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Uma hora a fatura chega: a franquia Call of Duty desafiou as expectativas de faturamento de 2021, arrecadando bem menos do que o esperado, e a Activision teve que se explicar para os acionistas. Um relatório publicado internamente em 30 de abril chegou aos ouvidos da imprensa. De acordo com a empresa, a culpa do vexame nos lucros anuais está nas costas da recepção morna de Call of Duty: Vanguard.

A Activision aponta que a franquia continua sendo uma das mais bem sucedidas de todos os tempos, mas o título mais recente não atendeu o que se esperava dele. Segundo o relatório, “o cenário da Segunda Guerra Mundial do jogo não ressoou com alguns membros de nossa comunidade e não entregamos tanta inovação no jogo premium quanto gostaríamos”.

Call of Duty nasceu na Segunda Guerra Mundial

O que os executivos de hoje parecem desconhecer é que a franquia surgiu explorando justamente o maior conflito da História da humanidade. Ainda que a fase Modern Warfare tenha catapultado as vendas para níveis estratosféricos e a linha Black Ops tenha uma boa recepção dos jogadores, retornos anteriores ao cenário da Segunda Guerra Mundial não decepcionaram.

A bem de verdade, Call of Duty: Vanguard foi assolado por problemas de desenvolvimento, uma pandemia mundial no meio do caminho e um escândalo de assédio que sacudiu toda a Activision. O resultado, como apontamos em nossa análise, é um jogo mediano, com uma campanha curta e desconexa e um modo Zumbi largado de qualquer jeito. Além disso, o FPS também sofreu com atraso no lançamento de conteúdo de temporada. Portanto, jogar a culpa das baixas vendas em outros fatores que não fazem tanto sentido é um sério risco para o futuro da franquia.