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A experiência em Avatar: Frontiers of Pandora é repleta de mistérios e temores. Produzida pela Ubisoft, via Massive Entertainment e sendo uma adaptação da saga cinematográfica, não é de se estranhar que o público estivesse com o pé atrás com este título – afinal de contas, eu também era uma das pessoas que temiam por uma bomba.

Para a minha surpresa, esta aventura em mundo-aberto não só se mostra digna do novo caminho que a produtora está seguindo como também ambienta muito bem o público e sem a necessidade de terem consumido os dois filmes anteriores. Digo sem medo que esta é uma das adaptações mais ricas de como seria viver como um Na’Vi.

O universo de Avatar: Frontiers of Pandora

Sem maiores enrolações, Avatar: Frontiers of Pandora se passa entre os eventos do primeiro e segundo longa-metragem. No entanto, depende muito pouco deles para contar a sua própria história e traz um elenco inédito de personagens, além de seus costumes e tribos para você descobrir conforme explora todo o território disponível.

Esta independência é boa e ruim, tanto pela liberdade criativa que se abre quanto pelo visível medo de impactarem em algo que poderia ser usado nos filmes. Sendo bem honesto, a sua história tem pontos altos e baixos em relação a isso e limitações, porém certos elementos dela realmente cativarão quem deseja se aprofundar mais.

Apesar do roteiro ser “aceitável”, o que mais me cativou dentro de Avatar: Frontiers of Pandora foram as missões paralelas – por mais incrível que pareça. Enquanto o jogo é ágil em jogar informações e não te dá muito respiro, elas te permitem ver como os Na’Vi vivem e se relacionam: tanto entre eles quanto com a natureza ao seu redor.

Ver um deles perdendo o seu Ikran, uma jovem desejando mostrar ao seu pai que está pronta para montar um Pa’li e diversas outras histórias me fez conectar de forma muito mais íntima a este universo – até mais do que a história principal, que te joga contra a RDA sem muito pudor e se reserva apenas a invadir bases e destruir máquinas.

Gameplay se repete de forma cíclica

Enquanto isso, a jogabilidade de Avatar: Frontiers of Pandora é um eterno ciclo de “chegue na tribo, melhore seus itens, destrua algumas instalações da RDA ou sobreviva aos seus ataques e parta em viagem em seguida”. Nele não há muito espaço para se conectar melhor com os demais personagens, o que é uma grande tristeza.

Já na movimentação de seu Na’Vi, de início você achará estranho e até “desengonçado”. Eu mesmo não gostei muito no primeiro momento. Porém, quando se acostuma, as coisas partem para uma outra escala e você desejará que tivesse mais tempo e espaço para correr, lutar e até voar com seu Ikran dentro do mapa proposto. Destaco também o momento que conquista seu Ikran e pode sair pelos ares pela primeira vez, pura emoção.

Você pode coletar também uma diversidade absurda de materiais para fazer armas e equipamentos, gerando um alto fator replay. As invasões às bases da RDA, apesar de soarem repetitivas também, oferecem algumas surpresas aqui e ali. Uma das estações da oficial Harding, por exemplo, foi uma grande obra de arte em construção.

O mapa, como qualquer clássico da Ubisoft, também é repleto de atividades e coisas escondidas. Demorou para acostumar com a sua estrutura, porém é recompensador quando você compreende o que está se colocando em sua frente e no que aquilo impacta na construção do personagem principal e dos “Sarentu”.

Graficamente, não tenho do que reclamar. O mapa de Avatar: Frontiers of Pandora é belíssimo e retrata bem o planeta visto nos filmes da franquia. Alguns problemas de renderização de personagens puderam ser notados, assim como dois crashes, mas no geral a experiência é espetacular e vale a pena para todos os fãs da saga.

80 %


Prós:

🔺 Graficamente maravilhoso
🔺 As missões paralelas são muito bem-construídas
🔺 Pandora oferece muito mais a quem olha com atenção
🔺 Excelente adaptação da franquia
🔺 Voar no Ikran é o máximo

Contras:

🔻 Sofre com alguns problemas de renderização
🔻 No PS5 ocorreu alguns crashes
🔻 A história principal é um tanto repetitiva

Ficha Técnica:

Lançamento: 07/12/23
Desenvolvedora: Massive Entertainment
Distribuidora: Ubisoft
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series
Testado no: PS5