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Review – Pokémon Scarlet & Violet

Pokémon Scarlet & Violet acertam na ideia, porém erram feio na execução

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Pokémon Scarlet

A nona geração dos monstrinhos de bolso chegou e precisamos ser bem sinceros e claros sobre a experiência que Pokémon Scarlet & Violet tem oferecido desde o seu lançamento. Eu sei que você que está lendo este texto já viu diversas opiniões online, assim como também li, estando munido das mais diversas informações de como a Game Freak e a The Pokémon Company “caíram no fundo do poço”. Estou errado?

O primeiro par de títulos que traz o mundo aberto de vez para a franquia não veio perfeito, essa é uma verdade inegável. Porém, está bem distante da tragédia colossal que muitas pessoas têm gritado por aí. Como fã da série e um assíduo jogador do Nintendo Switch, tenho de reconhecer que a performance passa longe de sucessos como The Legend of Zelda: Breath of the Wild, que lançou há cinco anos e de Xenoblade Chronicles 3, qual até concorre a Melhor Jogo do Ano de 2022.

Porém, ainda assim, ela carrega acertos que foram pedidos pelos mais apaixonados pelas aventuras de Pikachu em, no mínimo, uns 10 anos. O maior problema é aquilo que você está disposto a abrir mão para seguir em frente: pular essa geração e perder uma das melhores aventuras da série desde a “Era Game Boy” em favor de protestar contra o desenvolvimento conturbado ou jogar cheio de erros e bugs apenas para conferir isso? Infelizmente é uma decisão complexa que terá de tomar desta vez.

É um novo mundo de aventuras

O caminho de Pokémon Scarlet & Violet

A aventura de Pokémon Scarlet & Violet leva os jogadores para Paldea, um continente repleto de espaço livre para explorar e uma grande missão: buscar o seu tesouro, um objetivo pessoal pelo qual valha a pena lutar e cultivar. Pode ser capturar todos, enfrentar os ginásios da região, se envolver em missões que ajudem aos demais, o que você quiser como um aluno da Academia Naranja ou Uva.

Assim que os games te liberam para sair por aí, há três linhas principais que manterão a narrativa sob controle mesmo em frente de tamanha liberdade. Uma é a Victory Road, que te colocará na linha contra os líderes de ginásio para ganhar suas insígnias e enfrentar a Elite dos 4 e os treinadores mais poderosos. A segunda é a Starfall Street, onde perseguiremos os membros do Team Star para derrubar a organização de desordeiros de uma vez por todas.

A terceira e última se chama Path of Legends, qual acompanhará a saga de Arven atrás dos grandiosos titãs que estão espalhados pelo mapa. Cada uma delas tem a sua dose de mistério, de desenvolvimento e traz um bom aprofundamento para dar razão o bastante que faça você sair correndo e descobrindo tudo o que está em seu trajeto.

Os titãs podem se revelar verdadeiras ameaças ao jogador

O mapa é gigantesco, as cidades grandiosas como deviam ser e o elenco de criaturas em Pokémon Scarlet & Violet agrada bastante. Diferente de Sword & Shield, desta vez a seleção veio bem mais generosa e trouxe os favoritos do público para o estrelato ao lado dos novatos que comporão o seu time em algum momento da aventura.

Até mesmo os personagens são extremamente carismáticos, merecendo os cargos que são conhecidos na franquia como os oito membros detentores das insígnias, a rival, os professores da escola e determinadas outras figuras. Todos se encaixam bem e permitem que siga o que desejar sem pressão ou muito peso. Neste aspecto, a Game Freak acertou bem e mostra que fez a lição de casa para aqueles que viviam criticando as gerações anteriores.

O problema começa quando, a partir do momento que você pega realmente no jogo e parte em sua aventura, as coisas não funcionam como deviam. Nem digo na parte central: roteiro, captura e batalha entre os monstrinhos e outros elementos que são essenciais ali para manter as pessoas interessadas. Digo no básico mesmo de uma programação de jogos: polimento, renderização, movimentação de personagens, carregamento de assets, queda constante de fps entre vários outros fatores.

Não dá para defender, de verdade

Pokémon Scarlet & Violet não têm uma boa performance no Nintendo Switch e é impossível você jogar sem respirar fundo para alguns dos erros que são mostrados. Aquele bug ficará na sua cabeça por um tempo, os alunos da escola se movendo como bonecos em stop motion também, da mesma forma que aquela travada sinistra que deu na tela de carregamento e te forçou a fechar e reiniciar o jogo para desenrolar dali.

