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Como bom fã da série Zelda, estou bastante entusiasmado com Skyward Sword. Uma pena que meu Wii está literalmente do outro lado do oceano e não vou poder comprá-lo até o mês que vem, quando outra vez estarei a um oceano de distância do meu Wii (apesar de que usarei meios, cof cof, alegais para jogá-lo este fim de semana – mas vou comprar a edição com Wiimote dourado e deixá-la lacradinha!).

E, como todo bom gamer entusiasmado, comecei a ler reviews e ficar ainda mais entusiasmado. O review do Destructoid me deixou mais excitado do que um filme da Sasha Grey, só que aí cheguei no final e vi o seguinte parágrafo:

[Basicamente, porque existem jogadores que não gostam de motion control], a Nintendo deveria ter acrescentado suporte ao Classic Controller. Não teria sido tão divertido para mim jogar dessa maneira, mas tenho certeza de que para outros teria sido melhor, pelo menos durante os primeiros estágios de adaptação aos novos aspectos do jogo. Por razões similares, o jogo provavelmente deveria ter vozes opcionais. Eu não teria usado essa opção, mas conheço muitas pessoas que não toleram mais ‘ler’ a história de um videogame, ainda que seja a opção perfeita para o tom não-realista e o estilo de conto de fadas moderno. Além disso, alguns dos poucos chefes me pareceram muito fáceis, apesar de que eram normalmente seguidos de um desafio que mais que compensava a sua falta de desafio. Também há uma quest mais para o final do jogo que não foi divertido quanto deveria ter sido. Sem contar tudo isso, o jogo é praticamente perfeito.

Vamos ver… Não concordo com os dois últimos pontos, mas é critério do crítico apontar a falta de dificuldade e de “diversão” como deméritos para o jogo (por mais subjetivos que sejam esses critérios). Agora, é um demérito para o jogo o fato do jogo não dar opção para pessoas de mente fechada que não suportam motion control e que acham que todo jogo tem que ter dublagem?

Olha, entendo que alguém diga “não gosto de [insira seu jogo detestado aqui] porque não e pronto”, mesmo porque eu também tenho jogos que não suporto. Mas nada, muito menos um jogo, é feito pra agradar a todo mundo. A Activision não faz Call of Duty pra mim, faz pro pessoal que gosta de FPS multiplayer online. Da mesma maneira, a Nintendo fez esse jogo (com no mínimo cinco anos de atraso, mas isso é outra história) para mostrar como usar decentemente o Wiimote; não como um laser pointer on steroids, mas como um verdadeiro prolongamento do jogador, como uma maneira de levar os movimentos do jogador para a tela. Da mesma maneira, quem joga Zelda sabe que todo mundo no jogo é mudo, que não existem vozes porque você vai criar as vozes na sua cabeça.

Mas, ainda assim, o jogo perde pontos porque existem jogadores que preferem ouvir atores ruins fazendo dublagem de má vontade pra poder pagar as drogas no fim do mês, e que só se levantam do sofá quando estão jogando para ir buscar os Doritos. Jogadores esses, a propósito, que devem ser uns imbecis completos, porque apesar de não gostarem de motion control, compraram um Wii, o videogame em que praticamente todo jogo tem algum tipo de motion control.

Na boa, pior que isso só aquele analista de uma revista de negócios que não me lembro o nome, que disse que a Harmonix está numa encruzilhada porque o negócio de jogos musicais está condenado, e que eles deveriam fazer o que o mercado pede: FPS usando o Kinect.

É impressionante como essa indústria só atrai gênios.