PAYDAY 3 é o jogo que muitos se viram coçando a cabeça quando foi anunciado, afinal de contas o jogo anterior ainda estava com um movimento bom de jogadores, além de ser repleto de conteúdo. Dito isto, PAYDAY 3 chegou de forma pouco calorosa durante sua BETA, algo que imaginei que mudaria quando estivesse completo, ledo engano.
Extremamente datado, esta é a definição que posso usar para definir PAYDAY 3, um jogo que de alguma maneira subtraiu as expectativas não só minhas, mas de toda a comunidade. Hoje em dias as análises do jogo estão como neutras, mas isso não muda o fato de que PAYDAY 3 coloca o jogador como refém do começo ao fim!
Mãos assalto, isso é um jogo confuso
PAYDAY 3 começa onde o segundo jogo acaba, com o grupo original deixando a vida de crimes para trás, mas logo descobrem que foram passados para trás. Agora se unindo novamente Dallas, Chains, Wolf, Hoxton, Joy e a novata de PAYDAY 3 chamada Pearl, irão se unir em novos golpes para fazer nova fortuna e se vingar daqueles que os trairam.
Uma história simples de vingança e roubos, algo “fácil” de se escrever, mas em PAYDAY 3 consegue ser uma das histórias mais sem graças de vingança. O jogo conta com dez missões de roubo, indo desde um simples assalto a banco, até a roubo de projetos militares ultra modernos e ataques a coberturas milionárias.
Mas de alguma maneira tudo é apresentado através de cutscenes sem sal, um gameplay medíocre que deixa a desejar em relação ao seu antecessor e uma U.I que faz os olhos sangrarem! PAYDAY 3 pega tudo o que funcionava no jogo anterior e resolve recriar a roda, mas essa nova roda é quadrada e feita de pedra.
Além de ser um jogo always online, ou seja, se você como eu gostava de realizar missões sozinho, pode dizer adeus para isso, aqui você até consegue, mas vai ter que esperar de 5 a 10 minutos para o jogo entender que você não quer jogar com seus amigos e isso é para todas as missões, até mesmo se perder.
Burocracia e criptomoedas
Além do gameplay mais do mesmo, U.I tenebrosa e a incapacidade de se jogar solo rapidamente e um sistema de resolução de tela horrível, o jogo apresenta um processo de evolução extremamente tedioso. Eu zerei todas as missões do jogo penosamente, afinal era necessário esperar alguém entrar, o que incrivelmente era mais rápido do que tentar criar uma sala solo.
Mesmo assim só liberei apenas 3 armas, algumas máscaras e algumas roupas aleatórias! Sendo assim não espere ter a mesma criatividade que tinha no jogo anterior, pintando e bordando com sua máscara e roupa, usando tintas diferentes, isso sem falar que alguns itens só podem ser obtidos através da criptomoeda presente no jogo. Algo que tentam relacionar com a história, mas é tão sem sentido que sequer vale a pena explorar.
Outro sistema que foi completamente refeito e ficou inferior ao anterior foi o de progressão de habilidades. Servindo como um placeholder apenas e com habilidades que praticamente não alteram a gameplay, tudo isso faz de PAYDAY 3 um jogo bem inferior ao seu predecessor, fazendo com que ele se pareça na realidade com algo que precede PAYDAY 2.
Infelizmente esta nova entrada na série só terá sucesso no futuro, sendo mais um daqueles jogos lançados de maneira medíocre, que tentou ser algo novo e diferenciado, mas ficou parecendo aquele seu primo de 22 anos que diz que vai mudar de vida investindo em NFT pós rompimento da bolha, ou seja, perca de tempo e dinheiro.
Prós:
🔺 Gunplay melhorado em relação ao jogo anterior
🔺 Golpes rápidos e mais diretos
🔺 Movimentação melhorada
Contras:
🔻 Matchmaking demorado e sistema anti-solo play
🔻 Poucos golpes a serem realizados
🔻 Otimização mal feita
🔻 Reworks desnecessários
🔻 Péssima UI e progressão lenta
Ficha Técnica:
Lançamento: 21/09/23
Desenvolvedora: Starbreeze Studios
Distribuidora: Deep Silver
Plataformas: PS4, PS5, PC, Xbox Seriex, Xbox One
Testado no: PC