Podem tirar a minha carteirinha do fã-clube ou qualquer outra sanção severa que a comunidade inventa na mente dela. Porém, vamos de um fato: ele NÃO devia ter sido lançado em 2022. Havia tempo hábil para aprimoramento destes recursos básicos e que teriam tornado as coisas em algo especial se tivesse sido adiado em um ano ou se tivessem planejado uma janela de lançamento maior para ele.

Aí está você, mas preferia que fosse mais tarde

Tristeza em meio aos acertos

Sabem qual a pior parte disso tudo? De longe, este é um dos games mais divertidos de toda a franquia. Digo com tranquilidade no coração, apesar de ser contraditório. Porque no meio de todos estes erros visíveis e problemas que não tem como interpretar o advogado do diabo por aqui, eu passei mais de 40h da mais pura felicidade como se estivesse novamente com meus 14 anos e minha cópia de Pokémon Gold nas mãos.

Olha, sabe como foi difícil enxergar a Game Freak finalmente acertando naquilo que mais critiquei nos últimos anos de forma histórica? Porque podemos reclamar, resmungar e tudo o que for possível, mas Pokémon Scarlet & Violet tem algo que ninguém pode tirar dele: a estrutura era o acerto impossível, algo que eu mesmo tinha desistido de buscar quando comprava os jogos antigos.

Como eu falei, os personagens são extremamente cativantes. Posso listar ao menos dois deles que se tornaram meu top 5 de favoritos dos coadjuvantes e um que faz parte dos melhores líderes de ginásio segundo as vozes da minha cabeça. Realmente me encantei com muito daquilo e é até estranho escrever, porque não me sentia assim com um game desde o grand finale de Black & White.

Alguns personagens são muito carismáticos

Recompensas conforme completa a Pokédex, um ambiente extremamente diverso para explorar e encontrar as famosas criaturas, o sentimento de conquista a cada insígnia ou base alcançada, a captura de um novo membro da equipe, é tudo “mágico”. A distribuição de NPCs, o retorno de alguns recursos básicos com uma nova roupagem, ele realmente é a revolução que a franquia tanto precisava e foi pedida.

O maior erro de Pokémon Scarlet & Violet é ser a melhor experiência possível da franquia dentro do Nintendo Switch sendo produzida sob a pior performance que a Game Freak podia executar. Pode parecer até contraditório, mas é um equilíbrio desleal: quando finalmente os fãs conseguem o que tanto queriam, é dentro de algo que não faz jus ao poder da plataforma e dos milhões que Pikachu arrecada pelo planeta.

Consegue compreender a noção de que eles acertaram na ideia, mas erraram na execução? Foi exatamente esta a sensação que eu tive enquanto desbravava Paldea com meu Skeledirge e via cada vez mais coisas conforme avançava. No papel, estava tudo em seu devido lugar, na tela a desordem tomava conta em vários momentos. Isso porque nem estou discutindo o fator Gráficos, que aí entraríamos em um debate ainda maior que todos estão cansados de ver a cada lançamento.

Ao menos o básico se mantém perfeito

Um breve estudo de caso

Falamos sobre isso, infelizmente, porque é uma verdade que não detém escapatórias. Acredito que caiba aqui uma breve análise geral de situação que pode determinar como as coisas foram parar deste jeito nas mãos de uma legião de fãs. Porém, diferente do que muitos afirmam afora, não estamos nem perto do que houve com Cyberpunk 2077, por exemplo e manter essa conversa neste nível é chover no molhado.

Dito isso, vamos aos fatos: o mundo aberto visto em Pokémon Scarlet & Violet é a saída natural para um RPG que passou anos preso em portáteis e em linhas narrativas que perderam o fôlego diante de uma base de fãs que foi envelhecendo ao longo das décadas. A Game Freak não é experiente neste cenário, sendo que a última tentativa com Legends: Arceus no máximo cativou em ambientes limitados dentro de algo que eles mesmos criaram em 2007. Jogaram no seguro e todos seguimos em frente, certo?

