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Review – Star Wars Jedi: Survivor
Excelente sequência para a jornada de Cal Kestis e a introdução da Alta República aos jogos

Três anos depois do lançamento de Fallen Order, desenvolvido pela Respawn Entertainment, Star Wars Jedi: Survivor chega mostrando todo seu potencial para ampliar a experiência do seu antecessor e expandir o universo da franquia da Lucasfilm, agradando ainda mais quem gostou do primeiro jogo.
Publicado pela Electronic Arts para PC e nova geração de consoles, a nossa expectativa era por um título que conseguisse fugir da zona de segurança, em que o anterior se manteve, e oferecesse algo ainda maior e melhor.
A verdade por trás do sobrevivente
Cinco anos após os eventos anteriores e nove 9 BBY, ou seja, nove anos antes da Batalha de Yavin (Episódio IV), acompanhamos Cal Kestis em missões com um grupo de Saw Guerrera. Ao esbarrar no senador Daho Sejan, sendo surpreendido pelo ataque da Nona Irmã, descobrimos pela primeira vez sobre a lenda de Tanalorr, um planeta perdido e ligado à Ordem Jedi.

Oferecendo um personagem mais maduro e determinado em seguir com a missão de derrubar o império, a narrativa trabalha na construção de Cal como um Jedi mais maduro e numa aventura que engrandece ao desenvolver temas mais complexos. Esqueça apenas a luta do bem mal, para ver tópicos sobre redenção, traição, crença e salvação, além de momentos bem pontuados sobre o a força e seu lado sombrio.
Antes de falarmos do elenco e sem dar detalhes sobre a história, para não estragar nenhuma surpresa, é importante ressaltar que este título deixa claro a movimentação da Disney em fazer com que a Alta República (The Hight Republic), projeto multimídia focado na era de ouro dos Jedi e 200 anos do Episódio I – A Ameaça Fantasma, firme-se dentro do cânone da franquia. E neste ponto quase acertei uma das teorias para este jogo!
Isso acontece por conta dos personagens criados para Star Wars Jedi: Survivor, com Dagan Gera, um sensitivo à força, e Santari Khri, mestra Jedi, ambos ligados à Tanalorr e principal enredo este jogo. Por conta de sua missão inicial e ambição, Cal Kestis visitará alguns planetas em busca de mais informações sobre o planeta perdido, o que aconteceu na era da Alta República, a ameaça dos Nihil e sobre o personagem no tanque de Bacta (que aparece nos trailers).

Todo esse plot, quase que central para o jogo, serve como um breve desvio para trazer para a grande mídia diversos acontecimentos e conceitos do Universo Expandido de Star Wars, em paralelo à continuidade aos planos do elenco original, formado por Cere Junda, Cal Kestis, Merrin e Greez Dritus. Com gratos retornos e duas perdas chocantes, o carisma de todos cria um peso imenso ao desenrolar dos fatos.
Para os novos acontecimentos e continuidade temos novos e bem desenvolvidos personagens, com Bode Akuna, caçador de recompensa, Zee, uma androide da época da Alta República, além de Rayvis, Dagan e Santari, todos servindo perfeitamente para expandir o lore e universo criado pela Respawn Entertainment.
Malabarismo com lightsaber e muito parkour
Se você gostou de Fallen Order, com certeza Star Wars Jedi: Survivor vai agradar você e aos jogadores que buscam por diversão e bons desafios. Cal Kestis manteve seu aprendizado anterior, para incluir novas posturas e novos estilos de lightsaber, ampliando a variedade de técnicas para atacar e se defender com mais oito árvores de habilidades para desbloquear.

Diminuindo o fator “souls like” no combate, agora temos também mais usos para a Força. Durante as batalhas e ao interagir com o level design, abrindo caminho e criando meios para seguir com manobras em paredes, saltando por obstáculos e se lançando no ar, com gancho ou ao usar a Força, conseguimos fazer Cal atravessar grandes áreas sem nem precisar tocar no chão.
BD-1 continua em seu ombro como seu fiel companheiro e ganha ainda mais importância nesta sequência, tornando-se importante para a resolução de quebra-cabeças e ao interagir com a tecnologia dos planetas. Seja ativando sistemas à distância ou processando minério para queimar cristais que estiverem impedindo seu progresso, você poderá jogar com ele como se fosse uma arma ou acessório.
Na mesma pegada de BD-1, agora temos montarias ao utilizarmos alguns animais de diversas faunas para alcançarmos áreas mais distantes, mais altas ou em terrenos que são intransponíveis a pé. Para subir rampas, atravessar grandes áreas e planar, nós contamos com o poder mental dos Jedi para conquistar os animaizinhos.

