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Active Neurons 2 está de volta, agora na sequência do título desenvolvido por Nikolai Usachev. Os neurônios precisam se conectar novamente para dar continuidade nas sinapses das nossas tão condenadas cabecinhas. Agora a experiência se expande, pois a energia não vem somente dos impulsos elétricos do cérebro, mas das principais fontes de energia que utilizamos no nosso dia-a-dia – ou desde algumas centenas de anos atrás.

Contando já com a análise do primeiro jogo da série – Active Neurons – esta sequência deve tocar em boa parte dos pontos tratados no texto lançado em maio deste ano. Teria a segunda instância superado a primeira ou deixado a desejar, faltando energia justamente onde mais precisava?

Neurônios, ativar!

É muito bonito acompanhar o crescimento de alguém. Tendo jogado o primeiro jogo da série e – na época – pesquisado um pouco sobre a pouca experiência em lançamentos de Nikolai Usachev, ver o salto de experiência para Active Neurons 2 é muito agradável.

Imagem de Active Neurons 2
A interface realmente deu um salto.

O estilo visual se mantém minimalista, o que é um prazer à parte. Dito isso, a sensação é de que ou Nikolai fez ótimos cursos sobre design gráfico, se aprimorando na parte de como criar composições interessantes, ou contratou algum designer freelancer para dar uma polida nesses componentes. Esses aprimoramentos trazem todo um pacote de melhorias, desde facilitar o entendimento, como outras possibilidades de mecânicas a serem tratadas nos quebra-cabeças.

A experiência visual geral é de estar em uma versão de Tron com ácido. O fundo escuro e um pouco estrelado combina bem com os traços límpidos e claros das margens de cada fase. Os componentes – blocos, travas, portais – mostram cores vibrantes e encantadoras, além dos efeitos quando interagimos com boa parte deles, estourando suas partículas e enfeitando tudo o que se pode ver.

Sendo um grande ponto de reclamação da minha parte, Active Neurons 2 traz uma mudança no que tange à narrativa. Não chega a ser uma solução ao problema apontado até porque muda completamente o eixo. A cada seção do jogo, temos um trechinho de Telecurso 2000 com um par de frases sobre algum meio energético, passando pela roda, moinhos de vento e mais.

Imagem de Active Neurons 2
Chaves, sequências e cores, tudo melhorou em Active Neurons 2.

Isso não é suficiente para soar como algo interessante e se é que podemos chamar isso de narrativa, fica mais com cara de um jogo educativo qualquer da Revista CD-Rom comprada durante as férias de 2003. Não atrapalha, visto que o jogo se sustenta com os quebra-cabeças somente, porém deixa um gosto estranho na boca.

Mecanicamente, Active Neurons possuía bastante variedade e um grau de dificuldade elevado, porém frequentemente frustrante – seja por ter somente uma solução para cada fase, seja por exigir quase que tentativa-e-erro para chegar na solução.

Active Neurons 2 resolve todos estes pontos. Mantém o nível de dificuldade elevado, aprimora a curva de aprendizagem que o jogador passa, traz quebra-cabeças com mais de uma maneira de se chegar ao objetivo e passa longe de ser frustrante, mesmo trazendo mais fases a serem cumpridas. Outro grande ponto a se considerar é que agora existem mais situações onde precisamos lidar com quebra-cabeças em duas ou mais telas. Lidar com esses malabares sem saber o que está por vir, ou precisar lembrar do que tem que ser ajustado sem ver traz um desafio diferenciado.

Imagem de Active Neurons 2
Puzzles em 2 seções são um charme e um desafio em partes iguais.

As fases novas dão um charme diferenciado e – além do visual aprimorado – fazem com que Active Neurons 2 não seja mais do mesmo. Um passatempo divertido e ainda mais válido para uma plataforma como o Nintendo Switch. Com isso, fico no aguardo do que Nikolai Usachev está planejando para o futuro!

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