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Demorou, mas chegou! Após quatro anos e vários adiamentos, o primeiro (e provavelmente único) DLC de Cuphead finalmente está entre nós, pronto para fazer muita gente perder os cabelos. Para o bem ou para o mal, The Delicious Last Course -que por sinal, também vira DLC quando abreviado – é mais Cuphead, exatamente do jeitinho que a gente já conhece, por isso não faz feio em expandir a campanha principal de uma forma excelente.

Além de uma historinha nova, o DLC também traz uma variedade interessante de novos chefes, desafios de parry inéditos e, é claro, a Senhorita Cálice, nova personagem jogável que vem sendo a embaixadora desta expansão. Se você já sofreu horrores para terminar o jogo base, então não tem como esperar nada diferente disso aqui. The Delicious Last Course é difícil, punitiva e, assim como o nome já entrega, deliciosa!

Valeu a pena esperar

O DLC adiciona uma nova ilha ao jogo, podendo ser acessada a partir do segundo ato; sendo assim, não dá para entrar nas fases novas logo de cara, mas também não demora nada para poder jogar. Neste território desconhecido, Xicrinho e Caneco são surpreendidos pelo fantasma da Srta. Cálice, que com a ajuda de um biscoito mágico consegue voltar à vida. O problema é que o efeito é temporário, então eles partem em uma pequena jornada à procura de ingredientes especiais para cozinhar uma torta que concederá uma forma física definitiva para sua amiga.

Pode não parecer, mas esse confeiteiro pode cozinhar uma torta com poderes cósmicos

A história é boba, mas convenhamos que não dá para esperar nada demais de Cuphead – e considerando a proposta do jogo, até que está muito bom! Um diferencial que notei logo de cara foi um pequeno upgrade nas cutscenes, onde agora elas são contadas em forma de animação e não mais naquele formato de imagens estáticas com textos. Infelizmente não tem dublagem, mas só de terem adicionado cenas animadas já deu todo um dinamismo diferente. É um detalhe irrelevante para uma narrativa tão simplória, mas não deixa de ser legal.

Seu objetivo aqui é fazer exatamente a mesma coisa que já fazia na campanha original: descer a porrada em vários chefes que só estavam lá vivendo a vida deles. A diferença é que, ao invés de estar coletando almas para o Diabo, você está roubando os ingredientes secretos para cozinhar a tal torta. O Empório do Toucinho também está de volta e trazendo itens novos para comprar, incluindo alguns tipos de tiros; quem já se acostumou com os principais do jogo base dificilmente vai querer trocar (especialmente por questões de estratégia e habilidade), mas vale a pena pelo menos testar o que tem de novo por lá.

É tanta coisa acontecendo que você nem sabe para onde olhar

Bem-vinda à família

Uma das melhores surpresas de The Delicious Last Course é que a Srta. Cálice não é uma mera skin para Xicrinho e Caneco, mas uma personagem totalmente nova em todos os sentidos possíveis. Para jogar com ela, você precisa equipar a relíquia do biscoito, transformando sua xícara nas batalhas contra os chefes. Ela conta com as mesmas habilidades da dupla de irmãos, porém com uma dinâmica muito diferente, o que acaba sendo bom e ruim ao mesmo tempo.

O parry da Srta. Cálice não fica no pulo e sim no seu dash, então basta apertar um botão para que ela esquive na direção de qualquer objeto rosa e consiga aparar. O pulo duplo faz parte do seu leque de movimentos, então com ela você consegue pular duas vezes à vontade e não somente quando for dar um parry. A última de suas surpresas é uma deslizada que a deixa invencível por um segundo, então resumindo: a Srta. Cálice é super roubada!

Srta. Cálice não brinca em serviço

O maior problema aqui é que quem já terminou o jogo base provavelmente vai escolher os mesmos personagens de sempre, justamente por já estar acostumado com os movimentos de Xicrinho e Caneco. O lance de dar dash ao invés de pular no parry confunde muito e acaba resultando em muitas mortes acidentais, então leva um tempo para os veteranos se adaptarem a essas novidades. Por outro lado, quem conseguir dominar os comandos da personagem será recompensado com um jogo bem mais fácil.

Os chefes em si não trazem grandes novidades, mas certamente são ótimas adições ao catálogo de algozes do jogo. Todos têm um visual único e são bem criativos, além do fato de ter apenas um chefe de navinha, o que para mim é algo bem positivo (ainda tenho pesadelos com aquele robô do jogo base). Ainda existe um segredinho envolvendo uma relíquia que, fazendo uma coisinha aqui e ali, libera um chefe secreto, então não deixem de correr atrás disso após terminar tudo.

Usar a Srta. Cálice nos desafios de parry é um macete muito bem-vindo

Já os desafios de parry receberam um upgrade e estão mais desafiadores. Você consegue acessá-los em um castelo escondido nos céus, sempre sendo submetido a batalhas nada convencionais, onde sua única forma de atacar é dando parry. Assim como nos chefes, é bem “tranquilo” depois que se pega os padrões, mas com certeza ficou mais divertido do que no jogo base.

Tudo isso é bastante conteúdo, não dá para negar, mas colocando na ponta do lápis, só adiciona cerca de duas horas para quem já é experiente em Cuphead. Ainda assim, felizmente o preço está condizente com o fato de ser uma expansão, então é óbvio que vale muito a pena jogar The Delicious Last Course. Para quem já terminou a campanha, é praticamente obrigatório revisitar nossas amigas xicrinhas. É difícil, mas a gente gosta.

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