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Shadow of the Tomb Raider: The Nightmare prometeu trazer Lara Croft enfrentando seu passado e sua consciência, além do ambiente da mansão Croft. Infelizmente, o DLC traz uma execução rasa da premissa, fazendo uso do mesmo recurso de alucinação que jogos como Batman: Arkham Asylum tanto utilizaram. O cenário da mansão também é pouco utilizado, servindo mais como um elemento para aparecer no trailer e gerar hype.

Dito isso, The Nightmare é a melhor expansão de Shadow of the Tomb Raider até agora, com uma história mais interessante que as anteriores, além de visuais mais memoráveis e um bom equilíbrio entre combate e exploração.

Não cheire o pó branco

Ao início da missão secundária, Lara entra em contato com seu amigo Jonah e o guerreiro Uchu. O nativo de Paititi lhe dá uma missão: encontrar o hálito branco, uma substância poderosa capaz de ajudar os rebeldes de Unuratu contra o líder da tribo (e cabeça da Trindade) Amaru. Ao entrar em contato com o pó, Lara passa por uma alucinação, encontrando tanto velhos amigos quanto uma combinação variada de oponentes.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Nightmare
Mesmo no pesadelo, você ganha pontos de experiência.

O pesadelo em si dura pouco tempo em relação à totalidade da expansão, mas é bem utilizado e de ótima realização estética e sonora. É aí que surge a seção de combate, combinando inimigos armados e oponentes sobrenaturais, garantindo uma ação interessante, além de diferenciada do jogo principal. Porém, a promessa de que Lara enfrentaria ela mesma é cumprida de maneira decepcionante, reforçando a natureza de missão secundária de The Nightmare.

Outro destaque da expansão é a excelente tumba Uivo dos Deuses Macacos. Sem dúvida é uma das mais letais e engenhosas do jogo todo, fazendo uso de sinais sonoros e padrões rítmicos para as armadilhas. É necessário que o jogador preste atenção a isso, se quer conquistar o hálito branco (não, não é propaganda de pasta de dente).

Um ponto positivo que surge em relação à tumba de The Nightmare é o retorno do multiplayer cooperativo, que agora é melhor implementado, com o cenário apresentando diversas passagens apenas utilizáveis quanto se tem a presença de dois jogadores, como certas portas que só se mantém abertas quando um jogador escala seus dispositivos de ativação. Isso garante maior replay ao DLC, que continua trazendo os modos “meta de pontos” e “meta de tempo” para as tumbas de desafio.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Nightmare
São grandes instrumentos… da morte.

O efeito passa rápido

No entanto, mesmo com os acertos do pacote, o mesmo problema dos pacotes anteriores vem à tona: a curtíssima duração. A missão secundária de The Nightmare não passa de 45 minutos de duração, algo que não me parece o suficiente para o preço individual de R$ 15,80.

O passe de temporada também ainda não garantiu seu preço, pois apenas três do sete DLCs prometidos foram lançados até agora. E como mencionei no review de The Pillar, fica a impressão de que esse conteúdo foi cortado do jogo principal, devido ao fato de se passar nos meados da trama de Shadow of the Tomb Raider, mesmo quando acessado num save da campanha terminada.

Imagem do jogo Shadow of The Tomb Raider: The Nightmare
O grande “confronto”.

Ao terminar a missão secundária, é ganho o traje Scales of Q, que protege Lara de danos corpo a corpo, além da machadinha Grip of Fear, uma versão mais letal da machadinha de escalada. Mais importante é a habilidade Hálito Branco que, quando atirada nos inimigos, faz com que alucinem e atirem uns nos outros.

Depois de The Forge e The Pillar, The Nightmare é certamente uma melhora para as expansões de Shadow of the Tomb Raider. Por outro lado, continua muito curto e não justificando o seu preço. Sua sinopse pode parecer importante para a história de Lara Croft, mas a execução não deixa dúvidas de que é um conteúdo secundário (mesmo que muito bem feito). Para quem já possui o passe de temporada, é um DLC de qualidade decente que vale a pena ser jogado.

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