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Não dá para negar que os wave games e shooters em primeira pessoas são maioria no mundo virtual. Dick Wilde 2 não foge à regra mas explora o gênero de forma bem diferente, trazendo uma ótima experiencia casual. O estilo cartoon e a simplicidade são seus pontos fortes, nunca deixando o fator diversão de lado. Enquanto que o primeiro game limita o gameplay ao formato de waves de inimigos, esta continuação dá mais liberdade e o coloca em uma balsa que passeia por rios, esgotos e minas subterrâneas enquanto os inimigos vão aparecendo.

No percurso da campanha há checkpoints onde você pode comprar melhorias para sua balsa e armas. Tais melhorias são desbloqueadas ao atingir peixes dourados que saltam da água em determinados momentos do percurso. As fases são lineares, não dá pra negar, mas ao menos oferece caminhos alternativos para acessar com a balsa, aumentando levemente a dificuldade da aventura.

Descendo correnteza abaixo

O VR da Bolverk Games impressiona logo de cara com a precisão dos movimentos com o PS Move, versão que testei para este review. Quem tem experiência com jogos VR sabe que a pior coisa que temos é a imprecisão dos movimentos. Há muitos jogos por aí com boas ideias porém mal executadas. A execução de Dick Wilde 2 com o PS Move irá impressionar até os mais exigentes, acostumados com a precisão e o tracking acurado do HTC Vive.

Imagem do jogo Dick Wilde 2
Uma barragem à frente? Mande chumbo pra abrir passagem.

Apesar de ser um jogo estritamente estático, é possível movimentar-se para desviar dos tiros. As armas disponíveis são a pistola, a espingarda, as armas automáticas e armas de energia, cada uma com sua própria característica e que podem ser combinadas para lidar com inimigos distintos. Tem até lançadores de salsichas e pregos, para adicionar humor ao estilo arcade do game. Além da mudança frequente de inimigos, a dificuldade cresce exponencialmente em paralelo, mantendo os desafios interessantes.

Os inimigos variam de peixes voadores a toupeiras, água-viva com escudo, duendes em cima de jacarés e baiacus que lançam bolas de fogo. Pena que no geral são poucas as fases e elas sempre terminam rápido, mesmo quando você enfrenta um chefe de fase. Para aumentar o desafio, todas as fases apresentam uma variedade de lixos boiando pelo caminho que devemos destruir com nossas armas, gerando dinheiro para torrar nos checkpoints para auxiliar na melhoria da sua balsa e suas armas, além de restaurar sua vida. A sua barra de energia é bem limitada e nas fases mais difíceis é crucial obter upgrades para aumentá-la.

Imagem do jogo Dick Wilde 2
Este caranguejo radiativo é um dos chefes do game.

Pra quê pescar se posso atirar?

O co-op online é muito divertido, mas leva tempo para conseguir achar alguém online para jogar junto, um mal dos jogos online VR. Seja sozinho ou acompanhado, não dá para evitar o cansaço físico causado pela movimentação dos braços neste tiroteio frenético. Pode parecer um jogo tranquilo no começo, mas não demora para ele exigir habilidade do jogador pra acabar com a horda de inimigos.

Pelo estilo cartoon e cômico apresentado, Dick Wilde 2 é recomendado inclusive pra criançada. Se um adulto já malha um bocado durante a jogatina, imagine os pequenos. É um jogo curto, que poderia ser melhor polido e explorar ainda mais suas ideias, mas que no fim entrega o que foi proposto e diverte horrores.