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Um é bom, mas dois é melhor! No More Heroes mostrou seu poder de fogo no mercado de games durante a era do Wii. Voltando com No More Heroes 2: Desperate Struggle, SUDA 51 trouxe uma nova história para Travis, desta vez de vingança. Melhorando o que marcou no primeiro jogo, No More Heroes 2: Desperate Struggle é uma aventura cheia de adrenalina e novos assassinos prontos para irem direto para a vala.

Provando mais uma vez que o Wii foi um console subestimado com títulos que são verdadeiros tesouros, SUDA 51 nos conta agora como Travis sobe novamente de volta ao topo da lista de assassinos. Santa Destroy terá sua neve coberta de sangue, entranhas e lágrimas e essa tempestade será a obra do “Último Herói das Redondezas”. Mas para isso uma nova montanha de corpos será erguida pelo rei sem coroa Travis.

No More Friends

A introdução de No More Heroes 2: Desperate Struggle é tão marcante quanto a primeira. Desta vez, além da luta contra o irmão mais novo de Helter Skelter, a aparição de Sylvia, piadas adultas e muito sangue, temos uma pitada de mistério. Helter Skelter diz que teria sua vingança contra Travis e diz que conseguiu isso, mesmo tendo morrido nas mãos do protagonista.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Colocar a melhor roupa para a última luta né!

Sem entender o que ele quer dizer, Travis volta ao hotel NO MORE HEROES. Enquanto isso seu amigo Bishop, dono da Beef Head, a locadora da cidade, é assassinado por um grupo de mercenários. Assim como é de se esperar de obras de SUDA, a cena é digna de filmes de Tarantino, com o sangue de Bishop soletrando Desperate Struggle e sua cabeça voando pela janela do quarto de Travis.

Agora com uma sede praticamente insaciável de vingança, Travis Touchdown vai subir do 51° posto até o primeiro para vingar seu amigo. Seja limpando e acabando com pestes e roedores, ou arrumando encanamentos, o importante é pagar as lutas contra os novos membros da lista e fazer com que a morte de Bishop não seja em vão. Mas Travis mal imagina que, assim como Henry Cooldown, seu passado voltará mais uma vez para assombrá-lo, desta vez por suas ações contra o pai de Jasper Batt Jr.

Somos todos cowboys aqui

Sangue, mutilações, golpes fantásticos, robôs gigantes e inimigos do passado. Tudo isso e muito mais espera o jogador em No More Heroes 2: Desperate Struggle, agora em sua versão para PC. Diferente do primeiro jogo que possui um port para outra plataforma, No More Heroes 2: Desperate Struggle sempre permaneceu apenas no Wii. Mas agora finalmente podemos viver a segunda aventura de Travis.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Tô nem aí para a cidade, o que importa é matar Charlie Macdonald.

Sendo uma versão superior à anterior em todos os sentidos, desta vez o jogo rodou de maneira excelente em meu setup. Mas ainda assim os problemas da pouca liberdade de configurações acabam atrapalhando o consumidor mais casual. Como nem sempre tive o “rig” mais atual durante a vida, sempre fui um rato das gambiarras de fazer jogos e programas funcionarem, mas em No More Heroes 2: Desperate Struggle não foi necessário como no primeiro.

O jogo rodou lisinho desde o começo até o fim e posso dizer que atrás de Travis Strikes Again: No More Heroes, o segundo título é o meu favorito. Claro que ainda levo TSA, Killer is Dead, The 25th Ward: THE SILVER CASE e LET IT DIE no coração como obras absolutas de SUDA 51. Mas é realmente interessante ver onde tudo começou a tomar ainda mais forma nas futuras obras do diretor.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Uma boa foto para recomeçar.

As armas da vingança

Um dos grandes pontos em qualquer obra da Grasshopper Manufacture é o desenvolvimento da obra e do universo à sua volta. No More Heroes 2: Desperate Struggle, além de fazer um excelente trabalho em desenvolver sua própria narrativa, consegue dar continuidade a elementos do primeiro jogo. Assim podemos ver o desfecho de alguns personagens, como Shinobu retornando como uma personagem jogável, além de bosses que retornam em busca de vingança.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Boa viagem até o inferno.

