É hora de mais um turno dos profissionais da saúde pelos hospitais da pacata – porém medicamente improvável – cidade de Two Point. Mais um conteúdo adicional chega para ser atendido e, desta vez, o relógio se confunde tanto quanto os tempos verbais em Two Point Hospital: A Stitch in Time, o que seria – em tradução livre – Um Ponto no Tempo.
Acho que passamos do ponto
O Capitão Ontem, auto-denominado inventor, empreendedor e homem de família – e todo brasileiro são sabe o que afirmações como essa dizem sobre alguém – apresentou ao mundo o Ontenizador, máquina que reúne todos os pontos do passado, presente e futuro em uma única sala de espera. Por um preço módico.
O acesso indiscriminado ao Ontenizador vem causando um belo bafafá ao mesmo tempo que vem facilitando o tratamento de diversas enfermidades por permitir que os doentes viagem no tempo, procurando um momento no qual a enfermaria vai estar mais vazia, sendo atendidos mais rápidos. Afinal, prefiro dar um jeito de viajar no tempo do que esperar na recepção mais meia hora.
Two Point Hospital: A Stitch in Time oferece três hospitais em momentos diferentes da história da humanidade. Por incrível que pareça, hospitais medievais e jurássicos têm a mesma capacidade de suas contrapartes futuristas. E são nestes cenários que vamos arregaçar as mangas e enfrentar as enfermidades humanas.
Quando uma cidade medieval decide popularizar a viagem no tempo doméstica, é claro que nada de errado poderia acontecer… Exceto quando diversos portais temporais começam a explodir espontaneamente pela cidade, trazendo mais e mais pessoas de linhas temporais diferenciadas.
Se deixar os moradores de vilas medievais viajar no tempo de forma irrestrita deu errado, claro que quando isso acontece na Idade da Pedra tudo ficaria super bem. Recebendo múltiplas reclamações de sumiços de clientes do Ontenizador, vamos ao passado longínquo para tentar trazer de volta – alguns – clientes. Outros podemos deixar por lá mesmo.
E, por fim, o futuro nos chama! Vamos utilizar as tecnologias que só uma utopia pode nos oferecer para tratar todos os pacientes que estão sendo expurgados por múltiplos portais temporais que pipocam por toda a cidade. O Capitão Ontem deu uma sumida e cabe a nós resolver todos estes pepinos.
Two Point Hospital: A Stitch in Time acaba por ser uma adição humilde ao pacote que Two Point Hospital já oferecia, trazendo nos 3 novos cenários, 13 novas doenças visuais (34 totais) e múltiplos novos itens. Porém o que havia sido chamativo no último DLC falha por aqui, a dificuldade. Os novos cenários são muito tranquilos para quem já passou pelos outros hospitais anteriores.
Dito isso, Two Point Hospital: A Stitch in Time é mais do mesmo para quem queria só mais uma pitadinha daquilo que já gostavam, sem nada de muito diferentes. Porém, mais uma vez, o que é entregue é muito bem feito. Ficam os parabéns novamente para a equipe da Two Point e os pedidos sinceros de que sejam mais ousados em uma próxima ocasião.