Review – Endless Dungeon

A aposta da Amplitude Studios em criar um roguelike que conseguisse misturar tower defense, twin-stick shooter e elementos de RPG, acabou resultando no excelente Endless Dungeon.

Continuando o legado de Dungeon of the Endless e com uma boa história para ser descoberta ao longo das várias partidas, você precisará sobreviver às hordas de inimigos para aproveitar cada minuto dessa aventura espacial lançada pela SEGA.

Uma misteriosa estação espacial perdida nos confins da galáxia é conhecida por atrair as naves, fazendo com que elas desapareçam e seus tripulantes fiquem presos eternamente num ciclo sem fim.

Na companhia de Vassoura e mais sete “perdidos no espaço” você descobrirá que existe uma maneira de escapar, mas isso só será possível ao alcançar o núcleo da estação. Para isso você precisará escoltar o Robô do Cristal, evitando que ele seja destruído pelos exércitos de monstros que habitam os andares mais profundos.

Numa equipe de até três heróis, em modo solo ou cooperativo online, o jogador precisará explorar andares em busca de recursos, desenvolver e instalar torretas, e buscar por upgrades para seus personagens, mas sem se descuidar do robozinho que abrirá as portas até o núcleo.

O equilíbrio perfeito entre combate, desafio e exploração surge com a sua necessidade de abrir portas para coletar comida, para melhorar os personagens ou obter kit médico, indústria para produzir o armamento, e ciência para pesquisar ou melhorar suas torretas.

Afinal você precisa avançar para melhorar sua equipe e descer para o próximo andar, mas para isso será necessário arriscar por portas não abertas. Neste jogo, o inevitável será a morte, porém Endless Dungeon facilita um pouco ao permitir que você carregue alguns recursos para melhorar seus heróis e armas, além dos aprendizados sobre os monstros e cada região.

Cada personagem foi pensado neste equilíbrio, tendo armas pequenas e pesadas com foco em agilidade, suporte e dano. Cada um também contará com habilidades diferentes, que podem contribuir no desempenho da equipe, como Shroom e Fassie, no poder de fogo, como Zed e Blaze, ou causando debuff nos inimigos, como Vassoura.

Você também precisará usar sua estratégia para, além de escolher sua equipe, saber como combinar as torretas. Dessa maneira você conseguirá explorar as vantagens elementais contra os monstros, que variam entre radiação, eletricidade e luz.

Toda diversão criada pela Amplitude Studios também está no fator replay e na possibilidade de carregar parte do seu progresso que, aliado ao excelente trabalho visual e com uma trilha sonora muito agradável, permitem explorar andares criados proceduralmente e com muito conteúdo para ser desbloqueado.

Dinâmico, frenético e divertido, Endless Dungeon permite uma gradável experiência para quem busca um bom desafio, talvez punitivo até demais em alguns cenários pela combinação dos tipos de monstros, mas que acerta na diversidade de caminhos e resoluções para chegarmos ao núcleo, conseguindo quebrar essa “maldição espacial” e se preparando para iniciar uma nova e divertida partida.