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Com o sucesso de Darkest Dungeon, muitos jogos resolveram se inspirar no título da Red Hook Studios e tentar a sorte utilizando o mesmo sistema de combate em turnos. Vagrus – The Riven Realms é mais um desses que beberam da fonte de jogos similares, mas que buscam adicionar particularidades a fim de se destacar no bloco.

Em um mundo desolado, fruto da ira dos deuses em função dos pecados humanos, caberá a você controlar uma companhia de viajantes que, no meio desse cenário desolador, fazem trocas e oferecem serviços de proteção aos viajantes. A proposta mistura elementos de vários jogos já consagrados, mas será que é o suficiente?

Uma aula de narrativa

Logo de início, Vagrus – The Riven Realms me chamou a atenção pela história. Lógico que jogos de RPG costumam focar bastante no aspecto narrativo, mas toda a ambientação apresentada de início me deixou curioso para o desenrolar do jogo. 

Em um vídeo introdutório, a história do local é contada através de um narrador. Segundo o mesmo, o planeta já foi próspero, mas os abusos do império dominante despertaram a ira dos deuses que, decepcionados com o que viram, decidiram lançar catástrofes pelo mundo. Tal ação não foi suficiente para extinguir a vida, mas os deuses decidiram deixar o plano existencial após o ocorrido, fazendo com que os homens ficassem abandonados em meio ao caos.

O mapa permite a exploração, mas não é tão grande

O cenário proporcionado por essa introdução é bem promissor, deixando o jogador ansioso para ver o desenrolar da história. Esse é, aliás, um dos objetivos de Vagrus – The Riven Realms: explorar o mundo pós-cataclisma e descobrir detalhes relativos à história do mesmo.

Gerenciamento excessivo

Se a história empolga, a jogabilidade em si não traz nada de novo. Logo nos primeiros minutos de jogo, é possível detectar a forte influência de dois títulos: Darkest Dungeon e Battle Brothers. O primeiro é a referência clara no combate, já o segundo é uma clara influência nas mecânicas de exploração e gerenciamento da caravana.

Você está livre para explorar o mapa de Vagrus – The Riven Realms, mas não tão livre assim. O continente parece gigantesco, porém apenas parte dele está disponível para exploração. Durante as andanças, você terá que gerenciar a quantidade de trabalhadores, escravos, montarias e soldados, bem como aspectos relativos à alimentação, moral e descanso dos mesmos.

O gerenciamento é, de longe, a parte mais complicada do jogo. Cada viagem deve ser pensada a fim de utilizar de forma correta os suprimentos. Caso você não pense nisso, a sua caravana irá sofrer com indicadores ruins, acarretando em eventos negativos até o game over. O problema é que dificilmente você conseguirá achar uma relação boa entre suprimentos e mercadorias no inventário, já que o espaço é extremamente limitado.

Comparar os preços é essencial

Diferentemente de Battle Brothers, a liberdade do mapa de Vagrus – The Riven Realms é relativa. Você poderá explorá-lo, mas estará preso a alguns caminhos pré-determinados. Avançar pelos mesmos custará pontos de movimentação, onde os mesmos são recarregados durante os acampamentos noturnos. Esse é mais um fator a ser levado em consideração no gerenciamento das viagens.

Combate e veredito

Sobre o combate, a mesma mecânica que rege Darkest Dungeon está presente em Vagrus – The Riven Realms. Com seis espaços disponíveis para os combatentes, a posição relativa dos mesmos define o tipo de ataque disponível. Entretanto, parece que esse sistema foi bem simplificado para o jogo. Os personagens contam com poucas habilidades, e as fileiras de inimigos formam um retângulo 2×3.

Algo bem irritante é que vários encontros obrigam o jogador a batalhar mais de uma vez. Por vezes, seus companions sairão machucados de uma batalha, sendo forçados a lutar mais uma vez sem a possibilidade de recuo. 

Prepare-se para ler bastante

Fora a ambientação e alguns elementos promissores de gerenciamento, Vagrus – The Riven Realms oferece uma experiência bem frustrante dado o potencial do jogo. As batalhas extremamente simplificadas, a exploração frustrante e o microgerenciamento excessivo tornam o título maçante. Para os que gostam da mecânica de comércio de jogos como Mount & Blade e Battle Brothers, vale a pena dar uma chance ao jogo caso esteja em promoção, mas não há nada surpreendente até o momento.

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