Skip to main content

A aguardada sequência de Marvel’s Spider-Man finalmente está entre nós! Assim como no primeiro jogo, a quantidade de referências e easter eggs aos quadrinhos do universo Marvel está pesada, o que pode deixar muita gente por fora de algumas coisas que acontecem por ali.

Se você não é muito chegado em HQs ou só conhece os personagens pelo MCU, separamos aqui tudo que precisa saber a respeito dos fatos que se desenrolam em Marvel’s Spider-Man 2. Obviamente, este artigo estará repleto de SPOILERS, então recomendamos que você deixe a leitura para depois que tiver concluído o game.

ALERTA DE SPOILERS! A PARTIR DAQUI, LEIA POR SUA CONTA E RISCO

Origem do Venom

Em Marvel’s Spider-Man 2, a Imsomniac decidiu seguir com uma origem bastante alternativa para o vilão principal, Venom. Nos quadrinhos, o hospedeiro mais conhecido foi o jornalista Eddie Brock, que incorporou o vilão (e anti-herói, em algumas histórias) na maioria dos arcos. Contudo, neste jogo a simbiose acontece com Harry Osborn, amigo de infância de Peter Parker.

Antes do game, a única vez que Harry assumiu o papel de Venom foi na animação Ultimate Spider-Man, que traz uma versão bem alternativa dos personagens. Por outro lado, a simbionte sempre foi utilizada como um pretexto para curar doenças graves, garantindo poderes sobre-humanos ao seu hospedeiro (o que ainda vemos no jogo).

Venom alado

Na metade da batalha final, testemunhamos uma cena no mínimo curiosa: um par de asas brota das costas do Venom, proporcionando ao simbionte a habilidade de voar. Apesar de parecer super viajado, isso também já aconteceu nos quadrinhos.

Eddie Brock obteve suas asas em Venom #5 (2018). O poder lhe foi concedido pela entidade conhecida como Knull, o Deus das Simbiontes.

Agente Venom

Após revelar seus poderes de simbionte, Harry decide se juntar à Peter na luta contra o crime no papel de um vigilante. Apesar do jogo não utilizar nenhum nome para designá-lo, o traje que Harry aparece usando é o mesmo do Agente Venom, herói que também segue a mesma linha de raciocínio nos quadrinhos.

Introduzido em The Amazing Spider-Man #654 (2011), o alterego do Agente Venom nos quadrinhos é Flash Thompson – o mesmo cara que fazia bullying com Peter no colégio e posteriormente se torna um dos seus melhores amigos. Em sua carreira militar, Flash perde as pernas na Guerra do Iraque e acaba entrando em um programa especial do governo dos EUA, este que lhe concede a simbionte através do traje. A partir daqui, ele se torna um agente secreto com os mesmos poderes do Venom.   

Traje Anti-Venom

Próximo do fim do jogo, Miles Morales e Martin Li unem forças para salvar Peter da ação da simbionte em seu corpo. Os poderes negativos de Li revertem o efeito do alienígena no organismo do Aranha, criando assim o traje Anti-Venom.

Essa é a primeira vez que vemos o Homem-Aranha assumindo o papel de Anti-Venom, mas a origem do personagem nos quadrinhos é bem semelhante. Introduzido em Amazing Spider-Man #569 (2008), a criatura surgiu após a simbionte tentar se unir a Eddie Brock novamente, este que lutava contra um câncer e havia sido curado da influência do alien por Martin Li, o Sr. Negativo.

Outros personagens já usaram um traje Anti-Venom nas HQs, incluindo o Agente Venom e até a Gata Negra.

Wraith

Ao longo do primeiro jogo e do seu respectivo DLC, temos a chance de acompanhar a trajetória de Yuri Watanabe, uma detetive da polícia de Nova York. Pouco a pouco, ela se apresenta mais insatisfeita com a ineficácia das forças da lei, até que um grande evento faz com que ela abandone seu posto para fazer justiça com as próprias mãos.

