Como funciona o Nuzlocke em Pokémon?
- Regra 1 – Apenas o primeiro Pokémon de cada local visitado pode ser capturado. Se derrotá-lo em batalha, sua chance se perdeu ali.
- Regra 2 – Se o seu monstro de bolso chegar a 0HP, terá de descartá-lo do seu time.
- Regra 3 – Caso a sua equipe inteira perder o combate, você recomeçará o jogo do zero.
Já próximo ao fatídico final, não tinha mais tempo a perder. Eu e meu time já tínhamos sofrido grandes perdas como Butterfree, Raticate, Pidgeotto e Blastoise, assim como os demais monstrinhos que não estavam há mais tempo no grupo se foram. Após ter meu Pokémon inicial devastado por um Alakazam, faltava enfrentar Blaine, o líder de ginásio de Cinnabar e o misterioso líder de Viridian, que não estava no local quando passamos por lá na Parte 1.
Após derrotar Sabrina, desci para Fuschia novamente e segui em direção da Ilha Seafom. Obviamente que o caminho foi muito vantajoso para meu Electabuzz e Vileplume, que aumentaram de nível que era uma beleza. Dodrio também aproveitou bastante e derrubou grande parte dos adversários em conjunto com os demais. Chegando no local, capturei um Golbat e logo saí. Os puzzles já estavam manjados nesse ponto e não ia mais empacar em lugar algum. Logo chegando a Cinnabar, o objetivo era entrar na Mansão Pokémon e continuar meu treinamento intensivo.
Você pode até passar desavisado por lá, enfrentar os treinadores e deixar tudo por isso mesmo, mas a Mansão Pokémon é um dos lugares mais interessantes de todo o jogo. É aqui que surgem os primeiros relatos de que houveram testes secretos com Pokémon no passado, a pesquisa e busca que os cientistas que abandonaram o local fizeram em relação ao lendário Mew e remonta a criação de Mewtwo. Vale notar que esse é o primeiro contato que você tem com essa história e é isso que te acompanhará futuramente no pós-game.
O problema com Pokémon de Fogo
Cheia de ladrões, cientistas que retornaram ao local e Pokémon do tipo Venenoso e Fogo, ali também é um excelente local para treinar e logo meus monstrinhos se aproximaram do nível 50. Qualquer pessoa que joga RPG sabe que, quanto mais próximo você estiver dali, mais perto do final você está. Claro que há exceções, não é Senhor Xenoblade Chronicles? Mas do resto, é um padrão do gênero e a maioria não sai muito dessa vertente.
Conseguindo a chave, responsável por abrir o ginásio de Cinnabar, consegui sair de lá para enfrentar Blaine. O lugar é especializado em testes e você tem de chegar afiado no conhecimento para passar sem enfrentar nenhuma batalha. Eu, particularmente falando, optei por enfrentar diretamente os treinadores antes de chegar até o líder. De que adianta você ter de passar pelos desafios sem estar forte para confrontá-los, não é?
Eu não me recordava de Cinnabar ter tantos treinadores, talvez eu tenha tentado responder as perguntas corretamente na época que joguei e não tive de enfrentar tantos, mas logo chegou o combate para conquistar a sétima insígnia. Em Pokémon FireRed, vamos combinar, o tipo Fogo é bem defasado e conta com poucos defensores. Charmander, Growlithe, Vulpix, Magmar e Ponyta, isso sem falar do Flareon, deixam você sem muitas opções de como lidar com os oponentes.
Esse é o maior problema de Blaine, cujos Pokémon não chegam nem perto de enfrentar a diversidade de tipos existentes no game. Sem falar da maior parte dos monstros de bolso serem aquáticos, os tipos Pedra e Terrestre aparecem com frequência, não deixando muita opção para o líder. Nem preciso falar que mal tive problemas, apenas o Poliwrath e o Graveler fizeram a festa e levaram a Insígnia do Vulcão para o meu cartão de treinador.
É a partir do momento que você sai de lá que é apresentada a principal mudança em Pokémon FireRed em relação ao original. Bill está lá te esperando, pedindo sua ajuda para restaurar o poder de um equipamento de seu amigo. Porém, não é em lugar algum de Kanto, mas sim nas gloriosas Ilhas Sevii. O lugar surgiu de forma inédita apenas no remake e, inicialmente conta com apenas três ilhas acessíveis. Depois de enfrentar a Elite dos 4, liberam mais quatro com uma história que continua diretamente de onde parou o jogo original.
A primeira parada é na Ilha Um, onde está o amigo de Bill e sua máquina. Enquanto os dois trabalham no projeto, você está livre para explorar os três lugares que cercam o arquipélago. A Ilha Um é o local onde você tem um vulcão, responsável por encontrar a Ponyta. Eu mesmo acreditei que seria igual ao antigo, onde ela estaria na Cycling Road, porém me enganei redondamente e me deparei com uma logo de cara ao entrar na Kindle Road. Obviamente que capturei, nem pensei duas vezes.
Chegando no Mt.Ember capturei um Persian também e matei a minha vontade de ter ambos os monstrinhos em meu arsenal. Apesar de ser o lugar onde encontra Moltres, decidi deixar ele de lado. Já ignorei a existência de Zapdos e Articuno por onde passei mesmo, não seria um problema. Continuei treinando minhas criaturas ali e parti para as duas ilhas seguintes. A Ilha Dois quase não tem nada para fazer, já a Ilha Três tem um pequeno arco, onde você tem que resgatar uma criança raptada por um Hypno. Um perigo isso, mas cheguei a tempo de salvá-la.
