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The Last of Us Part II Remastered finalmente chegou aos computadores, trazendo a conclusão da jornada de Ellie e Joel. E, felizmente, passando longe dos problemas do port da primeira parte. Mas há uma coisa importante a ser pontuada aqui: embora eu não tenha passado por nenhum problema técnico nos testes antes do lançamento, não significa que outros jogadores terão a mesma experiência que eu. Porém vale dizer que tudo depende do PC do jogador. Diferente do PS5, que na prática é um computador personalizado com peças únicas e no qual os desenvolvedores se baseiam pra criar seus jogos exclusivos e obter o melhor resultado possível, no PC tradicional há uma infinidade de combinações de peças. E o mais comum é termos combinações conflitantes, que não trabalham direito em conjunto, como uma CPU lenta e uma placa de vídeo poderosa.

Como peças de computador não são baratas, é realmente frustrante você investir em um PC, comprar aquele game que tanto quer jogar e não conseguir rodar direito. E The Last of Us Part II Remastered tem cara de jogo pesado, certo? A boa notícia é que o jogo da Naughty Dog chegou bem otimizado, com muitas opções gráficas para você testar em sua configuração.

Como já fizemos review da versão remasterizada de The Last of Us Part II no ano passado, neste artigo irei focar somente nos aspectos técnicos da versão de PC (disponível na Steam e Epic Games Store) e as configurações que escolhi para obter o melhor resultado.

The Last of Us Part II Remastered

Estou dando sorte com os ports?

Ambos os ports de PC de The Last of Us Remastered foram feitos pela Iron Galaxy Studios, exceto que nesta segunda parte houve envolvimento da Nixxes Software. Foram eles que cuidaram das otimizações pra PC de Ghost of Tsushima Director’s Cut, Horizon Forbidden West Complete Edition, Ratchet & Clank: Rift Apart, Marvel’s Spider-Man: Miles Morales e Marvel’s Spider-Man Remastered. Enquanto que nestes jogos eles fizeram um bom trabalho, com Marvel’s Spider-Man 2 a história foi bem diferente, resultando em outro lançamento problemático pra PlayStation.

O que me deixa curioso é que, em meus testes, não vi absolutamente NENHUM dos bugs propagados pela internet. Dei sorte com Marvel’s Spider-Man 2? Ou foi meu PC, montado após uma exaustiva pesquisa de componentes, que fez a diferença? Eu posso estar enganado, mas parece rolar uma comossão na internet para sabotar os games que estão deixando a exclusividade do PS5 de lado pra alcançar um público maior.

The Last of Us Part II Remastered

Para efeito de comparação, vamos ao meu setup: CPU AMD Ryzen 7 5700X, com placa-mãe Asus TUF Gaming B550M-Plus, memórias Corsair Vengeance LPX 32GB (2x16GB) DDR4 3200 Mhz, SSD M2 XPG Blade 70 1TB e GPU Asus Dual GeForce RTX 4070 Super. Tudo sem overclock. Percebeu que não é nada de outro planeta, né? Com esse setup rodei o game em 2K e mirando no melhor visual possível sem ficar abaixo dos 60 FPS.

Senta que os shaders estão carregando

Saem as telas demoradas de loading do passado e entram as telas de carregamento de shaders. Parece piada mas é o novo normal dos games, presente em todos os ports de PC dos jogos de PS5. Com The Last of Us Part II Remastered não é diferente. Concluído o carregamento, somos introduzidos à história e pouco depois já podemos bagunçar com as configurações de visualização e gráficos.

Em Gráficos, deixei todas as opções na qualidade máxima, desligando somente o efeito de “intensidade do granulado do filme”, que eu particularmente não gosto. Cria-se um aspecto fake de nitidez que me incomoda. Em Visualizações, desliguei o V-Sync (meu monitor tem nativo), deixei a taxa de atualização do meu monitor no máximo (165 Hz), sem limite de quadros, NVIDIA Reflex ligado e inicialmente com geração de quadros e upscaling desligados. Com esta configuração o FPS oscila dependendo do cenário, mas fica normalmente entre 80 e 100 FPS. Ligando o DLSS pra geração de quadros extras, passa facinho dos 100 FPS.

Eu poderia tranquilamente jogar The Last of Us Part II Remastered inteiro assim, com esta configuração. Mas resolvi ligar o upscaling de DLSS no modo Qualidade. Na hora você percebe que o jogo fica mais nítido, porém com serrilhamento bastante visível, principalmente em detalhes como cabelo. Em troca desse downgrade nos detalhes, o FPS passou dos 150. Em combates contra vários inimigos ou quando rolam muitos efeitos visuais na tela, ficou entre 110 e 120 FPS. E testando no Steam Deck, o jogo oferece uma pré-otimização exclusiva pro portátil da Valve e consegue rodar entre 30-35 FPS.

The Last of Us Part II Remastered

Como eu já havia terminado The Last of Us Part II no PS5, joguei um pouco mais de 3 horas da versão de PC. O suficiente para afirmar, com total tranquilidade, que o port está muito bem otimizado. Inclusive recomendo jogar com o controle DualSense. Tem também suporte pra telas ultrawide e HDR. É um jogo fabuloso, empolgante, um tanto longo (fechei com mais de 30 horas) mas que fará muitos PC gamers felizes. Que a Sony continue encomendando mais ports, quem sabe da franquia completa de Uncharted. Astro Bot certamente vai rolar em breve.