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Nem parece que, há exatamente um ano, a internet estava indo à loucura por causa das presepadas da Sega – mais especificamente se tratando de Sonic Origins. Sendo a primeira coletânea relevante dos clássicos do ouriço em muitos anos, o pacote deu o que falar após a péssima decisão de ser vendido em diversas versões com conteúdo diferente. A pior parte é que nenhuma delas trazia a experiência completa, então toda essa situação foi mais confusa do que frustrante.

Aderindo à solução adotada no excelente Sonic Mania, a Sega optou por relançar a coletânea com o tratamento “Plus”, reunindo todo o conteúdo dos pacotes anteriores e adicionando umas coisinhas novas. Assumo que não achei a melhor decisão, principalmente porque eles estão tentando arrancar mais dinheiro da galera com os mesmos jogos de sempre!

Quem é fã de longa data do Sonic provavelmente sabe bem que a trilogia do Mega Drive já foi relançada para todos os consoles imagináveis, então não custava nada terem deixado isso quieto e focado no futuro. Infelizmente, não é assim que o mercado funciona e agora todos têm a oportunidade de experimentar Sonic Origins como sempre deveria ter sido – se estiverem dispostos a pagar, é claro.

Seja bem-vinda, Amy Rose

Antes de entrarmos nas novidades de Sonic Origins Plus, vamos recapitular o que o pacote original já oferecia, pois sou bonzinho e não vou obrigar todos a irem ler meu review do anterior. A coletânea ganhou destaque por oferecer versões modernizadas da trilogia clássica do Sonic para os consoles atuais, o que inclui pixels remasterizados, 60fps, adaptação para telas widescreen e a possibilidade de jogar com personagens diferentes em todos os jogos.

Chegou a vez dela brilhar

Como grande parte das coletâneas anteriores não receberam esse tratamento de luxo, é evidente que todo esse punhado de novidades tornou o pacote bem mais atrativo. Aqui é possível jogar com Knuckles ou Tails nos três primeiros títulos e em Sonic CD, que também faz parte do conjunto. Além disso, cada jogo traz três modos diferentes: o Aniversário (que seria essa versão moderna), o Clássico (o game cru, do jeito que você se lembra dele) e o Desafio de Chefes (para enfrentar todos os chefes daquele título em sequência).

Para deixar tudo ainda mais crocante, foram adicionadas cenas animadas (no mesmo estilo da abertura de Sonic Mania) e um mapa interativo muito bacana, que funciona como menu principal. É pra qualquer fã se sentir contemplado, mas agora tem mais: pela primeira vez, Amy Rose é uma personagem jogável na trilogia do Mega Drive e em Sonic CD. Esse é um conteúdo exclusivo da versão Plus e assumo que é mais legal do que parece.

Ela nasceu para isso!

Amy só vem ganhando mais destaque agora, mas esta coletânea faz parecer que ela sempre foi jogável nesses jogos clássicos. Conseguiram encaixar a personagem muito bem e ela já se provou mais que digna de fazer parte do elenco principal de Sonic Superstars. Seja bem-vinda, Amy Rose!

Game Gear até dizer chega

A segunda novidade de Sonic Origins Plus é a adição de 12 títulos de Game Gear, o saudoso portátil da Sega lançado nos anos 1990. Não sei se alguém teve a oportunidade e o privilégio de ter um desse na época, então acho que dificilmente esses joguinhos vão apelar para sua nostalgia – principalmente porque muitos são ports de títulos do Master System!

São 12 jogos interessantes que também carregam muito do legado do ouriço e da própria Sega, mas dificilmente vão prender sua atenção por muito tempo. As versões portáteis dos primeiros títulos também estão aqui e é até legal ver as mudanças que fizeram para os jogos rodarem dentro das limitações do Game Gear, mas no geral parece até um desperdício de tempo estar jogando aquilo ao invés dos ports melhorados.

Bonitinho, mas não diverte por mais de 5 minutos…

De qualquer forma, não é todo dia que vemos jogos de Game Gear sendo relançados, então é uma adição bem-vinda. Entretanto, não se esqueça que tudo funciona à base de emulação, o que significa que você terá de encarar um fps horrendo (mesmo jogando em um PS5) e uma representação bizarra de como os sons eram transmitidos no portátil – ou seja, a qualidade ainda é baixa.

Isso é tudo que Sonic Origins Plus oferece de diferente: Amy Rose jogável e a coletânea de Game Gear – além de reunir todo o conteúdo adicional lançado previamente, o que por si só já é uma vantagem. Sinceramente, tudo isso já deveria estar incluso logo de cara, na primeira versão do pacote, então essa estratégia da Sega de ficar lançando duas variações do mesmo jogo (e jogo velho, ainda por cima) me incomoda e muito.

Ao menos, quem já tem o pacote original pode adqurir o “Plus” via expansão, pagando menos no processo. Se você ainda não tem e está planejando adquirir a coletânea, faça um favor para si mesmo e invista na mídia física, porque além de vir com um artbook, vai ficar bonitona na sua estante.