Atlas Rogue, um jogo que veio para mexer com a minha cabeça estrategista, mesmo que ela acabe me falhando várias vezes. No entanto, não foi para melhor e sim para me prender em um loop “eterno” de gameplay. Aqui temos a volta da franquia Atlas, que teve seu primeiro título, Atlas Reactor, lançado em 2016, sendo um jogo tático baseado em turnos, desenvolvido pela Trion Worlds.
Assim como em seu antecessor, em Atlas Rogue temos nossos “heróis” indo por um lado mais controverso da história. Eles precisam impedir que o reator da megacidade Atlas entre em fusão e exploda, mas para o azar de nossos “heróis”, quando eles chegam ao local, o reator já está em ponto de fissão, prestes a explodir. Enquanto os outros tentam deter um bizarro inimigo que surge no local com suas tropas, Hélio dá um jeito na situação, deixando o reator explodir e usando a energia da explosão para lançá-los ao passado.
Uma peça a ser lapidada
Como dito anteriormente, Atlas Rogue é a cria de Atlas Reactor, um jogo bem semelhante – tão semelhante que a introdução é literalmente o trailer de Atlas Reactor. Atlas Rogue traz uma mistura de XCOM com roguelite, fazendo com que cada nova aventura temporal seja diferente da anterior, com um foco bem grande na parte de roguelite e na inclusão da possibilidade de jogar em co-op.
Quando voltamos no tempo, temos 30 dias para evitar a explosão da cidade. Para isto é necessário chaves de acesso, que devem ser conseguidas após assaltos contra as facções inimigas: os Ommi, EvOS e Hyperbotics, que por algum motivo desejam que o reator exploda e destrua não só a cidade, mas todo o mundo.
Com isso somos apresentados ao mapa do mundo, onde temos a contagem de 30 losangos, cada qual representando um dia. Ao alcançar o segundo, sétimo, décimo terceiro, décimo oitavo, vigésimo segundo, vigésimo quinto e vigésimo nono, um novo modificador será adicionado aos inimigos, deixando-os cada vez mais fortes. A cada batalha vencida, recebemos ISO (a moeda do jogo), itens, informações sobre as facções inimigas (chamadas de Trusts) e pontos de talento.
Mas eu estava atrás da proteção!
Com o ISO é possível comprar itens ou aprimorá-los em pequenos eventos secundários, que são mais focados na história do jogo e desenvolvimento dos personagens. Com os pontos de talento você deixa seus Rogues cada vez mais fortes. Sempre que adquirir mais intel, mais dias passam e os inimigos vão ficando mais fortes, mas só quando consegui 100% de intel dos Ommis que descobri algo interessante.
Quando chegamos ao fim dos 30 dias, temos de lutar praticamente com todas as Trusts de uma vez só. Caso consiga juntar 100% da intel de uma delas antes do confronto final, você pode atacar a base deles e chorar o bambu lá mesmo. Ao derrotar o boss do local, aquela Trust não estará presente na batalha fatídica pelo destino do núcleo – mas não espere uma batalha fácil ou “justa”.
Como o jogo está em acesso antecipado, ainda há o que se polir, ajustar e balancear. Comecei com quatro personagens disponíveis, os dois assassinos Lockwood e Zuki, o suporte Helio e o tank Garrison. Os outros seis heróis precisei desbloquear ao longo do jogo, completando os desafios oferecidos na campanha. Mas a sinergia entre os heróis iniciais já é muito boa e permitiu combos ridiculamente poderosos.
O combo mais poderoso foi usar o mini-buraco negro de Helio em Garrison para atrair inimigos, combinando com sua bateria de mísseis, a bomba de um turno de Zuki e a granada de Lockwood, sempre prestando atenção à roda de danos, um pequeno círculo que calcula suas chances durante o combate. Em Atlas Rogue, a parte branca é a porcentagem de chance de errar, a laranja de acertar de raspão, vermelho de um hit normal e roxo representa o dano crítico.
Mas as máquinas também possuem sua sinergia e Jesus amado, como algumas têm movimentos poderosos! Mais uma vez relembrando que Atlas Rogue está em acesso antecipado, então algo assim é tolerável. Um exemplo é o gancho das tropas Phalanx Mk.II, que negavam 100% toda e qualquer cobertura que eu usava, puxando meus personagens para o aberto e causando um dano gigantesco.
Acredito que Atlas Rogue tenha um bom futuro como jogo de ação por turno, ainda mais por trazer um modo co-op onde cada um controla um personagem. Ainda existe muito trabalho a ser feito para chegar ao resultado desejado e um deles é melhorar o launcher do jogo, que derrubou o servidor várias vezes enquanto eu jogava, além de ter sido uma dor de cabeça fazer funcionar ou logar.
Mas, como no próprio jogo, caso dê errado, basta recomeçar.