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Até o dia em que comecei a jogar World of Goo e Braid, eu não estava nem aí para os jogos independentes. Simplesmente não me importava e não queria saber. Isso até o dia que joguei os supracitados e percebi o tempo perdido em não aproveitar esse mercado criativo, bom e barato. Este é o caso de The Maw, mais um excelente “Game Indie”, produzido pela Twisted Pixel.

Aqui você é Frank, um jovem alienígena que foi misteriosamente raptado e aprisionado em uma nave espacial, junto a outras criaturas curiosas. Logo após essa pequena introdução, ocorre um acidente e a nave cai em um planeta misterioso. Nesse momento Frank forma dupla com outro alienígena, o Maw, para escapar desse planeta e dos seres que o habitam.

O jogo é colorido e com cenários construídos de forma bem simples, “achatada”, o que me lembrou os clássicos do Nintendo 64 como Mario 64 e Banjo-Kazooie. The Maw possui uma estrutura de jogo simples e direta: ir do ponto A ao ponto B, resolvendo certas situações para abrir o caminho. Para isso, o alienígena dispõe do poder de um bracelete que solta um raio energético para manipular certos objetos e inimigos. Funciona também como coleira para controlar seu segundo recurso, o próprio Maw.

The Maw

Maw é basicamente uma gelatina roxa com dentes, um olho e um enorme apetite. Ele pode engolir qualquer ser vivo à sua frente, o que o deixa maior, e maior e maior.. até o ponto que você tem quase uma força da natureza na sua coleira. Além disso, o Maw também pode consumir certos seres que lhe dão certos poderes, como cuspir fogo para queimar árvore e eletrificar lesmas e usá-las como bombas. Frank faz sua parte acionando dispositivos, destruindo armas e alimentando seu parceiro roxo, entre outras coisas. Em poucas palavras, uma parceria de sucesso.

Para um jogo de cerca de 300 MB, The Maw têm gráficos e efeitos muito bons. Os cenários são genéricos e semelhantes de fase em fase, mas nada que não seja perdoável para um game deste gênero e com este tamanho. O verdadeiro mérito fica na parte sonora, com ótimas músicas e diálogos do protagonista Frank. Vide as falas dele ao chamar pelo Maw, que conforme cresce fica com a voz mais grossa. As únicas falhas do jogo estão na ausência de um mapa e a jogabilidade escorregadia de Frank, que o faz cair com freqüência ao passar pelos menores declives de terreno.

The Maw é um jogo bem simples, tanto no desafio como em sua concepção. O fator replay é baixo, mesmo com insetos secretos que lhe dão bônus. É um jogo divertido, mas que acaba rapidinho, em um fim de semana. Mas se você gosta de plataforma e de jogos criativos com personagens carismáticos, a simpática dupla Frank e Maw irão lhe agradar muito.