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Desenvolvido pela Bread Machine Games, Slam Land é inspirado em outros jogos como Super Smash Bros. e Brawlhalla, mas com um toque único que o transforma em um prato cheio para a jogatina com os seus amigos.

Inspiração sim, cópia não!

Apesar de beber de outras fontes, Slam Land traz a pancadaria entre 2 a 4 jogadores num estilo diferente, misturando muito bem a troca de golpes com os movimentos de basquete – ou até mesmo de slamball, um esporte que mistura basquete, hockey e trampolins. O game traz sempre um ou dois pontos no mapa o qual podemos chamar de “cestas”, pois o objetivo principal – além de golpear os inimigos – é usarmos eles para realizar as cestas. Isso mesmo, usamos os inimigos como bolas de basquete para ganhar a partida.

A premissa é simples: agarramos o inimigo e o atiramos ou entramos na cesta com ele agarrado. Mas atenção: tem de ser você agarrando o inimigo e o colocando lá. Se caso ele vire o movimento, é considerado que ele que te puxou e ele é quem ganha o ponto. Ótima oportunidade para resolver uma briga de casal, “enterrando” o assunto de vez, não é mesmo?

Claro que a melhor – ou pelo menos a mais divertida – maneira que existe para se fazer ponto é simplesmente mandar uma boa paulada na cara do adversário e fazer com que ele saia rodopiando para o cesto. A confusão começa quando temos muitos jogadores, uma vez que você pode agarrar mais de um jogador ao mesmo tempo. Com isso vemos cenas em que, ao estar a caminho de engavetar um adversário, outro chegou por trás e não só me enterrou como enterrou também o meu inimigo, ganhado todos os pontos.

Imagem do jogo Slam Land
Que comecem os jogos…

Várias modalidades

Slam Land possui ainda outras três modalidades peculiares de partidas além da básica. O modo de jogo Peanut (amendoim) tem como objetivo agarrar um amendoim e fazer ponto com ele. Neste modo surge um amendoim numerado por vez e quanto mais tempo demoramos para fazer ponto maior esse número fica.

Outro modo é o Horse (cavalo) em que o objetivo é similar aos outros, com a diferença que vão surgindo pelo cenário várias estátuas de cavalos, cada uma com uma letra e temos de encestar as 5 para formar a palavra horse. Ganha quem formar a palavra toda ou, ao final da partida, quem conseguiu mais letras.

Por fim, o último modo se chama Trash (lixo) onde o objetivo é acertar com o lixo na cesta, apesar de que também podemos encestar as personagens (o que faz parecer que estamos chamando os outros jogadores de lixo). Dos modos alternativos, é o mais divertido.

Dentro do sistema de partidas, existe o Slam Tour e o Quick Slam, ambos muito parecidos. O primeiro é em partidas de 5 jogadores, podendo selecionar cada round para ter entre 30 segundos a 5 minutos. Podemos escolher se queremos que as personagens vagas sejam controladas pelo computador ou não, permitindo que os jogadores possam realizar as partidas com números menores de amigos. As partidas são nos 4 modos de jogo explicados anteriormente.

Imagem do jogo Slam Land
Uma batalha nas estrelas.

No Quick Slam é a mesma coisa, mas nele podemos customizar as partidas, por exemplo selecionando o número de rounds e o tipo de jogo entre por tempo e o padrão, de 1 a 10 pontos. Podemos selecionar também o mapa que jogaremos.

Apesar de parecer simples, o jogo tem uma velocidade insana em que num piscar de olhos você acaba nem entendendo se quem fez ponto foi você ou os adversários. Tudo isso por conta de uma jogabilidade frenética com movimentos por vezes rápidos demais. Com número elevado de jogadores você acaba se perdendo num complexo emaranhado de loucura, porradaria e basquete, por fim pedindo um descanso. Para os acostumados em jogos “slow paced”, talvez Slam Land não seja lá a melhor recomendação.

Tem cara de Cartoon Network

A arte do jogo remete muito aos desenhos animados da Cartoon Network, como A Hora da Aventura e O Incrível Mundo de Gumball, trazendo um universo bastante colorido com personagens pra lá de loucos e fora da caixa, típico desses desenhos animados. Tem uma aranha humanoide, um cão humanoide, uma cenoura meio humanoide, um humano e um esqueleto, todos saídos da mente mais insana que certamente adorava um desenho diferentão.

Imagem do jogo Slam Land
Duas cestas e muita confusão.

A trilha sonora é repetitiva mas não cansa, talvez por ser uma batida animada e energética. Ainda contamos também com o clássico narrador típico de jogos de luta como Mortal Kombat e Tekken.

Slam Land decepciona um pouco pela ausência de campanha ou qualquer coisa do gênero. Você acaba sentindo falta de algo que te impulsione a jogar sozinho. Uma campanha apresentando algum torneio e que durasse ao menos 60 minutos já estaria ótimo. Não existe nada para desbloquearmos a não ser os troféus e, portanto, o fator replay vai estar diretamente ligado à sua capacidade de convencer seus amigos a jogar. Se você procura algo para se divertir sozinho, com certeza esta não é a melhor opção. Mas se procura algo para deixar o jantar com amigos mais animado, Slam Land é uma boa pedida.

Review – Liberté

Rafael NeryRafael Nery09/12/2024