Empresas mais competentes já erraram feio a mão, mesmo com experiência no mercado. Dragon Age: Inquisition, The Elder Scrolls V: Skyrim, Mass Effect: Andromeda e diversos outros exemplos estão aí em comparação. Nenhum deles tinha a performance perfeita ou representava o ápice de sua geração. Isso significa que você precisa engolir qualquer coisa e gastar R$299 em toda porcaria que eles fizerem? Óbvio que não, apenas que não adianta apontar que uma desenvolvedora é assim ou assado por uma produção.

Por quê choras?

Merecemos mais e estamos certos em cobrar. O videogame não é barato e sabemos o potencial dele. O jogo também não, principalmente aqui no Brasil que vemos ele custando 1/4 de um salário mínimo que já não é aquelas coisas e nem dá para o básico mensal do nosso mercado. Só digo que não adianta ameaçar até a mãe do Satoshi Tajiri, Junichi Masuda e do Shigeru Ohmori de ódio por algo que saiu dos trilhos. É mais comum na indústria do que gostaríamos de reconhecer e pode ser melhorado com atualizações, por mais que eles tenham se mantido em silêncio sobre o assunto.

Quer achar um vilão para o problema chamado Pokémon Scarlet & Violet? Ele se chama The Pokémon Company e seu formato de negócios. Vamos lá, todos sabemos que a franquia não está presa apenas aos jogos eletrônicos, é todo um conceito multimídia que está se expandindo cada dia mais. Tem anime, produtos, especiais, filmes, ações em parceria com Pokémon GO e Pokémon Unite, coleções de TCG entre outras coisas.

Desde a quarta geração, com Diamond & Pearl, estamos presos em uma janela de lançamentos fechados em três anos. A cada período assim, vemos o surgimento de novas criaturas, novas mecânicas e, consequentemente, todo o resto acompanha o passo. Ash e Pikachu encontram uma nova região com novos bichos, novas pelúcias e bonecos invadem as lojas, um filme é anunciado, lojas distribuem monstrinhos lendários e você sabe que não para por aí. É uma avalanche de conteúdo que parte dali.

Quantos deles veremos em diversos outros produtos e mídia?

2007, Diamond & Pearl. 2010, Black & White. 2013, X & Y. 2016, Sun & Moon. 2019, Sword & Shield. 2022, Pokémon Scarlet & Violet. Pode ter certeza que em 2025 veremos isso se repetir, anota aí para me cobrar quando chegarmos lá. O problema é que tivemos uma pandemia no meio disso tudo, a inexperiência da Game Freak no formato, uma expectativa sem precedentes com essa história de mundo aberto e tudo foi atropelado com este lançamento. O resultado está aí, só não vê quem não quer.

Há quem culpe o Nintendo Switch pelo problema, mas você ousaria fazer isso mesmo vendo que The Witcher III: Wild Hunt, toda a franquia Xenoblade Chronicles e até Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age rodam perfeitamente ali? Está certo que os recursos do aparelho são limitados, mas ele não deve nem pode ser desmerecido dentro disso.

O Switch é capaz de fazer coisa bem melhor do que a vista aqui

Uma escolha muito difícil

Não estou aqui batendo o pé para dizer que você deve jogar ou não. A intenção é te dar todas as informações possíveis para fazer uma escolha. Para muitos, pesa toda essa situação de aparente descaso, de falta de zelo em uma franquia que é a mais lucrativa do planeta Terra, de ter um desempenho fraquíssimo nas mãos com o valor de algo que devia carregar as mesmas proporções do que os demais AAA da indústria.

Para outros, como o meu caso, vale a pena abrir mão disso para sentir que finalmente o outro lado está entrando no eixo e entregando tudo o que desejamos. A evolução natural é o termo correto para explicar este aspecto de Pokémon Scarlet & Violet. Isso acontece ao meio de uma tragédia, infelizmente. Porém, acontece, isso pode ter certeza. Eu, por exemplo, acabei de zerar e escrevo isso na expectativa de voltar logo ao videogame.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido

Têm muito o que melhorar, com certeza. Koraidon e Miraidon mal empinam, pelamor. O mapa é complicado de compreender e manejar, mesmo com dezenas de horas. Alguns comandos que deviam servir para facilitar sua vida, às vezes complicam. Em suma, preferia estar reclamando disso pela crítica do que de sua performance. Ainda assim, ele passa muito longe da tragédia que estamos vendo nas redes sociais.

