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Uma das séries de estratégia mais memoráveis do PC é, sem dúvidas, Heroes of Might and Magic. O terceiro título da franquia, sobretudo, conquistou o coração de uma legião de fãs, sendo extremamente cultuado no gênero. Agora, 23 anos após Heroes of Might and Magic III, Songs of Conquest aparece como sucessor espiritual da franquia, unindo elementos de gerenciamento, magia e estratégia em turnos.

Com uma abordagem moderna, mas com o estilo retrô, Songs of Conquest desponta como um dos jogos de estratégia mais promissores em desenvolvimento. Apesar da parte de gerenciamento de recursos, o estilo de combate é o diferencial, apelando para magias e tropas de diversas raças a fim de criar um exército imparável. Contudo, como todo jogo em acesso antecipado, Songs of Conquest ainda está em estágio inicial, então ainda há um longo caminho pela frente a fim de se explorar todo o potencial criado pelos desenvolvedores.

Gerenciando um império

Como dito anteriormente, o foco de Songs of Conquest está no combate, mas o sistema de gerenciamento também faz parte da mecânica do jogo. Através de prédios e localizações no mapa, recursos podem ser coletados a fim de aprimorar defesas, angariar mais recursos e recrutar mais unidades.

Contudo, a abundância de edifícios no mapa não é precedida por uma clareza nas informações. Muitas vezes você irá revisitar localizações, já que não há uma indicação explícita de que o local já foi visitado. É esperado que melhorias de QoL resolvam esse problema.

Apenas uma muralha para deter os inimigos

O sistema simplificado não possui muitas nuances. Mesmo que o gerenciamento não seja a sua praia, não é difícil entender como os recursos funcionam. Retirar o máximo desse sistema significa, em primeira análise, obter tropas mais poderosas, que é o foco de Songs of Conquest.

A volta aos velhos tempos

Para muitos veteranos nos jogos de estratégia, uma das lembranças antigas é utilizar feitiços extremamente roubados em Heroes of Might and Magic. Songs of Conquest, por utilizar a franquia como base, também emula esse mesmo sentimento, dando ao jogador acesso a personagens que possuem magias a serem utilizadas no campo de batalha. Entretanto, até o momento, não há nenhuma magia que chegue ao nível de absurdo do antigo jogo da New World Computing.

Fora da mágica, as batalhas funcionam de um jeito convencional. No mapa, as unidades controláveis são os portadores, que são heróis com acesso às magias disponíveis no jogo, onde eles se movimentam e levam consigo tropas. Os portadores, ao encontrarem inimigos, iniciam uma batalha, escolhendo o posicionamento das tropas em caso de batalha manual ou apelando para a batalha automática.

Uma vez no campo, a movimentação das unidades lembra jogos como Battle Brothers, contando com um combate em turnos e com diferenças de nível no terreno. O funcionamento é similar à franquia Heroes of Might and Magic, com stacks de unidades que vão, com a ajuda do portador, eliminando os stacks de outras unidades. 

A modo campanha é, até o momento, bem construído

As unidades possuem um limite máximo, não sendo possível stackar milhares de tropas de uma vez. Por um lado, isso ajuda no balanceamento do jogo, mas, por outro, tira boa parte da diversão que títulos similares oferecem. 

Songs of Conquest é uma abordagem moderna de um dos maiores clássicos dos jogos de computador. Mesmo sem oferecer o que tornava Heroes of Might and Magic III único, é um jogo que merece ser observado de perto pelos fãs do gênero de estratégia em turnos. É provável que, com mais atualizações e com o feedback da comunidade, o jogo se torne mais próximo de captar a magia de um jogo que encantou uma geração inteira.