A melhor adição ao jogo foi apostar na parceria entre Cal Kestis e Merrin ou Bode Akuna, que acompanharão você em alguns momentos para auxiliar no combate. Com uma IA bem competente, eles são capazes de eliminar inimigos e apoiar nas horas mais difíceis, além de estarem à disposição para você solicitar ao apertar R1 e quadrado, para Merrin e Bode paralisarem inimigos com magia e bomba elétrica.
Ao contrário do jogo anterior, nesta continuação temos um mundo semi-aberto e com grandes áreas para explorar, inclusive com missões paralelas (chamadas de Rumores). Com um bom level design, competente ao favorecer a movimentação dos personagens e o parkour em todo momento, infelizmente os desenvolvedores ainda não conseguiram trabalhar num mapa claro e que apoie na exploração, sem uma bússola ou mini-mapa.
Uma aventura empolgante e divertida
Cada vez mais cinematográfico, Star Wars Jedi: Survivor consegue entregar uma jornada com momentos incríveis e dignos dos filmes da franquia. Controlar Cal Kestis pelo mapa, seja combinando suas técnicas e poderes para os combates ou explorando as possibilidades para alcançar locais cada vez mais verticalizados, é extremamente prazeroso.

Mesmo com alguns problemas de performance e quebrando ao menos quatro vezes durante as 20 horas de jogo, inclusive causando a perda do meu save inicial ainda nos primeiros momentos, a Electronic Arts manteve seu padrão e entregou um bom título. Nada como algumas atualizações para melhorarem o desempenho no PS5 e auxiliar na queda de fps, principalmente em cenas com muitos elementos na paisagem ou inimigos ao serem enfrentados.
O trabalho de criação dos planetas, variedade de inimigos e a preocupação em trazer o sentimento de Star Wars, fazendo com que raças, vilarejos e estações sejam vivos e fidedignos ao que conhecemos, foi realizado com primor e muito cuidado.
Toda preocupação para a ambientação também foi aplicada na trilha sonora, expandindo os temas criados por John Williams e enchendo as sequências, fazendo com que elas sejam ainda mais memoráveis. A luta contra a imensa broca, em Koboh, a sequência de perseguição em Jedah e as lutas contra os principais chefões, principalmente a final, com certeza é de tirar o fôlego, exigindo muita atenção e destreza dos jogadores.

Com bons quebra-cabeças, sejam nas Câmaras Jedi, ao melhor estilo Sheikah Shrine, ou para desbloquear atalhos e avançar pelos diversos ambientes nos planetas, Star Wars Jedi: Survivor entrega desafios interessantes da exploração ao combate, sendo uma experiência completa e extremamente gratificante.
Prepare-se para se perderem em dezenas de horas para completarem toda a exploração dos locais disponíveis, além de contratos com a caçadora de recompensa Caij Vanda, a coleta de itens para trocar por sementes para o seu jardim ou itens nas diversas lojas, sejam cosméticos ou melhorias, além de desvendar todas as missões de Rumor e vencer os desafios nas Câmaras Jedi, e um New Game Plus para jogar tudo novamente.
Complementando tudo com o retorno e a criação de personagens carismáticos, aos vilões e plot twist chocantes (com ao menos quatro momentos espetaculares), temos um bom segundo jogo e que abre diversas oportunidades para um terceiro, pecando no lançamento por problemas de performance, mas conseguindo ser uma excelente opção para fãs da franquia e curiosos em busca de diversão.
Prós
- Excelente trabalho de imersão no Universo Expandido de Star Wars
- Retorno e criação de personagens para o jogo
- Adaptação da Alta República para os jogos da franquia
- Mundo semi-aberto e conteúdo para explorar
- Trilha sonora e sequências cinematográficas de tirarem o fôlego
- Construção narrativa para uma sequência
Contras
- Queda de fps no modo Performance
- Fechamentos inesperados em diversas horas
- Navegação pelo mapa ainda continua confusa
Nintendo
Review – Born of Bread
Encarne um protagonista feito de pão e salve o mundo das garras do caos

