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Quem curte jogos de quebra-cabeça, sabe que este gênero também sofre pra receber ideias realmente inéditas. O clássico Tetris, por exemplo, ganhou uma versão com novas mecânicas em Tetris Effect e outra versão misturando battle royale em Tetris 99. Sempre há espaço para a criatividade e o jogo de estréia do estúdio norte-americano PIXELAKES é a prova disso.

Treasure Stack é como jogar uma pessoinha dentro de uma arena de Tetris, com total liberdade de movimento. Não lembro de ter visto algo semelhante em outro jogo, mas achei a fórmula genial: ao invés de controlar e girar as peças que caem, você controla a personagem tendo que empilhar baús coloridos que caem em pares para combiná-los.

A arte de empilhar

À princípio corri atrás de Treasure Stack pelo gameplay diferenciado, mas não nego gostar de games feitos em pixel art. O jogo é visualmente minimalista e, ainda assim, rico em detalhes e animações. Mesmo com um monte de coisas acontecendo na tela, a boa coloração diferencia bem uma coisa da outra para você não se perder na ação.

Imagem do jogo Treasure Stack
Você pode mover um bloco ou baú individualmente, assim como uma pilha inteira.

Sua personagem pode andar, pular, agarrar e usar um gancho para puxar baús que estão caindo lentamente. Usar o gancho substitui a opção de acelerar a queda da peça no Tetris, porém os outros movimentos permitem mexer a qualquer momento nos baús que estão caindo e também os que estão inertes. É como se houvessem dois puzzles em um, já que é possível mudar completamente os baús de lugar, empilhar power-ups (bombas, bigornas, espadas) em outra posição mais favorável e remanejar as peças vermelhas que o atrapalham o tempo todo.

O game começa com 4 personagens e vai desbloqueando outros conforme sobe de nível. Junto da progressão por pontos de experiência o jogador desbloqueia variações do gancho, que mudam apenas de visual e não o gameplay. São recompensas simples, mas frequentes e que certamente dão um charme extra ao game. Por fim, a trilha sonora medieval – tema utilizado pelo game – combina perfeitamente com tudo.

Treasure Stack oferece os modos online, solo e local. No online, você disputa partidas em salas de temporada, casual ou privado. Jogando localmente, até 4 jogadores podem se enfrentar. O problema é que, jogando em 4 pessoas, as arenas ficam muito espremidas na tela. O ideal é jogar em 2 ou no máximo 3 para curtir de boa sem estresse. Por fim o modo solo serve como área de prática, com a progressão de nível e conteúdo extra que citei.

Imagem do jogo Treasure Stack
No contra, os combos de um viram obstáculos para o outro.

Campanha? Infelizmente não há uma. O modo solo bem que poderia funcionar assim, com um mapa para navegar pelas fases e batalhas contra NPCs que você desbloqueia ao vencer. Isto sim seria muito bem vindo, substituindo a solução básica da progressão por experiência. Até batalhas contra chefões caberiam perfeitamente no modo solo. No fim, o que temos aqui é um jogo divertido porém enxuto demais.

Se você curte o gênero, Treasure Stack vale o teste. Mas tenha em mente que este é um jogo voltado para o multiplayer. Jogar sozinho é legal na primeira hora, mas depois enjoa rápido por conta das partidas serem únicas, sem o avanço que uma campanha poderia oferecer. Pelo menos no Switch dá pra curtir um contra no modo portátil, mas com 3 ou 4 jogadores só rola na TV mesmo.

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