Review – Wii Sports Resort

Wii Sports Resort é a continuação do killer-app do Wii, o jogo que apareceu no Oscar e em todos os talk-shows americanos – e também o jogo que todos os jogadores auto-intitulados “hardcore” adoram odiar, devido aos seus “gráficos primários”, sua “falta de profundidade”, a “incapacidade de controlar o jogador no tênis” e insira sua reclamação favorita aqui.

Para esses jogadores, já aviso para que parem por aqui. Se vocês não gostaram do primeiro Wii Sports (e, se não gostaram, é porque não entenderam a proposta), não vão gostar desse e não tem por que terminar de ler. Agora, para quem gostou do jogo, ou gostaram mas acharam que poderia ser melhor, já afirmo: Wii Sports é bom, mas Wii Sports Resort é MUITO melhor.

Ao iniciar o jogo pela primeira vez – e após um vídeo explicativo sobre como usar o Wii Motion Plus, o famoso acessório que promete uma perfeita detecção de movimentos, e que é obrigatório para rodar o WSR – a Nintendo faz uma das declarações de intenção mais espetaculares da história do videogame. Não vamos explicar o que acontece, mas essa apresentação faz com que, antes mesmo de ver o menu e sem ler nenhum manual, você já saiba que os personagens passam a ser uma extensão de você, através do seu Wiimote.

Ao chegar no menu, outra surpresa: ao contrário dos relativamente parcos cinco modos de jogo do Wii Sports, você é apresentado a doze diferentes modalidades: boliche e golfe se repetem, enquanto o tênis foi substituído por tênis de mesa. Quase todas têm modos de jogo diferentes, que são desbloqueados ao se jogar uma única vez o modo de jogo anteriormente disponível, totalizando 24 modos diferentes de jogo!

O golfe não muda nada em relação ao Wii Sports (apenas com mais controle sobre a bola, por conta do WM+), mas o boliche tem dois modos novos. Além disso, são dignos de nota o modo Showdown, onde você luta com a espada contra vários adversários em campo aberto, o divertidíssimo esqui aquático, arco e flecha, a canoagem e os jogos aéreos (além do pára-quedismo, você pode voar em avião pela ilha; deixa com água na boca pensando na possibilidade de um Pilotwings para Wii).

Sobre o Wii Motion Plus: quando escrevi o review de Grand Slam Tennis, falei que o controle através do acessório era interessante mas estava mal implementado, e que precisaríamos ver Wii Sports Resort para saber do que exatamente o WM+ era capaz. Bem, agora posso falar que é absolutamente impressionante. Os mais mínimos movimentos feitos com o Wiimote são refletidos pelo seu personagem na tela.

O modo Showdown faz imaginar como o futuro Zelda com WM+ vai ser. Na canoagem, você precisa remar com o Wiimote da mesma maneira que um canoista faz. No arco e flecha, você precisa ter uma mão bem firme pra poder conseguir boas pontuações, porque qualquer tremedeira passa para a tela. Nos modos aéreos, você controla o avião e o pára-quedista segurando o Wiimote como se fosse um aviãozinho de papel, movimentando o controle de acordo com a maneira como você quer que seu avatar se movimente.

O ciclismo e o jet-ski têm os modos de controle mais imprecisos e complicados, com você segurando o Wiimote + Nunchuk como se fosse um guidão para dirigir, e ainda tendo que “pedalar” na bicicleta e, inclusive, pedindo pra você trocar o Wiimote e o Nunchuk de mão. Isso deixa esses dois modos como sendo os menos satisfatórios.

No entanto, fora isso, é complicado encontrar um defeito nesse jogo. É uma demo técnica espetacular para as capacidades do Wii Motion Plus de melhorar o controle por movimentos do Wii, e também um jogo divertidíssimo. Considerando que o jogo vem com um WM+ e você ainda pode comprar outro stand-alone, e ainda vai gastar menos com isso do que comprando um jogo normal do Wii (um lançamento, claro), é uma compra obrigatória. Absolutamente recomendado para qualquer dono do console da Nintendo.