Já houve uma época em que a internet surtou com um jogo em que controlávamos um pão de forma, então acredito que Born of Bread tem potencial de sobra para se tornar um dos títulos favoritos do ano para os amantes de pães. O indie da WildArts Studio tem fortes inspirações em Paper Mario, tanto no visual quanto no gameplay, mas consegue ser autêntico o suficiente para ganhar nossa simpatia de imediato.
Misturando elementos de aventura com RPG, Born of Bread nos coloca em uma jornada repleta de fantasia, personagens carismáticos e um humor bem leve, daqueles que nos tiram umas risadinhas naturalmente. Não é aquele tipo de jogo que chama a atenção logo de cara, mas quanto mais nos aprofundamos naquele mundinho, mais apaixonante ele se torna.
O pãozinho da profecia
O jogo começa quando um grupo de arqueólogos acaba libertando um mal há muito emprisionado, trazendo de volta à vida diversas criaturas sedentas por caos. Ao mesmo tempo, o padeiro real de um certo reino acidentalmente cria um golem de pão após fazer uma receita mágica, trazendo nosso protagonista Loaf para a história. Após serem derrotados por essas figuras misteriosas, a dupla se vê forçada a partir em uma jornada para salvar seu lar e cumprir uma profecia de milhares de anos.

Apesar das grandes semelhanças com Paper Mario, ainda acho que Born of Bread se assemelha muito mais a Super Mario RPG. A história é repleta de diálogos bobos, mas muito bem-humorados, além de contar com personagens cheios de personalidade. É muito divertido acompanhar as interações entre eles – o que pode até surpreender em determinados momentos, já que o jogo também aborda alguns temas mais adultos nas suas entrelinhas.
O visual é inegavelmente semelhante aos jogos do Mario de papel, trazendo um 2.5D que mistura cenários tridimensionais com personagens 2D. Todos os mapas contam com uma profundidade que nos permite explorar diferentes planos, enquanto seus elementos são 3D. Apenas os seres-vivos desse mundo são “feitos de papel”, o que traz um certo charme para o estilo artístico do jogo.

Jogar Born of Bread é como assistir a uma animação interativa, pois ele tem todos os requisitos necessários para nos cativar rapidamente: cores vivas, elementos desenhados a mão, personagens estereotipados e muita descontração. A trilha musical também não fica atrás, coroando esse conjunto com faixas envolventes e dignas de uma clássica história de jornada do herói.
Tudo no seu tempo
Apesar da franquia Paper Mario também contar com um combate estratégico em turnos, as mecânicas vistas em Born of Bread acabam ficando mais próximas de Super Mario RPG, novamente. As batalhas seguem o padrão clássico dos RPGs de turno, mas com algumas diferenças relevantes que tornam o jogo mais original.
Aqui, todo tipo de ataque ou arma possui um timing diferente. Ao acertarmos esse tempo, o golpe sai mais forte e somos recompensados recuperando alguns pontos de ação. Da mesma forma, é possível acertar um timing para se proteger de um ataque inimigo e coisas do gênero. A diferença é que toda variação de ação ofensiva traz um pequeno minigame diferente, que em sua maioria envolve apertar o botão no momento exato ou macetá-lo até encher uma barrinha de poder.

Essas mudanças na dinâmica dos golpes deixa o combate bem mais envolvente e menos automático. Arrisco até a dizer que essa mecânica é até melhor do que a vista em Super Mario RPG, pois lá o timing consiste mais na base da adivinhação e “tentativa e erro”. Aqui, temos total noção do que é necessário fazer para acertar o tempo, bastando apenas se acostumar aos diferentes minigames e Quick Time Events.
Outra particularidade bem interessante desse combate é a possibilidade de fazer streams das batalhas. Aqui, o jogo simula uma live em que espectadores fictícios começarão a comentar seu desempenho e pedir alguns movimentos específicos. Ao satisfazê-los, podemos ganhar alguns bônus no final do confronto, então acaba sendo uma ideia criativa para tornar as batalhas menos repetitivas e mais instigantes.