Em Marvel’s Spider-Man 2, vemos Yuri assumir seu alterego dos quadrinhos: Wraith. A origem da vigilante nas HQs é bem semelhante ao que vemos no jogo, com a diferença de que o manto de Wraith já pertencia ao criminoso Brian DeWolff, conhecido por matar policiais.

Culto ao Carnificina

Yuri possui sua própria linha de missões secundárias no jogo, onde ela e o Aranha devem investigar um misterioso culto conhecido como A Chama, que é obcecado pelo fogo. Ao concluir seu arco, descobrimos que seu líder estava em busca de uma amostra de simbionte, conseguindo escapar com o alien e deixando mais história para contar.

O líder do culto é Cletus Kasady, o vilão Carnificina (Carnage). Tudo indica que esse foi o pontapé inicial para uma possível adaptação do Culto ao Carnificina, HQ lançada em 2019 que contava a trajetória de uma seita sinistra, onde todos eram hospedeiros da simbionte.

Não menos importante, o visual das simbiontes criadas por Venom neste jogo é o mesmo dos cultistas que vemos em Cult of Carnage.

Scream

Não tivemos Carnificina em sua totalidade neste jogo, mas tivemos a rápida participação de outra simbionte: Grito (Scream). Em Marvel’s Spider-Man 2, ela é um dos chefes que enfrentamos após Venom infectar Mary Jane com o poder do alien.

Nas HQS, a pessoa por trás da Scream é Donna Diego, uma mulher mentalmente perturbada que acaba possuída pela simbionte após ser cobaia de experimentos desumanos.

Camaleão

Marvel’s Spider-Man 2 resgata um dos vilões mais clássicos do Aranha: Camaleão (Chameleon). Após concluir as missões secundárias do Kraven, podemos encontrar uma cobertura que esconde suas diversas máscaras e tecnologia de ponta. O vilão não deu as caras, mas promete fazer uma participação no futuro.

Nas HQs, o Camaleão é meio-irmão do Kraven, sendo um personagem com diferentes abordagens. A princípio, o vilão não tinha nenhum poder, usando tecnologia para alterar sua aparência e assumir a identidade de outras pessoas. Com o tempo, foram surgindo algumas versões em que ele conseguia fazer isso com habilidades super-humanas.

Teia de Seda

Em uma das cenas pós-créditos do jogo, Miles é apresentado a uma garota misteriosa chamada Cindy. Não conseguimos ver o seu rosto, mas sabemos que seu pai é de origem asiática e, diante disso, só resta uma opção: trata-se de Cindy Moon, a Teia de Seda (Silk).

Introduzida em Amazing Spider-Man Vol. 3 #1 (2014), Cindy é uma garota de ascendência coreana que foi mordida pela mesma aranha que deu os poderes ao Peter Parker. Sendo assim, eles possuem as mesmas habilidades e chegaram até a namorar por um tempo. Provavelmente, teremos a participação da Teia de Seda no próximo jogo.

Delilah e Miguel O’hara

Uma das missões secundárias de Marvel’s Spider-Man 2 é coletar Spider-Bots perdidos em Nova York. Cada um deles faz referência a um Homem-Aranha diferente do multiverso e, ao coletar todos, um portal se abre, revelando uma personagem misteriosa chamada Delilah. Ela toma os robôs para si e menciona um tal de Miguel – provavelmente tratando-se de Miguel O’hara, o Spider-Man 2099.

Nos quadrinhos, Delilah é uma assassina que apareceu pela primeira vez em Amazing Spider-Man #414 (1996), primeiro enfrentando o Homem-Aranha e depois lutando ao seu lado; posteriormente, ela se uniu ao Novo Sexteto Sinistro (All-New Sinister Six). Por ser uma personagem muito antiga e pouco explorada, sua participação no futuro dos jogos é um verdadeiro mistério, mas podemos esperar algo relacionado ao multiverso.