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Call of Duty World at War retorna aos tempos da Segunda Guerra Mundial, agora com dois protagonistas de países diferentes, mas que lutam pelo mesmo ideal. Um deles é um soldado norte-americano, Miller, que batalha nas ilhas do pacífico contra as forças remanescentes do Exército Imperial Japonês. O outro é um soldado do Exército Vermelho Soviético, Dimitri Petrenko, que está na ofensiva contra os alemães empurrando-os de volta para a Alemanha.

Cada personagem passa por uma série de batalhas próprias, em determinados momentos históricos da Segunda Guerra Mundial. Miller sobrevive aos ataques surpresa dos japoneses, enquanto Dimitri derruba soldados alemães com sniper e executa missões de sabotagem. É bem legal ver estes dois lados da guerra, com cenários e missões completamente distintas. Por falar nisso, o visual do jogo é animal. De longe o melhor jogo FPS ambientado na Segunda Guerra Mundial feito até agora.

A produtora Treyarch apostou pesado na atmosfera do game, caprichando até mesmo na tela de loading de cada estágio, em que é exibido um vídeo narrando a próxima missão, acompanhado de cenas reais da guerra. A narração das missões americanas é feita pelo Jack Bauer. Quero dizer, o ator Kiefer Sutherland, imortalizado na série 24 Horas. Kiefer dubla também o Sargento Roebuck, personagem sempre presente no combate. No caso das missões dos soviéticos, a narração é feita por Gary Oldman (o comissário Gordon, do Batman: O Cavaleiro das Trevas). Ele também dubla um personagem do game, o Sargento Reznov.

Call of Duty: World at War

Assim como no jogo anterior, Call of Duty: Modern Warfare, os produtores recriaram momentos épicos com certa carga dramática. Se isto funciona em World at War, depende do ponto de vista do jogador. Eu achei excelente! Pra quem leu alguma coisa sobre a Segunda Guerra Mundial, sabe que a ela termina na tomada do Reichstag (parlamento alemão, em Berlim), e isto é devidamente reproduzido no roteiro do game. Aliás, todos os acontecimentos históricos são reproduzidos fielmente no game.

A experiência singleplayer é válida pela qualidade das missões, profundamente imersivas. O desafio é constante, graças à inteligência artificial dos inimigos. Porém, há momentos que essa inteligência simplesmente some, fazendo com que um soldado fique de frente para o inimigo sem fazer absolutamente nada. Às vezes essa inteligência aumenta a ponto de seus inimigos serem capazes de jogar granadas no bolso da sua calça. Ao menos isso aumenta o desafio sem tirar a diversão.

A novidade mais atrativa de World at War está no modo co-operativo de quatro jogadores, com pontuação a cada inimigo morto. Este modo fica ainda mais divertido se você pegar as cartas de baralho espalhadas pela campanha singleplayer, que oferecem certas vantagens ao jogar o modo co-op.Outra novidade é o modo Noite dos Mortos-Vivos (Nacht der Untoten), aberto após terminar a campanha singleplayer. É um modo de sobrevivência, onde você e seus companheiros enfrentam uma horda de zumbis nazistas.

Call of Duty: World at War

O game mantém o estilo multiplayer de Modern Warfare, sem mexer em sua fórmula de sucesso: sistema de classes com progressão de patentes pelo ganho de experiência, armas destraváveis e customizáveis e os “perks” que dão habilidades especiais ao jogador como poder colocar minas, usar máscaras de gás e bombas que grudam. O multiplayer continua tão divertido quanto o jogo anterior, apenas com uma roupagem de Segunda Guerra Mundial. A única mudança está no tamanho dos cenários e na possibilidade de usar tanques de guerra.

Agora eis a pergunta clássica: CoD World at War é melhor que CoD Modern Warfare? Eu diria que não, pois o game se iguala tecnicamente ao CoD Modern Warfare. A diferença aqui está na roupagem, tipos de cenários, armas e no enredo. A preferência vai de acordo com o gosto de cada um. Mesmo com um tema tão saturado e explorado por diversos games como Company of Heroes e Brothers in Arms, CoD World at War surge como uma exceção, oferecendo bons momentos e um multiplayer viciante.