Review – Marvel Cosmic Invasion

Antes de fechar o ano, que tal um beat ‘em up da Marvel? Pois você não pode deixar de conferir Marvel Cosmic Invasion, lançado hoje pela Dotemu e desenvolvido pela canadense Tribute Games, a mesma que fez o maravilhoso Teenage Mutants Ninja Turtles: Shredder’s Revenge. Ou seja, temos nesse jogo o mesmo nível de capricho e atenção aos detalhes, porém indo bem além do esperado no gameplay. A fonte de inspiração? Certamente Marvel Super Heroes e principalmente a franquia Marvel vs Capcom.

É impossível não reparar nas referências se tratando das animações dos personagens. Embora diferentes nos detalhes, a semelhança fica perceptível no visual pixel art dos heróis, assim como nos combos e especiais de heróis como Wolverine, Capitão América, Homem-Aranha, Venom, Homem de Ferro e Tempestade. E isso é uma coisa boa, pois resgata a nostalgia da era de ouro dos fliperamas.

15 heróis para mestrar

A primeira coisa a se comemorar com Marvel Cosmic Invasion é a quantidade de heróis disponíveis pra jogar e pegar as manhas. Nem todos estarão disponíveis desde o começo, sendo quatro deles desbloqueados conforme você avança na campanha, mas a quantidade impressiona. E a variedade também, pois temos na lista alguns personagens não tão conhecidos como Bill Raio Beta (do universo de Thor), Motoqueiro Fantasma Cósmico (uma versão do Justiceiro), Nova (Richard Rider) e Phyla-Vell. O restante são todos bem populares, como Pantera Negra, Fênix, Rocket Raccoon (do Guardiões da Galáxia), She-Hulk e Surfista Prateado.

Na estrutura do gameplay temos os movimentos básicos, ataque comum, carregado, correndo e exclusivo (que consome cargas ou munição), defesa/esquiva, a possibilidade de voar (com os heróis compatíveis com esta habilidade), o especial e a troca cósmica. Este último permite alternar entre seus dois heróis escolhidos a qualquer momento, inclusive chamando-o como assistência para quebrar o ataque inimigo, combar ou até mesmo realizar o especial em equipe. Com todas essas possibilidades, o gameplay simplesmente não enjoa.

Cada fase, seguindo o padrão de ter um chefão no final, possui três desafios opcionais para completar, aumentando o fator replay. Seus heróis evoluem ao completar as fases, como por exemplo aumento de vida e aprimoramento de foco. Isso o incentiva a mudar de personagem a todo momento, para conhecer o estilo de cada um e evoluí-los até o nível máximo (10).

Marvel Cosmic Invasion oferece dois modos: Campanha, onde seu progresso é salvo, e o Arcade, que traz a experiência clássica dos fliperamas com vidas limitadas, continuações e sem progresso salvo. Temos também o Cofre (Cósmico), onde conferimos as evoluções de cada herói e gastamos os cubos cósmicos coletados em uma matrix para desbloquear músicas, arquivos com lore, modificadores de arcade e novas cores para os heróis (cada um possui 8 paletas). Ainda no cofre, você confere as conquistas alcançadas e os créditos do game.

Diversão nível cósmico

De modo geral, Marvel Cosmic Invasion funciona super bem se for jogar sozinho, mas fica muito melhor com amigos. Seja local ou online, inclusive aproveitando que o game é cross-play, até quatro jogadores curtem essa aventura contra o Aniquilador e sua busca pela destruição da galáxia. E não precisa ser veterano para se dar bem no gameplay, pois tudo é devidamente equilibrado. A real dificuldade está no modo Arcade, pra quem quiser encarar.

Eu gostei de tudo: dos gráficos, do gameplay super polido, das músicas e da grande variedade de vilões que aparecem, como Hela e MODOK. Fora que o jogo apresenta uma penca de easter eggs para os fãs mais atentos. Apesar da campanha terminar em menos de 4 horas na primeira vez, você não terá upado todos os heróis até o desfecho, então vale sim repetir a dose. Agora se você for um completista, Marvel Cosmic Invasion pode durar até 30 horas para fazer tudo. Seja lá qual for o seu perfil, não perca este game!