As habilidades que desbloqueamos em combate também nos serão úteis durante a exploração, pois existem diversos caminhos e áreas que estarão bloqueados de início. Bebendo um pouco da fonte dos metroidvanias, Born of Bread tem sua parcela de backtracking e incentiva os jogadores a revisitar mapas antigos para encontrar itens que ficaram para trás. Nem sempre é recompensador se preocupar com isso, mas é uma boa desculpa para quem quer fazer sua experiência render ainda mais.
Minha única crítica realmente relevante é que o jogo inevitavelmente pode se tornar enjoativo com o tempo, algo que acontece até com Paper Mario, devido à rotina de diálogos, exploração e combate. A campanha não foge muito disso, mas também não falha em nos divertir do início ao fim – ainda que em menor escala mais perto do final. Born of Bread definitivamente é uma das maiores surpresas do ano e mais um título de destaque em meio a um mar de excelentes indies que foram lançados nos últimos meses.

Imagine como se Guitar Hero se encontrasse com Overcooked e desse origem ao jogo de ritmo mais caótico que já existiu. Super Crazy Rhythm Castle é exatamente este título e chegou aos consoles no finzinho de 2023 para divertir as festas de fim de ano.
Desenvolvido pela Second Impact Games, o lançamento publicado pela Konami aposta na mistura de gêneros e jogabilidade simples, com muita música e cores, para uma aventura que chega após 10 anos de trabalho.

Sem muito sentido para a história, que acaba divertindo pela loucura, nós embarcamos numa aventura por um castelo musical em que o enlouquecido Rei Ferdinand nos espera, pronto para defender sua coroa e acabar com seu dia. Para deter os planos desse maléfico tirano, manter o ritmo dos nossos personagens e salvar diversos NPCs das garras da crueldade, os jogadores precisarão superar os desafios perversos em desafios ritmicos para vencer o Rei no próprio jogo dele.
Realize combos sem perder o Rhythm
Seja jogando sozinho ou com ajuda dos amigos, você utilizará um elenco de personagens malucos em salas com atividades ainda mais insanas para tentar alcançar até três estrelas em cada partida, para avançar até a derradeira batalha contra o malvado Rei. Por mais maluquice que seja, o trabalho da desenvolvedora britânica esbanja carisma e estilo, com muita cor e cuidado ao trabalhar o som e o visual.

Com mais de 30 faixas para você conhecer e desbloquear, cada música oferece a opção de ser jogada com três ou quatro teclas, de acordo com a dificuldade que você desejar, além de estar dentro de um mundinho próprio. Como assim? Imagine a ambientação criada em Psyconauts, mas para apenas uma sala, com atividades tematizadas e a música para ser jogada.
Isso mesmo! Você pode jogar a música, ao melhor estilo Guitar Hero, ou se preocupar em realizar as atividades e ações que a sala impõe, quase como tentativa de atrapalhar o seu desempenho rítmico. Quando isso acontece na companhia de até outros 03 jogadores, Super Crazy Rhythm Castle é um jogo fácil e divertido, porém contar com um NPC no modo single player tornou-se algo realmente desafiador para conquistar a avaliação máxima de três estrelas.
Caos multitarefa
A diversão neste novo jogo da Konami está além da música e ritmo, pois não sabemos o que vamos encontrar em cada andar do castelo, muito menos no desafio temático proposto. Enfrentar uma berinjela gigante que ataca como DJ, jogar como cachorro para coletar ouro, tentar prever qual tecla apertar num pequeno espaço de tempo, limpar a tela para facilitar o jogo, entre outras atividades que precisarão ser intercaladas, sempre mantendo o ritmo e dando sequência ao combo.

O jogo é relativamente curto, já que você pode ficar rejogando apenas as músicas no Music Lab, porém vai oferecer boas risadas com os absurdos e uma trilha sonora agradável, que consegue mesclar muito bem diversos tipos e gêneros musicais.
Esse detalhe ganha ainda mais destaque pelo trabalho da Konami em misturar os temas de Castlevania e Gradius ao catálogo de músicas disponíveis. No fim, Super Crazy Rhythm Castle ocupa um lugar especial por divertir aquela jogatina despretenciosa, principalmente quando você estiver na companhia dos amigos.
Nintendo
Review – Naruto x Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections
Uma bela homenagem ao trabalho de Masashi Kishimoto

Embarcar em qualquer jogo da franquia Ultimate Ninja Storm é sinônimo de mergulharmos no empolgante universo desenvolvido pela CyberConnect2 e publicado pela Bandai Namco, nos levando para dentro do anime criado por Masashi Kishimoto.
Com o lançamento de Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections, em celebração aos 20 anos da franquia, temos a oportunidade de jogar a mais fiel adaptação para games que uma obra já teve, que continua oferecendo gráficos impressionantes e mecânicas de combate cativantes.

