Em 8 de junho de 2025, a Activision anunciou seu novo título para a franquia Call of Duty, um novo capítulo na série Black Ops, onde vemos David Mason ser arrastado para uma espécie de limbo digital repleto de horrores, trazendo até mesmo Menendez de volta à vida. Neste final de semana, tivemos um Beta Aberto onde os jogadores puderam experimentar tanto o modo multijogador quanto o modo Zumbis de Call of Duty: Black Ops 7.

Já faz um bom tempo que eu não jogava um “Codzinho”, então estava bastante ansioso, visto que meu último contato com a franquia foi em Modern Warfare III, um jogo repetitivo que me fez afastar da série. Infelizmente, meus medos se confirmaram, pois, mais uma vez, a Treyarch prova que é capaz de requentar velhas fórmulas e servi-las como algo supostamente inovador.

Começando pelo modo multijogador, em Black Ops 7 teremos um sistema bem semelhante ao que temos visto nos últimos anos: uma jogabilidade rápida e extremamente focada no “omnimovement” dos jogadores, onde deslizar e saltar são as chaves para dominar os oponentes. O jogo também implementa um breve “wall-run” que, por sua curta duração e utilidade tática, deixa bastante a desejar se comparado à mecânica presente no criticado Black Ops 4.

Call of Duty: Black Ops 7

Os mapas continuam a utilizar a filosofia de três rotas, onde o jogador sempre possui os mesmos três caminhos para percorrer, o que o leva a circular constantemente pelo cenário em busca de eliminações para alcançar seus “killstreaks” e ver os inimigos mudarem de ponto de surgimento. A única grande e verdadeira adição ao multijogador é um novo modo, no qual devemos levar um gerador de P.E.M. a dois pontos da base inimiga. Não é necessário sequer plantar o objeto, apenas passar por um círculo, o que, na realidade, não traz nada de novo.

Os mapas retornam com sua geometria básica, sem a criatividade vista nos Call of Duty: Modern Warfare originais ou em Black Ops 1, 2 e 3. A estrutura simplista incentiva alguns jogadores a camperar e a abusar do “omnimovement”. Embora isso exija uma boa prática no controle de movimento do personagem, não é nada que já não tenhamos visto nos últimos anos da franquia.

Call of Duty: Black Ops 7 tenta dar uma repaginada em seu arsenal, com cada arma indo até o nível 45 para liberar todos os acessórios e modificações. O jogo salva as diferentes configurações de armas, o que facilita e incentiva os jogadores a personalizá-las. Além disso, agora podemos compartilhar nossas criações com outros jogadores, algo interessante, mas que também não chega a ser uma novidade surpreendente.

Call of Duty: Black Ops 7

Até o momento, Call of Duty: Black Ops 7 apenas reforçou um sentimento que muitos jogadores já têm em relação à série: ela está estagnada e confortável em sua própria falta de inovação. O multijogador do jogo traz uma reciclagem de ideias antigas, vindas desde Black Ops 2 até Advanced Warfare, mas não faz nada de muito interessante com elas. Chegou ao ponto de me fazer baixar Titanfall 2 novamente, apenas para me lembrar do quão inovador um FPS futurista pode ser.

O modo Zumbis também retorna, mergulhando fundo no caixão da nostalgia para resgatar heróis e conceitos de outrora, na esperança de que os fãs se animem com o retorno de Reznov, não como personagem da história, mas como parte de um pacote de desafios. Durante o beta, foi possível ver os Perk-a-Colas, que mantêm a mesma variedade desde Cold War, ainda que a Treyarch tenha anunciado recentemente o retorno do Widow’s Wine com o jogo completo.

O mapa da fazenda traz alguns elementos interessantes, como a família de cadáveres à mesa, o porão com um misterioso cubo e até mesmo uma prateleira que causa dano ao jogador ao interagirmos com ela. Porém, não há uma forma de concluir o mapa e nenhuma Wonder Weapon além da Ray Gun, que pode ser obtida na Caixa Misteriosa ou através de um “easter egg” em uma lixeira, que consome seu equipamento letal e pode gerar sucata ou a própria arma.

Call of Duty: Black Ops 7

Até então, o único zumbi especial apresentado em Call of Duty: Black Ops 7 foi o novo chefe chamado Zurso, um enorme urso zumbi com uma grande barra de vida. Caso o jogador consiga a Ray Gun nos estágios iniciais, ele se torna um alvo fácil, assim como os outros zumbis. Ao melhorá-la com o Pack-a-Punch, a única preocupação real com os mortos-vivos só aparecerá por volta da rodada 45.

Infelizmente, mais uma vez a Treyarch serve aos jogadores uma fórmula requentada, sem inovações de peso ou mudanças de jogabilidade que realmente alterem o meta. O modo história parece que irá revisitar momentos marcantes da saga Black Ops, mas, como o próprio Menendez diz no trailer, “o medo é uma arma poderosa”. Não só eu, mas muitos fãs estão com medo de mais um fiasco futurista, assim como foram Advanced e Infinite Warfare.

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