Para os fãs de RTS, Company of Heroes é uma franquia que dispensa apresentações. O primeiro título da série é, sem dúvidas, um dos jogos mais aclamados quando o assunto é Segunda Guerra Mundial, e o segundo título é um sucessor digno de tamanho legado. Agora, em 2022, Company of Heroes 3 tem a missão de se manter fiel ao passado, mas trazendo inovações que, ao longo dos anos, foram desenvolvidas em títulos de diversos gêneros.
Nesse estado inicial, os desenvolvedores buscam mostrar um pouco das novidades que, ao longo do desenvolvimento, serão implementadas no jogo. É importante frisar que a ação isométrica em tempo real continua fiel às origens da franquia, mas a mudança, quando colocada nos lugares corretos, é sempre bem vinda.
Tático e estratégico
A grande mudança percebida durante a Alpha Mission está nas mecânicas de gerenciamento. Para adquirir uma maior vantagem tática, o jogador contará com recursos que, com o tempo, podem ser revertidos em construções, soldados e equipamentos. Com isso, a franquia dá um grande passo em complexidade no que se refere ao gerenciamento de recursos.
A Mission Alpha não dá acesso aos elementos de estratégia referentes ao mapa. É esperado que, para o modo campanha, exista uma interação de mapa similar aos jogos da franquia Total War, onde o jogador comanda tropas por turno, sendo capaz de engajar em combates. Por aqui, focamos apenas nas batalhas individuais, onde, na primeira missão, o exército alemão é designado para ajudar o exército italiano – o que, como os estudiosos da Segunda Guerra Mundial sabem bem, era algo corriqueiro.
Fora o aspecto de recursos, as batalhas contam com algumas novidades. Agora, é possível reparar veículos no campo de batalha. Utilizando unidades de reparo, tanques destruídos podem ser recuperados para as batalhas. Contudo, será necessário dar apoio às unidades de reparo, visto que elas não dispõem de mecanismos para lutar e necessitam ficar paradas por muito tempo, tornando-se alvos fáceis.
O melhor está por vir
Apesar da missão disponibilizada ser curta, é possível ver os avanços em relação à destrutividade do cenário. Company of Heroes sempre foi uma franquia que focou na destruição, e o terceiro título da série aumenta ainda mais esse fator. Agora, a destruição de uma casa, por exemplo, não significa que a mesma será deletada do mapa, mas sim que ela formará um outro tipo de cobertura. A destrutividade, por assim dizer, na verdade compõe uma transformação.
Os avanços gráficos são notórios. Eles se fazem presentes não só no sentido da destruição, mas em toda a ambientação do jogo. Óbvio que esse é um trabalho ainda em desenvolvimento, mas vejo com bons olhos os rumos escolhidos pelos desenvolvedores.
A experiência curta da Mission Alpha de Company of Heroes 3 não é o suficiente para inferir se o jogo será o que promete, mas nos dá um gostinho do que pode estar por vir. O esquema de pause tático, por exemplo, estava presente na Missão, lembrando muito jogos como Broken Lines.
Se não é possível dizer ao certo como será o futuro, dá para pelo menos prever que, baseado no conteúdo da Missão Alpha, o potencial de Company of Heroes 3 faz justiça à série. É de se esperar que as batalhas fiquem ainda mais destrutivas e intensas, além de todas as nuances que um sistema de gerenciamento de recurso pode trazer a um jogo com esse grau de complexidade tática.