No começo deste ano, Cuphead: A Série trouxe as aventuras dos irmãos de porcelana que marcaram o mundo dos games. Seis meses após os doze primeiros episódios, agora temos treze na segunda temporada, explorando ainda mais o universo criado pelo jogo, mas nenhum elemento do DLC ainda.
Mantendo a qualidade visual e sonora e o humor pastelão, vamos ver como a segunda temporada se sai em relação à primeira.
Quebra de contrato?
Cuphead: A Série, em sua primeira temporada, trouxe um grande foco nas ações de Caneco/Mugman para evitar que o Diabo levasse a alma de Xicrinho/Cuphead, sendo necessária a confecção até de um suéter invisível, para evitar que o chifrudo tomasse a alma do jovem.
A segunda temporada, por sua vez, acaba focando mais em aventuras com pouca ou quase nenhuma participação do Diabo, que volta a surgir mais ao final. Em grande parte, o que vemos são o desfecho dos eventos relacionados a primeira temporada, novas aventuras dos irmãos com a Sra. Cálice e confusões ao lado de outros chefes do jogo.
Temos assim episódios como a aventura amorosa do Capt. Brineybeard e Cala Maria, as doces armadilhas de Baronesa Von Bon Bon, a “guerra” no estilo Tom & Jerry contra Werner Werman e um curto confronto uma vez mais com o Diabo. Também é possível ver Hilda Berg voando em sua segunda forma, Sally Stageplay tendo problemas com fantasmas, a ciclope presa e Capitão Krustáceo ao fundo consertando um navio.
Há muitas referências a batalhas contra chefes e estágios de Gun’n’Run, mas ainda não foi possível ver os irmãos usarem nenhuma de suas habilidades, sejam os supers ou até mesmo seus tiros. Inclusive, em episódios como o de Von Bon Bon, onde há um confronto direto, não há batalha. Entretanto, acredito que essa seja a proposta de Cuphead: A Série.
Várias aventuras e encrencas em Cuphead: A Série
A série continua trazendo um ar bem mais leve as aventuras dos irmãos, porém, deixa um gosto bem “amargo” ao final, ao trazer um gancho para a próxima temporada que prova que, mesmo sendo mais espirituoso, Xicrinho ainda não mede suas ações. Ações essas que farão com que ele tenha que mudar seu jeito leviano de ser.
Tudo isso me faz acreditar que, a partir da terceira temporada, talvez tenhamos combates, mas, também espero que seja algo mais secundário, afinal de contas, o atual formato tem funcionado muito bem para a a série. Além de também querer ver a introdução dos personagens da DLC na animação.
Dito isto, a qualidade da série não caiu nem um pouco em relação à primeira temporada, na realidade até melhorou, sendo mais ousada em seus momentos de mescla entre animação e modelos de massa. Exemplos não faltam, como as ilhas próximas à caverna de Cala Maria e as florestas e matas que cercam a casa dos meninos e vovô Chaleira.
Somando a excelente sonoplastia e elenco de vozes tanto em inglês quanto em português, Cuphead: A Série é mais um dos grandes acertos da Netflix em relação a produções de séries animadas de games. Já levando na bagagem Castlevania e agora Tekken também!
Por hoje é só, pessoal!
Cuphead: A Série traz uma segunda temporada com consequências de atos passados e combina com a leveza de ser criança e entrar em enrascadas. Mostrando que mesmo tratando de assuntos pesados como a perda de almas, luta contra demônios e monstros, tudo tem um ar de fantasia infantil.
Essa é uma excelente continuação que deixa um gancho para uma emocionante terceira temporada.