Recomendo aguardar para que uma atualização venha e corrija grande parte dos problemas que ele apresentou até aqui. Ao menos nos que se referem às partes técnicas que ele se mantém falho. Caso sinta que nada disso conseguirá atrapalhar a sua diversão, como não impactou tanto a minha, pode seguir em frente que encontrará algo a se apegar dentro deste capítulo inédito que está sendo escrito. A decisão é sua.

Prós

  • Personagens realmente impactantes pela jornada
  • Recursos como Pokédex são recompensadores
  • Enredo e decisões são o caminho certo da franquia
  • Elenco de Pokémon é muito bom
  • A liberdade encanta

Contras

  • Uma infinidade de problemas técnicos e de performance
  • Desempenho fraquíssimo no Nintendo Switch
  • Precisará de umas boas atualizações para consertar o estrago feito

Nintendo

Review – Born of Bread

Encarne um protagonista feito de pão e salve o mundo das garras do caos

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Já houve uma época em que a internet surtou com um jogo em que controlávamos um pão de forma, então acredito que Born of Bread tem potencial de sobra para se tornar um dos títulos favoritos do ano para os amantes de pães. O indie da WildArts Studio tem fortes inspirações em Paper Mario, tanto no visual quanto no gameplay, mas consegue ser autêntico o suficiente para ganhar nossa simpatia de imediato.

Misturando elementos de aventura com RPG, Born of Bread nos coloca em uma jornada repleta de fantasia, personagens carismáticos e um humor bem leve, daqueles que nos tiram umas risadinhas naturalmente. Não é aquele tipo de jogo que chama a atenção logo de cara, mas quanto mais nos aprofundamos naquele mundinho, mais apaixonante ele se torna.

O pãozinho da profecia

O jogo começa quando um grupo de arqueólogos acaba libertando um mal há muito emprisionado, trazendo de volta à vida diversas criaturas sedentas por caos. Ao mesmo tempo, o padeiro real de um certo reino acidentalmente cria um golem de pão após fazer uma receita mágica, trazendo nosso protagonista Loaf para a história. Após serem derrotados por essas figuras misteriosas, a dupla se vê forçada a partir em uma jornada para salvar seu lar e cumprir uma profecia de milhares de anos.

Até os NPCs conseguem ser carismáticos neste jogo

Apesar das grandes semelhanças com Paper Mario, ainda acho que Born of Bread se assemelha muito mais a Super Mario RPG. A história é repleta de diálogos bobos, mas muito bem-humorados, além de contar com personagens cheios de personalidade. É muito divertido acompanhar as interações entre eles – o que pode até surpreender em determinados momentos, já que o jogo também aborda alguns temas mais adultos nas suas entrelinhas.

O visual é inegavelmente semelhante aos jogos do Mario de papel, trazendo um 2.5D que mistura cenários tridimensionais com personagens 2D. Todos os mapas contam com uma profundidade que nos permite explorar diferentes planos, enquanto seus elementos são 3D. Apenas os seres-vivos desse mundo são “feitos de papel”, o que traz um certo charme para o estilo artístico do jogo.

Todos os cenários conseguem ser um colírio para os olhos!

Jogar Born of Bread é como assistir a uma animação interativa, pois ele tem todos os requisitos necessários para nos cativar rapidamente: cores vivas, elementos desenhados a mão, personagens estereotipados e muita descontração. A trilha musical também não fica atrás, coroando esse conjunto com faixas envolventes e dignas de uma clássica história de jornada do herói.

Tudo no seu tempo

Apesar da franquia Paper Mario também contar com um combate estratégico em turnos, as mecânicas vistas em Born of Bread acabam ficando mais próximas de Super Mario RPG, novamente. As batalhas seguem o padrão clássico dos RPGs de turno, mas com algumas diferenças relevantes que tornam o jogo mais original.

Aqui, todo tipo de ataque ou arma possui um timing diferente. Ao acertarmos esse tempo, o golpe sai mais forte e somos recompensados recuperando alguns pontos de ação. Da mesma forma, é possível acertar um timing para se proteger de um ataque inimigo e coisas do gênero. A diferença é que toda variação de ação ofensiva traz um pequeno minigame diferente, que em sua maioria envolve apertar o botão no momento exato ou macetá-lo até encher uma barrinha de poder.

