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As expectativas eram grandes, afinal de contas, o jogo que o antecedeu (Return to Castle Wolfenstein) se tornou um clássico e cativou os jogadores, especialmente no modo multiplayer. Parece que com este “remake” que se intitulou simplesmente de Wolfenstein, o ponto principal se tornou a campanha singleplayer, tendo um multiplayer desprezível e nada inovador.

Isso decepcionou boa parte dos fãs que aguardavam ansiosos por um bom conteúdo multiplayer, mas ainda assim, a estrutura da campanha solo trouxe um quê de estratégia neste gênero tão saturado que é o First Person Shooter (FPS). A possibilidade de explorar o mapa, em busca de itens, quebra a linearidade bem constante nestes tipos de jogos onde sempre se quer levar o jogador, como que numa corrida, ao final da fase.

Um fator interessante que justifica esta procura por itens, através da exploração dos mapas, é a possibilidade de fazer upgrades nas armas, o que dá ao jogo uma maior longevidade. Mas afinal, em que consiste este tão aguardado Wolfenstein? Será que irá conseguir despertar o interesse dos fãs da série e até de novos jogadores?

Wolfenstein

O herói é o velho conhecido agente B.J. Blazkowicz, presente desde o primeiro jogo, remodelado, mas com os traços marcantes que farão qualquer fã da série viajar no tempo e relembrar o Wolfenstein 3D, um antigo clássico dos computadores e o primeiro jogo do gênero FPS.

A história coloca o nosso querido protagonista em um vilarejo europeu dominado pelos nazistas e que esconde um segredo muito maior: artefatos místicos chamados Veil (véu), possibilitando a quem os detenha a passagem para outra dimensão, chamada Black Sun. Os artefatos também fornecem poderes sobrenaturais, como desacelerar o tempo e ver os pontos fracos dos inimigos. Então poderes místicos e criaturas demoníacas irão rechear toda a trama e despertar a curiosidade do jogador.

A trilha sonora do jogo é extremamente bem elaborada, assim como os efeitos sonoros, o que garante aos jogadores uma boa imersão, não fosse a qualidade gráfica que se mostrou inferior aos padrões atuais. Mesmo usando a mesma engine de Quake 4 (id Tech 4), o jogo apresenta um visual muito comum, ainda mais se comparado aos games que utilizam a Unreal Engine 3, Dunia e CryEngine, entre outros. Mas vale ressaltar que o jogo não tem gráficos feios, longe disso, apenas são gráficos limitados.

Wolfenstein

Os upgrades funcionam de forma bem interessante no jogo, junto com uma boa variedade de armamentos que vão além das típicas metralhadoras, rifles e granadas. Estes upgrades possibilitam que o jogador utilize armas mais poderosas, como o desintegrador de partículas (Particle Cannon). Afinal de contas, nada mais divertido que ver os nazistas virando pó!

Apesar das diversas possibilidades, como usar armas inusitadas e super poderes (como poder se transportar para outra dimensão e encontrar passagens secretas), o jogo não se tornará, mesmo para os fãs da série, o clássico que se esperava. Por se tratar de uma franquia famosa, era de se esperar algo mais caprichado e apurado, tanto no quesito gráfico, como no multiplayer que deixou muito a desejar.

Wolfenstein é um bom jogo, com uma campanha divertida e repleta de ação, que empolga do começo ao fim. Não impressiona no visual, mas agrada com sua ótima jogabilidade. Eu só lamento o resultado do modo multiplayer, que saiu aquém do esperado.

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