Mantendo o carinho e cuidado ao adaptar o anime original de Naruto, reencontramos aquele visual cel-shaded, que capturam perfeitamente o estilo artístico da animação, dando vida aos personagens e cenários de forma incrivelmente fiel. Pela primeira vez temos a oportunidade de revisitar, para quem, assim como eu, acompanha esse universo desde sua estreia, as cenas e acontecimentos da infância de Naruto ao derradeiro embate final contra Sasuke.
O caminho gamer de Boruto
Com muitos momentos através de cenas muito bem animadas e sequência desenvolvidas em jogo, a CyberConnect2 mostrou que ainda consegue criar uma experiência imersiva, permitindo que os fãs se sintam como se estivessem jogando diretamente um dos episódios da série.

Para aqueles que reclamarem que tudo não passa de um copia e cola de tudo o que já foi feito desde os jogos do PS2 até a nova geração, que por sinal deixam o visual do jogo ainda mais incrível, este Ultimate Ninja Storm Connections oferece uma história inédita para os fãs de Boruto, criada pelo próprio Masashi Kishimoto.
Através do modo “História Extra”, vamos embarcar numas espécie de isekai em que os personagens foram transportados para dentro de Ninja Heroes, o famoso jogo que todas as crianças da série Boruto participam.

O melhor desse plot principal, além de utilizar a ligação direta com um vilão inspirado em Pain, famoso antagonista da franquia Naruto Shippuden, o próprio Boruto cria um avatar inspirado em seu pai, para viver dentro dessa realidade virtual e nós vamos ser os responsáveis por jogar com um Naruto criado pelo Boruto; como se não fosse o suficiente, temos Sarada jogando como Sakura e Mitsuki como Orochimaru.
Mesmo com um trio de heróis diferentes e com um conteúdo inédito, inclusive os personagens e vilões, a história é simples e funciona como mais um episódio filler da série.

Infelizmente a Bandai Namco perdeu a chance de transformar numa aventura de RPG, mas optou por seguir o padrão da história principal, com sequências animadas sendo interrompidas por diversos combates.
Muito mais, inclusive do mesmo e do bom
O lançamento de Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections pode enfrentar críticas por apenas repetir fórmulas já conhecidas pelos fãs, fazendo com que alguns jogadores achem que apenas as melhorias gráficas e adições de personagens, que atinge a incrível marca de 130 personagens, não justifique a falta de criatividade para a jogabilidade, que permanece a mesma.

Se analisarmos friamente, deixando o fan service de lado, muitos personagens recebem diversas variações apenas como skins, com poucas ou nenhuma variação nos golpes, habilidades e jutsu. Ao meu ver não é algo negativo, mas pode ser frustrante para os mais exigentes, ao mesmo tempo em que torna-se gratificante para quem cresceu acompanhando a animação, trazendo até mesmo Boruto Uzumaki, Kawaki e Jigen.
O gameplay ainda continua fácil e divertido, com controles intuitivos e permitindo que todos os tipos de jogadores, independente da habilidade, participem de combates dinâmicos, inclusive em partidas online. É extremamente gratificante poder realizar ataques combinados, desbloquear transformações e utilizar a arena como parte da sua estratégia durante as batalhas.

Com muito conteúdo para ser debloqueado, inclusive através do nível dos personagens ao utilizá-los durante as partidas, a CyberConnect2 manteve o cuidado já conhecido para que a trilha sonora acompanhasse o visual, fechando os pontos fortes deste jogo. As músicas conseguem provocar emoções familiares associadas ao anime, intensificando a imersão e proporcionando momentos realmente incríveis durante as batalhas.
Naruto X Boruto: Ultimate Ninja Storm Connections é uma celebração impressionante ao universo de Naruto e ao trabaho de Masashi Kishimoto, indo do começo de tudo aos momentos atuais de Boruto. Para os fãs da animação, principalmente para aqueles que cresceram com o desenho e os jogos, a Bandai Namco oferece uma oportunidade única de interagir com os personagens favoritos e reviver momentos emocionantes.

Tudo numa combinação de visuais deslumbrantes, trilha sonora envolvente e uma mecânica de combate sólida, que conseguem sobrepor a fraca história inédita e a falta de criatividade dos modos história, fazendo deste título uma experiência de jogo cativante.