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Um dos jogos mais memoráveis da minha infância sem dúvida foi o Arkanoid (NES). Oriundo da época dos 8 bits, trata-se de um game de conceito simples e viciante: o jogador controla uma barra que se movimenta de um lado a outro pela tela, rebatendo um pequeno projétil que destrói blocos localizados no topo da tela. Destruindo todos os blocos você passa de fase, tendo que destruir novos blocos de cores e posicionamento diferentes. Se deixar o projétil passar pela sua barra três vezes, é “game over”. Agora em 2010, a produtora Sidhe Interactive lança Shatter, game que empresta a mesma essência de Arkanoid com adição de novos ingredientes à fórmula.

Pra começar, temos um pequeno enredo aqui: um pequeno robô planavel, em forma de escudo, adquire consciência e se liberta de uma rotina maçante de rebater uma bolinha numa parede para poder atravessar 10 estágios diferentes rebatendo um projétil, destruindo blocos, coletando pontos, power-ups e enfrentando chefes ao final de cada estágio. O que difere Shatter são suas novas mecânicas de jogo. A disposição que os cenários se encontram em cada estágio varia entre horizontal, vertical e até circular. E há vários tipos de peças diferentes, que se comportam de maneiras diferentes: elas flutuam, rebatem, explodem ou viram foguetes.

Não só os diferentes tipos de peças influenciam na jogabilidade e decorrer de um estágio. A sua peça rebatedora – ou “rebatedor”, como eu irei chamar aqui – tem a capacidade de poder puxar ou assoprar vento, que muda a trajetória do projétil destruidor de blocos. Isso ajuda muito a mirar em certos blocos. Sugar o ar tem também uma segunda utilidade. A cada bloco destruído são liberadas partículas em forma de “S” que, ao serem sugadas e acumuladas pelo rebatedor (enchendo uma barra de energia) se transforma num Shardstorm, uma rajada continua de disparos que destrói tudo em seu caminho.

Shatter

Essa barra de energia também pode ser usada defensivamente para criar um escudo de energia em volta do seu rebatedor, para o proteger de blocos que vem ao seu encontro. Se esses blocos trombarem em você, seu rebatedor fica fora do ar por um instante, fazendo você correr o risco de perder uma vida. Sim, aqui não temos checkpoints ou coisas do tipo, mas sim o bom e velho sistema de vidas e continues.

Além dessas novidades no gameplay, Shatter é único também pelos detalhes gráficos. Há efeitos de profundidade muito bonitos e cada estágio pelo o qual você passa possui uma temática diferente (floresta, gelo, industrial, etc). Iluminação e flashes complementam a apresentação única. Mas o maior apelo de Shatter é, sem dúvida, sua trilha sonora. Todas as faixas são compostas por músicas eletrônicas que variam de melodias a ritmos mais intensos, cada uma com seu estilo próprio. Além de memoráveis, as músicas causam uma euforia indescritível durante a jogatina.

Com um fórmula conhecida e novidades que modelam um jogo quase que totalmente diferente, visual caprichado e trilha sonora marcante, Shatter é um jogo que oferece ótimo custo benefício e muita diversão para aqueles que gostam de desafios e de praticar o reflexo.