Então o mundo foi lançado ao caos, o fim. Ou era o que pensávamos ao final de Shadow Warrior 2, mas Lo Wang não é o tipo de herói que deixa um serviço pela metade. Por isso em Shadow Warrior 3, mesmo estando um pouco – muito – mais maluco, Lo Wang volta a ativa mais uma vez, desta vez em busca de uma maneira de salvar o mundo do grande dragão que fora liberto.
Com a ajuda de Orochi Zilla e a feiticeira Motoko, Lo Wang vai bater de frente com novos inimigos monstruosos afim de derrubar a lagartixa a nível apocalipse dos céus e restabelecer a ordem no planeta. mesmo que para isso tenha que destruir locais milenares e até mesmo trazer os mortos de volta a vida.
Tiro, espadada e bomba
Como visto nos trailers e no pequeno texto acima, o mundo atualmente está um caos, com a vinda do Dragão da Montanha ao nosso plano terrestre. Lo Wang, como todo bom herói fez o que todos fazem quando perdem uma primeira batalha, passam dias de cueca conversando com algum totem de um companheiro morto em batalha explicando a atual situação do mundo com bonecos.
Durante seu monólogo para a mascara de Hoji, Zilla vai em busca de Wang, dizendo que o mesmo ainda possui uma chance contra o dragão. Caso levem a máscara para a feiticeira Mokoto, ela pode extrair o poder ancestral embutido nela e usar contra o dragão, para derrotar a criatura e trazer paz a terra.
Mas durante o ritual, Hoji desperta dentro da máscara e Lo Wang intervém com o ritual, dizendo que caso consiga trazer seu amigo de volta a vida, as chances de derrotar o dragão são bem maiores. O que realmente ocorre, com o demônio dizendo a Lo Wang que possui até mesmo um canhão capaz de derrotar o dragão.
O tiro acaba saindo pela culatra e agora sem amigo, sem máscara e totalmente perdido, Lo Wang ainda tem mais uma horda de inimigos pela frente em busca de uma maneira de derrotar o dragão e talvez tenha de enfrentar algo ainda pior do que espera.
Muita diversão e sangue
O ultimo jogo estilo FPS que joguei foi Serious Sam : Siberian Mayhen e Shadow Warrior 3 consegue ser tão divertido quanto a aventura congelante do colega do exército de FPS clássicos. Os cenários são bem coloridos e movimentados, além de serem bem espaçosos, permitindo uma ampla movimentação do jogador em fuga, ou, em busca de um melhor posicionamento para abrir fogo contra os inimigos.
Diferente de Shadow Warrior 2 no entanto, aqui não há opção de jogar co-op, dando um foco a aventura solo de Wang. Mas em compensação agora temos um grappling hook bem maneiro que puxa inimigos menores, itens e nos permite balançar em certas áreas que possuem anéis verdes. O que permite várias manobras de execução dignas de telões de cinema.
Já no quesito quantidade, tenho que admitir que esperava um pouco mais de Shadow Warrior 3. O jogo é ligeiramente curto, com pouca variedade de inimigos e armas na minha opinião, mesmo sendo extremamente criativos em questão de design. Todos possuem uma grande veia folclórica rica, com onis e yokais surgindo a rodo na tela, além das armas que vão desde a nova katana Dragon Tail, passando por metralhadoras, snipers de energia e lançadores de shurikens tão afiadas quanto discos de Makita. Além das eliminações brutais usando a barra de eliminação e armas gore de inimigos que podem ser usadas.
Além disso Lo Wang também pode correr pelas paredes e escalar, porém, estas ações podem ser realizadas apenas em locais onde vinhas crescem, dando ao herói algo como um ponto de apoio, mas isso não impede que as batalhas sejam sempre rápidas, barulhentas e cheias de violência. Ainda mais no caso de haver ferramentas de morte de ambiente como serras rotatórias ou alçapões mortais.
Estilo acima de tudo
Lo Wang tem um visual bem mais casual em Shadow Warrior 3. Nada de roupas pretas e aquele visual estilo agente secreto. Aqui como no cenário, o ninja usa e abusa de uma jaqueta vermelha e tênis de corrida, além de um corte de cabelo bem estiloso. Afinal se você vai lutar contra hordas imensas de demônios, por que não fazer enquanto está bem vestido?
A direção de arte do jogo é bem interessante, uma mistura de folclore oriental com urbano ocidental. Algo bem voltado para animes como Afro Samurai, além da trilha sonora embalar os combates com temas muito divertidos, fazendo com que a mistura mantenha o jogador grudado na tela enchendo os inimigos de chumbo.
Justamente pelo fato do jogo ser tão bonito e criativo, acredito que bestiário e arsenal de Lo Wang poderiam ser bem maiores. A única grande variação de inimigos também não é tão inovadora, ela ocorre quando matamos muitos coelhos em um nível e então enfrentamos um Oni Hanma vestido de coelho. Em homenagem ao easter egg antigo da série em homenagear o coelho de Caerbannog de Monthy Python.
A falta de um modo co0op também acaba fazendo um pouco de falta, mesmo que fosse em um modo separado, afinal nada é tão divertido quanto sair em um tiroteio frenético ao lado dos amigos nos games. Aqueles que estão curiosos para saber o desfecho de Shadow Warrior 2 e dessa história com dragões, bruxas e demônios, Shadow Warrior 3 está apenas esperando!