Cada ataque envolve um tipo de QTE diferente

Essas mudanças na dinâmica dos golpes deixa o combate bem mais envolvente e menos automático. Arrisco até a dizer que essa mecânica é até melhor do que a vista em Super Mario RPG, pois lá o timing consiste mais na base da adivinhação e “tentativa e erro”. Aqui, temos total noção do que é necessário fazer para acertar o tempo, bastando apenas se acostumar aos diferentes minigames e Quick Time Events.

Outra particularidade bem interessante desse combate é a possibilidade de fazer streams das batalhas. Aqui, o jogo simula uma live em que espectadores fictícios começarão a comentar seu desempenho e pedir alguns movimentos específicos. Ao satisfazê-los, podemos ganhar alguns bônus no final do confronto, então acaba sendo uma ideia criativa para tornar as batalhas menos repetitivas e mais instigantes.

A mecânica de livestream nos incentiva a testar coisas novas em combate

As habilidades que desbloqueamos em combate também nos serão úteis durante a exploração, pois existem diversos caminhos e áreas que estarão bloqueados de início. Bebendo um pouco da fonte dos metroidvanias, Born of Bread tem sua parcela de backtracking e incentiva os jogadores a revisitar mapas antigos para encontrar itens que ficaram para trás. Nem sempre é recompensador se preocupar com isso, mas é uma boa desculpa para quem quer fazer sua experiência render ainda mais.

Minha única crítica realmente relevante é que o jogo inevitavelmente pode se tornar enjoativo com o tempo, algo que acontece até com Paper Mario, devido à rotina de diálogos, exploração e combate. A campanha não foge muito disso, mas também não falha em nos divertir do início ao fim – ainda que em menor escala mais perto do final. Born of Bread definitivamente é uma das maiores surpresas do ano e mais um título de destaque em meio a um mar de excelentes indies que foram lançados nos últimos meses.

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Nintendo

Review – The King of Fighters XIII: Global Match

A SNK trouxe The King of Fighters XIII: Global Match como uma boa mistura entre arcade e modernidade

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The King of Fighters XIII Global Match

Enquanto Mortal Kombat e Street Fighter continuam buscando o futuro, The King of Fighters XIII pega suas experiências passadas com carinho para trazer novas sensações ao público que sente falta de um bom e velho jogo de luta arcade 2D.

Na versão “Global Match”, a SNK trouxe como novidades o rollback netcode, expandiu os recursos vistos no lobby e ainda introduziu o modo espectador. E mesmo que você não curta o ambiente online e nem queira investir na carreira de pro player para disputar a EVO, ainda vale os bons tempos de fliperama que ele inspira de volta.

Jogo moderno com sensação dos antigos fliperamas

A evolução em The King of Fighters XIII

Para começar, sendo bem honesto com vocês, há muitos anos que meus dedos não ficavam com calo em um jogo de luta. E foi exatamente isso o que ocorreu enquanto testava o novo The King of Fighters XIII: Global Match. A experiência me fez retornar para antes dos anos 2000, quando esse estilo reinava nos consoles e arcades.

É impossível não querer disputar uma partida com cada pessoa que vai te visitar, assim como não vejo a menor chance de escolher um modo que não seja o 3v3 clássico. Há diversas outras opções, como o Time Attack, Survival e até uma galeria para você poder ver todas as artes e filmes disponíveis. Porém, a alegria só vem quando o oponente é derrubado no chão com muito suor.

Quando chega no Perfect a alegria fica completa

O elenco é fantástico, assim como a adaptação do seu gameplay para os consoles mais modernos. Apesar de chegar para o PlayStation 4 e Nintendo Switch, eu testei no PS5 e não tenho nada do que reclamar. Os comandos respondem adequadamente, são muito velozes e recria com exatidão a época onde este tipo de experiência era o que mais importava para uma desenvolvedora.

Não estou reclamando dos capítulos mais recentes da SNK, caros leitores. Só queria deixar claro que The King of Fighters XIII: Global Match é a escolha ideal para quem está buscando um bom jogo arcade e sem um apelo gráfico ultra-realista – priorizando o que temos de melhor nos movimentos dos personagens e no rico elenco.

É preciso saber apanhar também

A luta como você esperava

Eu me aventurei bastante por todos os modos e parece que fui transportado diretamente para a época onde jogava Street Fighter Alpha 3, no meu primeiro PlayStation. A grande diferença é que, além dos recursos inéditos que a nova geração pode proporcionar, também temos um número de lutadores bem maior.

