Após um eletrizante e inovador primeiro capítulo de The Expanse: A Telltale Series, a produtora cumpriu o que prometeu e trouxe o segundo após duas semanas. Ao invés de explorar ainda mais os conceitos apresentados no anterior, chegou a vez de acompanharmos a protagonista Camina Drummer em seu mergulho para se aproximar dos demais membros da tripulação – principalmente agora, que virou a capitã.
Com mais diálogos e envolvimento com os demais, finalmente pudemos conhecer mais dos companheiros de viagem que estarão ao seu lado e também dos segredos que os acompanham. Assim como o anterior, ele também segue o caminho mais curto para chegar onde deseja, mas isso não indica que traz menos conteúdo para os jogadores.
O cenário de The Expanse
O Episódio 2 firma alguns fatores para que o público consiga compreender melhor o que acontecerá dali em diante. O primeiro ponto são os vilões, os perigosos piratas espaciais que estão detonando diversas naves para obter um mapa que está nas mãos de Camina e sua tripulação. O outro são os próprios membros de sua equipe, quais tem a sua narrativa ainda mais enriquecida com o roteiro.
Um dos pontos mais interessantes desta sequência de The Expanse: A Telltale Series é que até mesmo Khan ganha um destaque maior dentro da trama, com sua motivação e histórias que a acompanham desde o passado chegando até você – caso seja interessado o bastante para ir atrás. Até Virgil, o renomado médico que está seguindo com você, também carrega alguns mistérios que podem ser revelados aos curiosos.
As escolhas seguem no campo baixo de impactos, sendo apenas a final que realmente poderá alterar algo no futuro dos capítulos trazidos pela Deck Nine. Apesar disso, não temos muito o que se fazer para determinar onde estes diálogos e escolhas podem desembocar na vida da própria Camina e dos seus colegas de viagem – deixando a experiência um pouco mais vaga, enquanto é bem informativa.
Já no gameplay, não temos também muitas novidades oferecidas neste novo episódio. A única novidade notável é a mecânica de combates, que segue o famoso “Quick Time Events” e também a apresentação de drones com mira a laser – obrigando os jogadores a usarem suas melhores estratégias para fugir de seu alcance. Suba nas paredes, voe, corra ou use o que preferir, o importante é não virar um alvo para suas balas.
Sendo bem honesto, isso me surpreendeu um pouco, já que eu não esperava absolutamente nada de novo neste aspecto. Todos conhecemos o trabalho da Telltale e ela não é muito conhecida por abalar as coisas. Ver que estava equivocado em The Expanse me deixa um pouco mais tranquilo, principalmente pela ansiedade que renasce ao sentir que eles poderão usar estes e também os recursos do primeiro episódio para trazer novos puzzles daqui em diante.
O perigo se aproxima
Enquanto Camina e os tripulantes se aproximam, até mais do que o previsto em alguns casos, os piratas finalmente aparecem e trazem um verdadeiro senso de perigo para a jornada. A fuga da nave, logo no início do capítulo e também os combates que ocorrem dentro dos destroços das outras formam um bom visual do que teremos ao fim.
Minha única reclamação mesmo parte para o sistema de escolhas, que continua fraco e não oferece novidades para quem já está acostumado com o trabalho dos estúdios. Sim, caros leitores, eu afirmo ali em cima que compreendo pelo sistema que a narrativa segue para informar melhor o público das pessoas que estão ao seu lado na nave. Ainda assim, sinto falta de algo que realmente me espante e me deixe com peso na consciência.
Por já ter assistido ao seriado, também é simples determinar o caminho que Camina Drummer seguirá em The Expanse: A Telltale Series. Não é como se isso também impactasse tanto na experiência, já que sabemos sua índole e onde ela vai parar – tirando um pouco das decisões fortes em suas mãos.
Mesmo assim, espero que os próximos episódios se arrisquem mais para trazer realmente aquilo que o público espera da produtora – escolhas fortes e que levarão a sua moral ao limite para decidir o destino destes personagens. Enquanto inovam no gameplay, deixar isso de lado pode se tornar ainda mais prejudicial quanto a falta de novidades na jogabilidade.