Skip to main content

League of Legends é um gigante da indústria de games, isso é inegável. Nos últimos anos, esse universo tem ganhado diferentes histórias na forma de spinoff, como Song of Nunu, o mais recente deles a ser lançado no dia primeiro de novembro. Essa review é um ponto de vista de uma obra sem conhecer sua base, já que League of Legends é totalmente desconhecido para este redator que vos escreve. Será que o jogo por si só é suficiente?

Bem, sem qualquer enrolação, sim, é suficiente. Nunca joguei o famoso “lolzinho”, seu universo é totalmente desconhecido para mim, portanto não associarei Song of Nunu em nenhum momento com sua história base. Porém o jogo, desenvolvido por Tequila Works (de Rime e Gylt), consegue encantar o jogador que busca uma aventura dessas que dá um quentinho no coração sem se sustentar em League of Legends.

Uma bela aventura

Song of Nunu conta a história de Nunu, um menino serelepe (entreguei minha idade), ávido por aventura, e Willump, o nome que você mais ouvirá saindo de sua boca, que é o de seu amigo, um yeti azul peludo e muito amigável, mas feroz quando precisa. Os dois juntos partem em uma aventura na terra gélida de Freljord em busca da mãe desaparecida do garoto.

O ponto alto do game é o relacionamento de Nunu e Willump. Os dois conversam o tempo inteiro. Bem, mais ou menos. Quem fala, é o menino, e o bichão azul responde com diferentes resmungos. Com a legenda ligada, você verá que ele concorda, explica, comenta, brinca e por aí vai. A resposta de Nunu em relação a reação de Willump é o que dita o ritmo das conversas.

Humor é algo bastante presente no jogo, seja na forma de conversa, ou nas reações corporais deles, eu dei umas boas risadas. Mas também conta com momentos de reflexão, pensamentos sobre a vida, alguns outros momentos tristes e de ação. E é válido ressaltar que o game entrega isso numa dosagem muito boa.

Gameplay variado

Son of Nunu consegue mesclar diferentes mecânicas de gameplay muito bem também. Você controla tanto Nunu, quanto Willump com o garoto em suas costas. A forma de se jogar é diferente com essas mudanças. O pequeno protagonista só consegue escalar alguns lugares específicos, tocar sua flauta para puzzles e arremessar bolas de neves.

No controle do gigante azul, você faz isso, além de lutar contra os inimigos. O combate, inclusive, é bem feito. Willump ataca, esquiva e executa ataques finais quando o inimigo fica atordoado com várias animações de execução diferentes, uma mais legal que a outra. Em alguns momentos, Nunu sobe nele para deslizar por um determinado trecho. Momentos de plataforma e stealth fecham o pacote gameplay.

Os puzzles são desafiadores e eles envolvem tocar a flauta do garoto com as notas que o quebra-cabeça pede. Tudo é bem intuitivo. Esse elemento também aparece na forma de plataforma, onde você precisa saber onde pular, objetos para destruir para liberar o caminho e por aí vai.

Song of Nunu não inova, mas acerta no que faz

Grande parte de Song of Nunu acontece em terras geladas, mas para uma campanha que dura cerca de 7 horas, até que não dá para abusar as diferentes localidades em diferentes tons de azul. Mas preciso ser justo: existem outros cenários além do gelo, embora com menos presença. Aliado a isso, a variedade de inimigos é ok para esse tamanho de jogo. E por não ter combates o tempo todo, isso passa pela avaliação crítica.

Song of Nunu conta com uma história relativamente simples, mas com um desenrolar bastante agradável, um gameplay que mescla muito bem diferentes mecânicas, um tom de bom humor, que passeia por diferentes sentimentos, uma trilha sonora envolvente e personagens muito cativantes.

O jogo não é perfeito (mas chega perto disso), já que conta com os eventuais engasgos da Unreal Engine, a sensibilidade da câmera é bem limitada e não tem ajuste adicional, as vozes se perdem durante ação, e os controles das mecânicas de escorregar não respondem bem. Só que essas coisas não tiram o brilho do jogo de forma alguma.

92 %


Prós:

🔺 História envolvente
🔺 Personagens muito cativantes
🔺 Diferentes mecânicas de gameplay
🔺 Tamanho ideal para um jogo do tipo
🔺 Puzzles divertidos

Contras:

🔻 Engasgos periódicos
🔻 Baixa sensibilidade da câmera
🔻 Falta de precisão em alguns comandos

Ficha Técnica:

Lançamento: 01/11/23
Desenvolvedora: Tequila Works
Distribuidora: Riot Forge
Plataformas: PS4, PS5, PC, Xbox Series, Xbox One, Switch
Testado no: PC

Review – Until Dawn

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.08/10/2024
Night Slashers: Remake

Review – Night Slashers: Remake

Vinícios DuarteVinícios Duarte08/10/2024
Metaphor: ReFantazio

Review – Metaphor: ReFantazio

Diego CorumbaDiego Corumba07/10/2024