Voltando para Bill, eles deram um jeito de fazer a máquina funcionar e o pesquisador me levou de volta até Cinnabar. Foi um passeio bem rápido, não dura uma hora por lá, mas é um excelente local para treinar ainda mais. A partir dali, a aventura já entraria na reta final. Não tem mais volta, não tem mais por onde evoluir a partir dali. Há apenas o caminho para o fim. Voltei para Pallet através da rota marítima e passei em casa para recuperar o HP e dar um oi para a mãe de Red. Ela não via o filho desde a sua saída, que espécie de criança desnaturada ela tinha criado?
VS Giovanni: Parte 3
Pelo menos deu tempo antes da derradeira vitória ou fatídica derrota contra a Elite dos 4. Seguindo novamente pela Rota 1, cheguei na pequena cidade de Viridian. A batalha contra Blaine foi bem rápida e, pelo que me lembrava do passado, neste também seria. Eu aí estava o meu outro engano. Lotado de Ace Trainers, o ginásio de Viridian é o mais complicado antes de chegar ao seu líder pelos tipos variados que eles carregam em seu time, tornando tudo ainda em algo ainda mais imprevisível.
Porém, finalmente cheguei finalmente no líder de ginásio e ele não era nada mais, nada menos do que Giovanni. O líder da Equipe Rocket, a maior organização criminosa de Kanto também era o último desafio dos treinadores que queriam chegar até a Liga Pokémon. Será que alguém já denunciou ele? De qualquer forma, seu time é formado por vários monstros do tipo Terra e adivinha quem estava tranquilo com o Poliwrath, Vileplume e com o Venomoth para derrotar o Nidoking dele. Sim, eu. Devastado pela terceira vez, peguei a Insígnia da Terra dessa e conquistei o último token necessário.
Havia tempo para respirar? Não, nem um minuto. Só parei um instante para recuperar meus monstrinhos no Centro Pokémon e segui pela Rota 22 mais uma vez, lugar onde capturei meu fiel Rattata, perdido no esconderijo da Equipe Rocket. Lá Green me esperava, com o seu time completo e cheio de gás para me enfrentar uma última vez antes de entrarmos na Victory Road. Da última vez eu até brinquei que ele não me daria um último combate digno, porém seu time estava bem equilibrado e se eu não tivesse me cuidado, teria perdido algum membro do meu time ali mesmo.
Com outra vitória, eu voltei ao ponto onde eu estava cheio de confiança de que o jogo já estaria ganho. Victory Road? Seria fichinha. Elite dos 4? Eu talvez tivesse problemas contra o Dragonite de Lance, mas o restante nem me apavorava. Foi exatamente esse caminho que me levou a perder grande parte do meu time anteriormente. E o pior aconteceu dentro da montanha que carrega os maiores treinadores que o jogo já viu. Sim, caros leitores, meu time que já estava formado teve de ser alterado pelas baixas que sofri lá dentro.
O primeiro que deixou o meu time foi Dodrio. Furya enfrentou vários Pokémon lá dentro, mas caiu perante um Cloyster. Isso que deu não querer trocar pelo Electabuzz e se garantir no Tri Attack. Já Rollouter, meu Graveler, encontrou o seu fim numa batalha em duplas entre Nidoking e Nidoqueen. Um Earthquake bem dado de um deles e adeus para o meu monstro mais antigo que estava no time. Depois disso, tentei usar os Pokémon da minha box, mas Pidgey, Spearow e Shellder não aguentaram o tranco também e chegaram ao zero HP durante o treino.
Os únicos que consegui seguir até o fim e apresentariam uma certa vantagem era meu Magikarp, pescado em Vermillion e o Ponyta, capturado na Kindle Road da Ilha Um. Treinados intensivamente, eu consegui evoluir ambos para Gyarados e para Rapidash, onde se mostraram valiosos membros da equipe e que tinham bastante potencial para honrar os esforços que trouxeram ambos até ali. Seguindo com eles no time, eu ainda estava bem desconfiado do potencial deles, já que Dodrio e Graveler eram a chave para a vitória contra a Elite dos 4.
Isto deixaria qualquer treinador inseguro. Enquanto você joga normalmente, isso não é nem de longe uma preocupação, já que você pode capturar quantos monstrinhos quiser e ainda conta com os Revive para trazer os Pokémon de volta ao combate. Eu tomei a escolha de abdicar deles, mas onde isso me trouxe? Sem o meu inicial, sem a possibilidade de utilizar criaturas poderosas como Lapras, Eevee, Snorlax e até mesmo Aerodactyl, com um time desfalcado e contando com várias falhas…ter confiança seria difícil.
Vamos notar novamente na tabela de tipos, minha equipe contava com dois monstros de água, Poliwrath e Gyarados. Dois Pokémon venenosos, Venomoth e Vileplume. Rapidash e Electabuzz, em sua sequência, eram fracos contra ataques terrestres assim como os do tipo Veneno. Para a minha sorte, não enfrentaria tanto adversidades do gênero ali na Liga Pokémon, porém teriam Dragonite, Lapras, Gengar, Machamp e o Campeão estaria com um time completamente diversificado para me enfrentar. Já na porta do local do último desafio da Game Freak, não existia mais forma de voltar atrás. Eu finalmente tinha chegado na batalha final.
Continua…