qualidades, o game peca em duas coisas: é idêntico ao primeiro game e tão difícil quanto.

Comparando Frank West com Chuck Greene, os dois são bons personagens, mas Chuck é mais carismático. A história desta sequência também me agradou mais, com seu humor ácido e reviravoltas na trama. Pena que é só isso. Se você jogou o game anterior, se sentirá jogando a mesma coisa e com dificuldade elevada. É tão difícil que você se verá obrigado a jogar umas 3 horas só matando zumbis para ganhar experiência e recomeçar a história mais forte, uma vez que o game mantém seu nível. Só assim dá para os psicopatas e terminar o game sem sufoco.

Agora se você acha que o modo co-op salva o game, pode tirar o cavalinho-zumbi da chuva. O sistema é semelhante ao de GTA IV, em que você recebe a ligação de um amigo para entrar na brincadeira. Porém, este modo não passa de um playground para ganhar experiência e dinheiro com um amigo. Isso mesmo, um (1) amigo.

Dead Rising 2

No modo TIR a jogatina multiplayer é mais interessante, onde até quatro jogadores disputam quem é o melhor da arena e também ganham dinheiro e experiência. Aparentemente, o multiplayer existe apenas para possibilitar a compra de itens especiais do game, que são caríssimos.

Minha expectativa era alta com Dead Rising 2, principalmente porque adorei o game original. Mas o que temos aqui é mais do mesmo, com adições sem muito impacto. Visual melhor, mais roupas e cacarecos pra vestir, itens combináveis, modo co-op, etc. Vale jogar? Com certeza, ainda mais se você gostou do game original. Porém, não custava a Capcom ter arriscado mais em inovações.

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