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Há 4 meses, eu fui o escolhido para escrever sobre um jogo que nitidamente não possuía os melhores gráficos, mas que tinha uma premissa intrigante o suficiente para chamar a minha atenção. Esse jogo era City of Gangsters, um título de gerenciamento que, na época, ainda estava em acesso antecipado.

Acontece que após meses de desenvolvimento, eu retorno novamente ao jogo, só que, dessa vez, com uma versão completa em mãos, e novamente tenho novamente a tarefa de analisar o que há de bom e ruim no título. Teria algo mudado durante esse meio tempo? A resposta curta é sim, mas nada fora do que já era previsto.

So, we meet again

Em minha primeira experiência com City of Gangsters, tive a impressão que esse era um título que dava margem para diversos estilos, mas que seria apenas para um nicho bem específico. Pois bem, parece que minhas expectativas estavam certas, e esse é, de fato, um jogo não muito fácil de entender.

Em uma cidade durante o período da proibição, caberá a você, um cidadão comum, produzir e comercializar substâncias ilegais com os seus vizinhos. Durante a versão de preview, foi bem complicado entender como funcionava esse esquema, me custando algumas boas horas – e alguns neurônios torrados – para, de fato, compreender o que estava acontecendo.

As missões ajudam a ganhar a confiança dos comerciantes.

Contudo, para a versão final, os desenvolvedores introduziram um tutorial, o que ajuda bastante a compreender as mecânicas e o funcionamento de City of Gangsters. É simples, direto ao ponto e apresenta todas as ferramentas que você irá utilizar durante a sua jogatina – que, por incrível que pareça, não são muitas.

Keep Rollin, Rollin, Rollin, Rollin

É óbvio que seus produtos não vão se vender sozinhos, e você precisará encontrar os clientes certos para obter algum lucro. Em City of Gangsters, a movimentação pelo mapa se dá por pontos de ação, terminando o turno cada vez que os mesmos se esgotam. O lado bom é que, até mesmo no início do jogo, os pontos de ação demoram bastante para se esgotar.

Entre idas e vindas, alguns obstáculos aparecem em seu caminho. Por se tratar do comércio de produtos ilícitos, a polícia estará sempre no seu pé. Percebi do pior jeito que não é muito bom peitar os oficiais, já que perdi todo o carregamento de bebidas e todo o dinheiro que estava carregando no carro quando eles passaram pelo meu personagem – fazer o que, talvez o “crime” não compense mesmo.

O tutorial salva os perdidos.

Eventualmente, conforme a sua influência cresce, você poderá ter contratados que venderão seus produtos por você. No comando desses indivíduos, é possível criar rotas de venda e abastecimento para a sua máfia, facilitando a sua vida e automatizando todo o esquema. Mas cuidado: as suas rotas estarão também sujeitas aos policiais.

Eu bebo sim, e tô vivendo…

Supondo que, em um dia normal, você, um comerciante, está em sua loja, vendendo seus produtos e interagindo com seus clientes. Um homem desconhecido entra em seu estabelecimento, se dirige a você e pergunta se você não está afim de comprar uns produtos ilegais. O que você faria nessa situação? Provavelmente a maioria iria recusar, temendo a procedência desses produtos, a real intenção do homem misterioso ou simplesmente não querendo quebrar a lei.

Em City of Gangsters, você não poderá vender suas mercadorias para qualquer um. Os comerciantes locais, sabendo das restrições, precisarão de um certo nível de confiança até aceitarem fazer negócios debaixo dos panos. Aumentar a confiança deles foi uma tarefa árdua, onde eu tive que pedir para os outros comerciantes convencerem seus conhecidos das minhas boas intenções.

Esconder seus produtos é fundamental.

Se você não tiver alguém para falar bem dos seus negócios, sempre haverá missões que fazem com que a sua confiança aumente. Possibilidades não faltam de expandir o seu império, sendo possível até mesmo deixar um comerciante encarregado de cobrar a taxa de proteção dos comércios locais. 

Por fim, mesmo com um tutorial bem feito e com mecânicas que enriquecem a jogatina, City of Gangsters ainda é um jogo bem de nicho. O estilo gráfico e a interface são as maiores barreiras que afastam novos jogadores, mas, uma vez que você ignore esses aspectos e entenda seu funcionamento, o título torna-se viciante, garantindo umas boas horas de diversão.

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