Temos a volta de Letz Shake, mas agora o mesmo responde por Dr. Letz Shake, com seu cérebro implantando dentro de uma versão melhorada de sua máquina de terremotos. Ou New Destroyman, uma dupla agora nascida do corpo original de Destroyman. Com seu corpo cortado ao meio no primeiro jogo, agora o mesmo retorna como dois ciborgues que realmente podem voar sem a ajuda de cabos!

Além de se conectar com o universo de outros games de SUDA 51, algo que seria muito mais explorado em jogos futuros, isso não deixa de surgir na série No More Heroes. Mas os novos assassinos também não deixam a desejar perto dos antigos da primeira aventura de Travis. Há boomboxes que viram armas diferentes, foices sniper, lâminas míticas japonesas e até mesmo uma arma que deixaria Mistral com inveja. E todas elas apontadas para o mesmo alvo: o pescoço de Travis.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Trabalhar para subir no rank de assassinos “pra” ela.

Sangue para o aperitivo

O gameplay de No More Heroes 2: Desperate Struggle é bem mais satisfatório que o do jogo anterior. O combate em si continua um tanto quanto mais do mesmo, estando no geral mais visceral e fluído. Mas as mudanças na roleta de bônus estilo caça níqueis após cada morte está bem mais forte e vasta, podendo até mesmo transformar Travis no icônico tigre que sempre o acompanha em seu medidor de êxtase.

Além disso, as novas armas prometem ajudar Travis a pintar as paredes de vermelho de maneira mais rápida e eficiente. Começando com a clássica Blood Berry, aqui Travis ainda pode comprar a Camellia MK III do primeiro jogo. A lâmina de duas mãos não é tão mais forte quanto no primeiro jogo, mas ainda é veloz, ou o jogador pode comprar a lâmina oposta, chamada Peônia. Uma lâmina que cresce de acordo com o medidor de êxtase, que quando no máximo entrega um dano devastador, mas em contra partida é extremamente lenta.

Imagem do review de No More Heroes 2: Desperate Struggle
Eye of the Tiger!

Mas eu sei que vocês realmente querem a lâmina da capa, a poderosa e única Rose Nasty. A lâmina dupla que Travis recebe de presente, o único presente que o mesmo ganhou durante sua jornada dos games na realidade. Com um poder tremendo e até mais veloz que a Camelia Mk.III, a mesma é uma excelente escolha para o modo Deathmatch ou para jogar normalmente também, já que a bateria dela dura muito.

Born to Kill, World is a f$%#

No More Heroes 2: Desperate Struggle eleva o estilo visual e sonoro do primeiro jogo a níveis ainda maiores. Creio que não haja um momento do game que eu não tenha simplesmente adorado no quesito visual ou sonoro. Minhas trilhas favoritas desde que vi o jogo a primeira vez na casa do meu primo sempre foram It’s Kill or be Killed, Bondage Cake e Chasmere Cannonball.

Não precisa espalhar.

No More Heroes 2: Desperate Struggle é sem dúvida alguma uma continuação extremamente digna de ser considerada um avanço em todos aspectos em relação ao jogo anterior. Até mesmo os minigames de trabalhos de Travis são mais divertidos com uma temática a jogos 8-bit e 16-bit. Eu sou suspeito a falar, uma vez que meu título favorito da série é um spin off, mas essa experiência com o segundo jogo foi excelente.

No More Heroes III está chegando em breve e essa dupla de games chegou na Steam para preparar os jogadores para um dos combates mais antecipados de todos da Nintendo. Pegue seu melhor óculos aviador, uma luva estilosa e treine contra os assassinos da UAA para se preparar para o confronto galáctico entre o “Maldito Herói” e o “Último Herói das Redondezas”.

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