Skip to main content

Up, jogo baseado na mais nova animação da Pixar, é um produto previsível. Desde que o longa foi anunciado para os cinemas, a versão para os videogames estava mais do que confirmada. É natural que as expectativas sejam baixas antes mesmo de jogar. Eu vi o filme no avião (no Brasil, a animação só estréia no dia 4 de setembro) e conto aqui a minha experiência com o game.

Up apresenta o personagem Carl, um vendedor de balões que depois de ver 78 verões decide realizar o desejo de sua falecida esposa. Carl parte em viagem para a América do Sul, usando a própria casa para flutuar com a ajuda de balões. Acidentalmente, ele acaba ganhando um parceiro de aventura chamado Russel, um escoteiro 70 anos mais novo que Carl. Contar mais da história seria spoiler, então vamos ao game.

O jogo segue a mesma premissa e roteiro do filme, recriando vários momentos chave do longa. Logo no começo, percebesse que Up é totalmente voltado para o estilo de plataforma 3D, com cenários coloridos e navegação bem óbvia. O desafio? Tudo o que você precisar fazer é andar, pular, evitar alguns inimigos, equilibrar-se num tronco ou corda, resolver quebra-cabeças fáceis, e por aí vai.

Up

Você joga com Carl e Russel ao mesmo tempo, cada um com suas próprias habilidades. Russel tem um espelho que reflete luz nos inimigos, para afastá-los. O espelho também pode ser usado para resolver alguns puzzles. Carl possui um aparelho auricular que emite ondas sonoras, que também afasta os inimigos. Já sua bengala é útil para alcançar os lugares mais altos.

Ao longo da aventura, os personagens ganham novos itens como uma corda com gancho ou um taco de golfe. Itens que servem para diversificar um pouco a navegação e mecânica da jogabilidade. Em um ponto do jogo, Carl adquire um lampião para iluminar os lugares escuros, enquanto Russel faz uso de uma lente de aumento para queimar coisas, como dinamite. Esses itens adicionam um leve fator replay ao jogo, já que certos itens coletáveis são acessíveis somente através dessas habilidades. Outro ponto positivo é a Inteligência Artificial de seu parceiro. Quando Carl ou Russel está sob o comando do computador, ele não fica no seu caminho. Aliás, além de manter o percurso correto, eles realizam pulos muito mais precisos que os seus.

Naturalmente, o público alvo deste jogo são crianças. O design de fases e gráficos são simples e muito coloridos. Os próprios comandos são simples, apesar de eficientes. Quanto aos inimigos, além de poucos, você nunca os mata, apenas os prende ou assusta. A dupla nunca morre, mesmo quando atacados por crocodilos. Quando a barra de energia chega ao fim, Carl e Russel ficam apenas zonzos e mais lentos, até alcançar o próximo item de recuperação (que são numerosos). Mas nada disso faz dele um jogo ruim. Mesmo sendo extremamente previsível, Up se sai bem como um game baseado em uma animação voltada para crianças.

Review – Space Architect

Paulo AlmeidaPaulo Almeida24/11/2024