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O Gamerview participou do beta fechado de SYNDUALITY Echo of Ada, jogo desenvolvido pela Game Studio Ind., e conhecemos a aposta da Bandai Namco em busca de uma nova IP própria. Numa mistura de Armored Core, da FromSoftware, e Destiny, da Bungie, prepare-se para explorar um mundo distópico a bordo de um mecha enquanto desenvolve alianças desconfortáveis com outros jogadores, sem saber se eles são aliados ou inimigos.

Em Synduality nós conhecemos Amasia, um mundo distópico em que a humanidade sobrevive em abrigos subterrâneo para fugir da Blueschist, uma chuva venenosa que exterminou 92% da população mundial em um evento que ficou conhecido como “Lágrimas da Lua Nova”. Para que a vida continue prosperando, você precisará explorar a superfície em busca dos AO Crystals, que podem ser convertidos em fonte de energia, encarando esse desafio como um Drifter.

SYNDUALITY Echo of Ada

A partir desse plot inicial temos a construção da experiência que o jogo oferece. Com apoio dos Cradle Coffin, mechas utilizados pelos Drifters, precisaremos viajar por Amasia com o apoio das Magus, inteligências artificiais que apoiam sua navegação e combate, minerando cristais e enfrentando os Enders, criaturas que surgiram com o incidente. Essa é a base para um jogo que possui diversas missões de exploração com foco no loot aleatório, upgrade da sua base, melhorias e customização do seu mecha, além do desenvolvimento da narrativa após a confirmação do diretor Yohei Kataoka e produtor Yosuke Futami sobre o jogo ter um modo single player também.

Tudo se encaixa perfeitamente para que a jogabilidade seja o ponto alto em SYNDUALITY Echo of Ada, pois no controle desses mechas, que realmente parecem caixões em como os humanos entram e ficam dentro deles, tudo é muito responsivo e fácil ao navegar pelos diversos biomas do mapa. Os robôs gigantes (não tão grandes assim) são pesados e possuem muitas opções de customização, de peças para mobilidade, defesa e ataque aos vários tipos de armamentos e habilidades especiais, invocadas com apoio das Magus.

SYNDUALITY Echo of Ada

O que chamou atenção é a maneira como o multiplayer acontece, pois Synduality é um PvPvE, em que você precisa se aliar aos demais jogadores para enfrentar as ameaças de Amasia, no entanto sua parceria com algum inimigo pode se tornar sua fraqueza quando ele decidir atacar você. Mesmo que “jogado” no mapa e ao menos por enquanto sem um hub para gameplay entre amigos, a jogatina online se mostrou divertida. No entanto, infelizmente o fator aleatório do loot e um sistema de experiência que não depende necessariamente do combate, mas sim da sua progressão nas missões, faz com que a exploração seja mais interessante do que o combate. Ao enfrentar outro jogador num mecha, sua Magus informa a porcentagem de possível sucesso, então você saberá qual o melhor momento para atacar ou fugir.

Independente dos combates, Amasia por si só é uma grande ameaça e esse fator transforma cada subida à superfície uma experiência diferente, pois além dos Enders, em seus diversos tipos de criatura, quando a chuva começa você precisa buscar por abrigo para a estrutura do seu mecha não ser corroída e sua missão falhar com o robô sendo destruído. Como se não bastasse, seu Cradle Coffin possui uma bateria que limita o tempo em que você pode explorar pelo mapa, assim como o peso que você pode carregar com o loot obtido. Tudo isso dificultando ainda mais sua decisão pela urgência vinda de maneiras diferentes, sem contar as chances de ser derrotado no caminho e perder todo seu progresso ou peças. Afinal, chegar nos pontos de retorno ao subterrâneo também exige atenção por conta do tempo para abertura e acesso ao elevador.

SYNDUALITY Echo of Ada

Tudo em SYNDUALITY Echo of Ada está conectado ao world building e a maneira como construímos nossa própria jornada como Drifter, sem contar que o jogo possui uma conexão direta com o animê SYNDUALITY Noir. Talvez essa seja uma boa justificativa para o trabalho impecável com o visual do jogo, seja durante o gameplay ou nas maravilhosas cenas (inclusive com os tutoriais muito bem animados, que lembram Fallout), buscando representar muito bem essa experiência transmídia e que carrega muito da animação. A trilha sonora não tem um impacto grande, mas que permite pontuar muito bem os momentos de urgência como se estivéssemos num ataque à Tokyo-3 em Evangelion.

Esse é um bom exemplo em como trabalhar uma nova IP e de brinde oferecer um título promissor de game as a service, caso a Bandai Namco esteja preparando atualizações e conteúdo para manter SYNDUALITY Echo of Ada por muito tempo. Divertido, interessante e que, com certeza, você vai perder noção do tempo ao entrar no seu próprio mecha.

SYNDUALITY Echo of Ada

Muito obrigado Alloku (clique aqui e conheça o canal dele no Twitch), pelo apoio neste preview e por participar conosco desse beta fechado.