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O fator sobrevivência é representado de diversas maneiras nos jogos. Alguns títulos apelam para outros jogadores, para zumbis, para fenômenos sobrenaturais e para a própria natureza. Floodland escolheu apostar no elemento natureza, mas utilizando as mudanças climáticas como o grande diferencial e o grande fator que determina a vida ou a morte de uma comunidade inteira. 

A manutenção da colônia é um grande desafio a ser superado em Floodland. Essa não é necessariamente uma novidade, já que títulos como Rimworld e Dwarf Fortress seguem o mesmo padrão, mas, mesmo assim, o título traz algumas novidades que podem interessar aos fãs do gênero.

Waterworld, só que não

Em Floodland, as enchentes proporcionadas pelas mudanças climáticas compõem o plano de fundo do jogo. As tecnologias obtidas e os desafios da vida coletiva são baseadas na proposta do clima, onde a coleta de materiais e o avanço tecnológico seguem a lógica do tema.

Como dito no preview, não há muita diferença do que já existe nos jogos similares. A jogabilidade continua  padrão para um jogo do gênero de sobrevivência. Você deve manter a sua comunidade viva com recursos básicos, utilizar outros recursos para se manter auto suficiente, liberar pesquisas novas e explorar o mapa. A progressão se mantém padrão.

Floodland
Eventos são uma constante em Floodland

Fora o fator sobrevivência, a integração entre diversos clãs de sobreviventes é uma das mecânicas principais do jogo. Com características diferentes, cada clã pode passar leis que garantem certos bônus. Não é exatamente uma novidade, mas acrescenta um fator dinamismo maior às relações entre os membros do clã.

Como o tema é aquecimento global, diversos locais estarão isolados no início do jogo. Floodland coloca você para explorar diversas paisagens que, por sua vez, possuem uma história por trás. Ilha a ilha, você conseguirá ver grupos de sobreviventes, locais de interesse e recursos novos prontos para serem coletados.

Mais um entre vários

Novamente, como dito no preview, Floodland fora desenvolvido pelos responsáveis por jogos como Dying Light, This War of Mine e Frostpunk. O elemento narrativo está presente, mas o que chama mesmo a atenção é a música escolhida no jogo, que combina perfeitamente com a ambientação escolhida.

Floodland, apesar de não inventar muito, é competente no que se propõe. Confesso que o estilo gráfico escolhido não me agrada muito, mas tenho certeza que é apenas uma questão subjetiva. Estranhamente, mesmo parecendo ser um jogo leve, tive problemas de performance em minha jogatina. Olhando a página de Floodland no Steam, vejo que os requisitos de sistema estão bem altos para um jogo desse estilo. Por que um gerenciador de colônias, com gráficos tão simples, exige uma RTX 2060? Eu realmente não entendo, mas me parece um problema grave de otimização.

Floodland
Eu sofri para rodar isso

Entendo o apelo à narrativa e ao sistema de leis, porém não é o suficiente para que esse título seja muito diferente dos demais. A coleta de recursos, quando não seguida de uma boa progressão, torna a experiência maçante, então é necessário que você jogue algumas vezes a fim de descobrir o que deve e o que não deve ser feito logo de início – ou se prepare para passar horas grindando.

Como todo bom gerenciador de colônias, Floodland tenta contar uma história para o jogador, envolvendo relações humanas no meio de um apocalipse causado pelas mudanças climáticas. Os elementos narrativos estão presentes e em dia – o que é, provavelmente, um legado de This War of Mine e Frostpunk –, mas as qualidades técnicas deixam um pouco a desejar. Caso você tenha experiência com o gênero, esse jogo irá te satisfazer; se essa for a sua primeira experiência, tente títulos mais bem estabelecidos no mercado.

75 %


Prós:

🔺 Música excelente
🔺 Boa progressão
🔺 Mundo envolvente

Contras:

🔻 Problemas de otimização
🔻 Pouca inovação

Ficha Técnica:

Lançamento: 15/11/22
Desenvolvedora: Vile Monarch
Distribuidora: Ravenscourt
Plataformas: PC