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Pouco mais de um mês após seu lançamento, Marvel’s Spider-Man já é considerado por muitos o melhor jogo do Aranha e também um dos melhores exclusivos do PS4. O jogo base foi bem satisfatório – como deixamos bem evidente em nosso review – mas a história ainda deixou diversas pontas soltas que, ao que tudo indica, seriam resolvidas ou por meio de DLCs ou por uma sequência.

Antes mesmo do lançamento, a Insomniac já havia anunciado três DLCs de história que seriam lançadas mensalmente e cá estamos nós, em outubro, com a primeira delas em mãos: The Heist (O Assalto). O DLC foca na continuidade de uma das sidequests do jogo e traz à cena um antigo amor de Peter Parker: Felicia Hardy, a Gata Negra.

Uma velha amiga

Quem é fã de longa data do nosso querido Amigão da Vizinhança sabe que a Gata Negra é para a Marvel o equivalente ao que a Mulher-Gato é para a DC. O relacionamento dela com o Aranha é idêntico ao da Catwoman com o Batman – ambos vivem em um embate por eles serem os mocinhos e elas serem anti-heroínas que praticam crimes em prol de si mesmas, mas que não deixam de ter um lado bom evidente. E é claro, não vamos esquecer que nos dois casos temos um romance proibido à la Romeu e Julieta, afinal, teoricamente um super-herói jamais poderia namorar com uma ladra.

Imagem do jogo Marvel's Spider-Man: The Heist
Mozão.

O enredo deste DLC se passa após os eventos do jogo base, então se você ainda não terminou a campanha, pule para o próximo parágrafo porque spoilers vem aí.

Nova York teve um curto período de paz após a queda de todas as suas principais ameaças, como o Sexteto Sinistro e o Rei do Crime, então não demorou muito para que a Maggia (a máfia italiana do universo Marvel) voltasse de um longo período escondida nas sombras para disputar a liderança da cidade, criando uma grande guerra de gangues entre as famílias. Quem conhece bem o universo do Teioso também sabe que, onde tem máfia, tem o Cabeça de Martelo, um icônico vilão que chefia uma família mafiosa.

Foi lutando para impedir os crimes desses mafiosos que Peter enfim reencontrou sua velha amiga e sim, eles também possuem um passado no universo do jogo, este que vai sendo contado aos poucos por meio de diálogos e ligações durante e entre as missões. Aliás, esse DLC também possui seus próprios episódios do programa de J. Jonah Jameson que continua salvando o humor do game e sendo tão engraçado quanto o próprio Aranha.

Repetindo a dose

No quesito história, The Heist é uma boa expansão. Não é muito longa, levando aproximadamente 4 horas para alcançar o 100%, mas é bem interessante vermos como o relacionamento de Peter com Felicia se desenrola enquanto ele concilia o seu namoro com Mary Jane e como seu passado entra em conflito com o presente. Definitivamente o foco está na personagem certa, pois Felicia é a melhor coisa desse DLC e carrega todo o charme e potencial do enredo.

Imagem do jogo Marvel's Spider-Man: The Heist
O Cabeça de Martelo é o vilão da vez.

Já com respeito ao resto, é literalmente a mesma coisa que jogamos no jogo base. Teremos toda a Nova York à nossa disposição mas apenas uma pequena parcela do mapa terá objetivos paralelos, o que é compreensível. Tudo o que teremos para fazer em The Heist será encontrar algumas pinturas roubadas do primeiro Black Cat, vencer alguns desafios da Screwball (a fã número 1 do Aranha que também aparece em uma sidequest do jogo base) e parar crimes aleatórios da máfia.

De tudo isso, os desafios são o maior atrativo, pois ainda que seguindo a mesma linha de raciocínio dos desafios do Taskmaster, possuem uma modalidade nova em que somos limitados a usar apenas alguns gadgets do Cabeça de Teia, obrigando-lhe a se adaptar e improvisar. O problema é que só tem um único desafio desse tipo, o que não faz sentido algum.

Se você terminou o jogo com seu Aranha no level máximo e com todos os perks desbloqueados, então em The Heist você jogará com ele totalmente melhorado do jeitinho que estava na campanha, o que é bom mas deixa tudo fácil demais, chegando a ser impossível de morrer. Também teremos a adição de um novo inimigo, um brute equipado com uma minigun que não acrescenta tanto desafio já que o modo de vencê-lo é igual ao dos outros brutes.

Imagem do jogo Marvel's Spider-Man: The Heist
Abre teu olho MJ…

Já com respeito aos trajes, a expansão traz três novos que são facilmente desbloqueados conforme vamos terminando as missões principais, sendo eles: diretamente do Aranhaverso o Scarlet Spider II, o traje britânico Spider-Man UK e um criado exclusivamente para o jogo, a Resilient Suit. Nenhum golpe, perk, gadget ou ataque especial novo foi adicionado, o que é bem estranho.

Por ser o primeiro de três capítulos, The Heist só dá introdução a este novo arco da Gata Negra e do Cabeça de Martelo, então não espere uma conclusão já neste DLC. Os capítulos seguintes só chegam em novembro e dezembro, tendo aqui apenas um gostinho e um meio dos jogadores matarem a saudade de encarnar o Teioso novamente. Apesar de não trazer grandes novidades, expande consideravelmente a história e propõe uma boa experiência no geral. Se você jogou e adorou Marvel’s Spider-Man, esse pacote de três DLCs é compra obrigatória.

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