Skip to main content

Em um reino distante, um jovem muito forte foi amaldiçoado por uma bruxa maléfica. O motivo? Preguiça. Basicamente, essa é a história de Effie, da Inverge Studios. O jogo de plataforma é – assumidamente em sua descrição – baseado em Rayman, Crash Bandicoot, Spyro e outros jogos 3D de plataforma.

Continuando a história, o protagonista Galand se torna velho. Para recuperar sua juventude, ele recorre aos magos anciãos do reino. Entretanto, para que tenha seu pedido concedido, ele deve provar ter coração puro e derrotar Melira, a bruxa má que está assombrando o reino.

A história toda é narrada pelo próprio Galand, que está contando a sua aventura para a filha – mas sem revelar que ele é o grande herói. Por isso, a trama e o jogo têm um tom infantil. É realmente um ótimo game para se jogar com os pequenos, tirando o fato de que ele é todo em inglês. O idioma só é um empecilho para entender a história, mas é fácil entendê-la somente com o que está passando na tela.

Era uma vez…

Durante o gameplay, Effie possui um sistema lento de progressão para melhorar a vida e a barra de energia. Para aumentá-los, é necessário pegar as runas espalhadas pelo jogo. Com um pouco de dedicação – explorando bem o mapa – dá para coletar muitas delas e subir bem a vida de Galant.

O nome da filha de Galand é relevado no final e é uma surpresinha interessante.

Porém, justamente a primeira batalha do jogo é desbalanceada. Por se tratar de um primeiro contato com o combate em Effie, inimigos cercando o jogador no começo pode ser frustrante. Destruir vasos e barris ajuda a recuperar a vida, mas isso não é informado no HUD ou pelo narrador. Isso é ruim e desproporcional ao tom do jogo, eme que, até aquele momento, só tinha sido ensinado a pular e se pendurar.

Situações similares acontecem no decorrer do jogo: há combates em que os inimigos te cercam e em instantes levam boa parte da vida de Galant. Em outros momentos, eles praticamente fazem uma fila para te enfrentar.

… Assemble!

Effie possui uma variedade de escudos. A única arma (e prancha de surfe) do protagonista é seu escudo mágico. A cada cidade (das três presentes no jogo), um novo ataque é desbloqueado. A forma de usá-los é bem construída, exigindo que o jogador segure o botão para carregar o poder e o solte na direção dos inimigos. Uma pequena dica: o dash – com menor poder de dano de todos os ataques – tem outras funcionalidades.

Effie
Enquanto estamos parados, o personagem descansa as pernas.

Os inimigos do jogo são goblins (ou ogros?) e fantasmas, com uma boa variação entre eles. Há os que atacam corpo a corpo, os que arremessam itens, os que invocam outros monstros etc. Com isso, bolar estratégias de qual tipo de ataque usar contra quais inimigos estão à frente é um bom jeito de economizar vidas.

Além de ganhar ataques novos, no fim de cada cidade, Galant destrói uma Gema do Mal para libertar o reino da vilã. Antes disso, a bruxa Melira sempre aparece para uma boss battle. A batalha nos dois últimos cenários exige que se movimente pelo mapa para conseguir atacá-la. O feito é bom para reforçar os aprendizados de movimentações feitos ao longo da partida, então prepare-se para pular obstáculos enquanto se esquiva dos ataques dela.

Effie
Os especiais carregam rápido e devem ser usados com frequência.

Se você é jovem ainda

O game possui puzzles interessantes. Não são extremamente fáceis, que qualquer tentativa resolva, mas não exigem horas de análise de cenário. As respostas estão sempre próximas e exigem interpretação visual. Repetir sequências de uma parede, apertar botões que aparecem em gravuras e diversos outros desafios bem equilibrados para jogadores novos e casuais.

Um dos pontos estranhos do jogo é a ausência de seres humanos. As cidades repletas de monstros caracterizam bem que a região foi abandonada, mas bem que um aldeão poderia aparecer durante a jogatina. As únicas figuras humanoides além do protagonista são a bruxa e a filha do protagonista, e esta última só aparece nas cutscenes da história, que acontecem nas transições de capítulos.

Outro fator que atrapalha (mas ajudou em algumas etapas) são os bugs. Em diversos momento,s o personagem atravessa paredes que não deveria e, assim, cai e fica preso. Por falar em cair, um ponto divertido do game é que pular de alturas exageradas não causa dano nenhum ao personagem.

Effie
Galand deu até uma passadinha no Willy Wonka.

Effie é um ótimo jogo para “iniciantes”, desde pessoas mais velhas que têm pouca habilidade em jogos até os jovens que nunca jogaram nada com muito afinco. Na conversão da moeda brasileira, o jogo está por 60 reais, o que o torna caro para sua curta campanha. No entanto, em uma eventual promoção, vale a pena dar uma chance.

Review – Fallout: 1ª Temporada

Renato Moura Jr.Renato Moura Jr.15/04/2024
Harold Halibut

Review – Harold Halibut

Carlos AquinoCarlos Aquino15/04/2024