Eu sempre fico bastante empolgado quando assisto os filmes de Star Wars, não só por ser fã da saga mas também por gostar das batalhas espaciais com aqueles sons impossíveis, os vários modelos de naves, explosões e as diversas raças existentes na história. De uma maneira diferente, proporcionando uma experiência bastante positiva, Between the Stars me apresentou um pouco dessas características em sua prévia.
Sem explicações, nossa nave KP-564SC faz uma dobra espacial (uma forma de propulsão superior a velocidade da luz) para um setor denominado Trama-6 e com a ajuda da inteligência artificial M.A.I podemos analisar o estado da nave (e pela aparência, parece que fugimos de uma batalha bastante difícil). A análise consiste em testar os comandos, o que também funciona como um tutorial mostrando a grande quantidade de opções que o jogo oferece.
O lindo universo que se torna em um imenso campo de batalha
Os comandos são bem distribuídos e se dão através do teclado e mouse, dando a impressão de que realmente executamos os comandos pelo painel de controle da nave. O gerenciamento da energia é feito pelas setas do teclado, aqui podemos priorizar ou balancear a força para os escudos, armamentos ou motores e, ao final dos testes, tudo é posto em prova no primeiro combate.
Os inimigos surgem como uma Imperial Star Destroyer (Star Wars), inesperadamente após um salto na velocidade da luz. É preciso ficar atento com sua tripulação, pois uma vez que os escudos são perdidos os tiros podem matá-los. Manter-se em movimento e distribuir os danos recebidos é uma boa forma de proteção. No fim podemos verificar os destroços à procura de sobreviventes e materiais que podem ser úteis.
Livre dos combates o cenário de Between the Stars se torna um imenso e belo vazio, onde nos deparamos com a possibilidade de voar para qualquer lugar e fazer o que quiser Ao menos é essa a proposta da Isolated Games, mas até que saia versão final do jogo essa liberdade é um pouco tediosa, já que não há nada para encontrar – por enquanto, o jogo possui apenas uma sequência linear.
Seguindo os objetivos propostos pela narrativa, viajamos para uma estação espacial onde podemos encontrar missões, comprar melhorias e até contratar novos membros para a tripulação. Conforme nos aproximamos das plataformas, o pouso requer um pedido de acesso (algo apenas contextual), mas despertando aquela vontade de que hajam missões onde possamos roubar naves ou nos infiltrar em estações inimigas hackeando esses acessos.
A história de Between the Star não será linear e seu rumo dependerá das escolhas do jogador. Os diálogos que acontecem por uma caixa de texto no centro da tela possuem escolhas que podem trazer impactos nas recompensas e nas atitudes daqueles com quem conversamos, podendo aumentar ou diminuir o respeito do capitão e até mesmo fazer com que outros se rebelem contra você.
O vasto universo do game possui mecânicas de roguelike e inclui o permadeath. Caso você perca a partida, todos seus itens podem ser perdidos e neste caso sua tripulação também, sendo necessário recontratar e novamente subir seus níveis de experiência. Fiquei curioso para saber como será o desenvolvimento da narrativa e de toda a progressão do jogo, algo que essa prévia infelizmente não conseguiu esclarecer.
Uma experiência diferente a cada partida?
Os cenários e as estações espaciais são gerados de forma procedural com a intensão de que cada partida seja única, mas embora ocorreram mudanças estéticas a cada vez que recomecei o jogo não houve mudanças com relação ao gameplay porque não há inimigos secundários e nem o que explorar. Torço para que haja essas possibilidades na versão final.
Algo que tomou bastante do meu tempo, além das longas viagens admirando o cenário, foram as personalizações da nave. Há vários tipos de armamentos e você pode comprá-las nas estações espaciais ou construí-las com recursos de naves abatidas, mas ao menos por enquanto só causamos danos em nossos inimigos. Não dá para destruir asteroides ou outros objetos para obter recursos, por exemplo.
A colisão funciona de maneira estranha em Between the Stars. Bater em um asteroide não causa danos na nave, ela simplesmente permanece tentando prosseguir viagem até desviarmos do objeto. Com os planetas o mesmo acontece: em um certo ponto você simplesmente baterá nele, fazendo-o não parecer tão grande e às vezes é como bater em uma bola elástica, pois o próprio jogo muda a direção da nave e te joga pra longe do planeta.
As missões desta prévia apresentam combates bastante intensos, as explosões das naves são espetaculares e tudo fica ainda mais bonito com o modo foto, onde você pode aproximar a câmera para visualizar cada detalhe da cena. Será maravilhoso usar este recurso se houverem eventos como uma onda de destroços surgindo em nossa direção.
A trilha sonora também está bem produzida, sendo capaz de tirar o fôlego com a ambientação sonora semelhante ao filme Gravidade. O ritmo se eleva nos momentos certos durante as batalhas e ainda pode tocar suavemente enquanto viajamos, proporcionando um clima bastante agradável.
Assim como o universo com todos seus segredos e mistérios, Between the Stars ainda tem muito que explicar sobre suas propostas e características. A narrativa instiga a curiosidade enquanto que a experiência de viajar pelo espaço é bastante satisfatória. Eu certamente ficarei de olho nas estrelas, usando meu telescópio, para acompanhar as novidades até o lançamento deste jogo promissor.