Além dos grupos que podem ser selecionados em The King of Fighters XIII: Global Match, também dá para desbloquear alguns lutadores secretos conforme avança nos outros modos. Sim, você não precisará pagar nem R$1 a mais ou esperar por Passes de Temporada. Está tudo lá, dependendo apenas da sua habilidade.

Ele pode não ser o favorito de todos, como é o caso de KOF ’98, mas consegue reunir todos os aspectos positivos da franquia para trazer um gameplay consistente, gráficos aprimorados, cenários belissimos e até mesmo certos ganchos da história que farão o público desejar finalizar o quanto antes. Caso ele esteja em seu radar, não precisa pensar duas vezes e pode investir sem medo de ser feliz.

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Nintendo

Review – Super Crazy Rhythm Castle

O jogo de ritmo mais caótico que você já conheceu

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Imagine como se Guitar Hero se encontrasse com Overcooked e desse origem ao jogo de ritmo mais caótico que já existiu. Super Crazy Rhythm Castle é exatamente este título e chegou aos consoles no finzinho de 2023 para divertir as festas de fim de ano.

Desenvolvido pela Second Impact Games, o lançamento publicado pela Konami aposta na mistura de gêneros e jogabilidade simples, com muita música e cores, para uma aventura que chega após 10 anos de trabalho.

Super Crazy Rhythm Castle
Junte-se aos heróis mais bizarros nesta aventura caótica

Sem muito sentido para a história, que acaba divertindo pela loucura, nós embarcamos numa aventura por um castelo musical em que o enlouquecido Rei Ferdinand nos espera, pronto para defender sua coroa e acabar com seu dia. Para deter os planos desse maléfico tirano, manter o ritmo dos nossos personagens e salvar diversos NPCs das garras da crueldade, os jogadores precisarão superar os desafios perversos em desafios ritmicos para vencer o Rei no próprio jogo dele.

Realize combos sem perder o Rhythm

Seja jogando sozinho ou com ajuda dos amigos, você utilizará um elenco de personagens malucos em salas com atividades ainda mais insanas para tentar alcançar até três estrelas em cada partida, para avançar até a derradeira batalha contra o malvado Rei. Por mais maluquice que seja, o trabalho da desenvolvedora britânica esbanja carisma e estilo, com muita cor e cuidado ao trabalhar o som e o visual.

Super Crazy Rhythm Castle
Tente entender a atividade proposta em meio ao ritmo e caos

Com mais de 30 faixas para você conhecer e desbloquear, cada música oferece a opção de ser jogada com três ou quatro teclas, de acordo com a dificuldade que você desejar, além de estar dentro de um mundinho próprio. Como assim? Imagine a ambientação criada em Psyconauts, mas para apenas uma sala, com atividades tematizadas e a música para ser jogada.

Isso mesmo! Você pode jogar a música, ao melhor estilo Guitar Hero, ou se preocupar em realizar as atividades e ações que a sala impõe, quase como tentativa de atrapalhar o seu desempenho rítmico. Quando isso acontece na companhia de até outros 03 jogadores, Super Crazy Rhythm Castle é um jogo fácil e divertido, porém contar com um NPC no modo single player tornou-se algo realmente desafiador para conquistar a avaliação máxima de três estrelas.

Caos multitarefa

A diversão neste novo jogo da Konami está além da música e ritmo, pois não sabemos o que vamos encontrar em cada andar do castelo, muito menos no desafio temático proposto. Enfrentar uma berinjela gigante que ataca como DJ, jogar como cachorro para coletar ouro, tentar prever qual tecla apertar num pequeno espaço de tempo, limpar a tela para facilitar o jogo, entre outras atividades que precisarão ser intercaladas, sempre mantendo o ritmo e dando sequência ao combo.

Super Crazy Rhythm Castle
Nada como a calmaria para quem quer apenas um jogo de ritmo

O jogo é relativamente curto, já que você pode ficar rejogando apenas as músicas no Music Lab, porém vai oferecer boas risadas com os absurdos e uma trilha sonora agradável, que consegue mesclar muito bem diversos tipos e gêneros musicais.

Esse detalhe ganha ainda mais destaque pelo trabalho da Konami em misturar os temas de Castlevania e Gradius ao catálogo de músicas disponíveis. No fim, Super Crazy Rhythm Castle ocupa um lugar especial por divertir aquela jogatina despretenciosa, principalmente quando você estiver na companhia dos amigos.

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