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UBERMOSH: OMEGA, como o próprio desenvolvedor Walter Machado diz, é o ápice de sua série Cult Classic que leva o mesmo nome do título analisado. Anteriormente presente em sete diferentes produções (UBERMOSH, UBERMOSH: BLACK, UBERMOSH: Vol 3, UBERMOSH: WRAITH, UBERMOSH: VOL 5, UBERMOSH: SANTICIDE E UBERMOSH: VOL ), o título retro-hardcore é a pura tradução de um top-down-shooter.

Prometendo mais de quatro mil sprites em tela e uma trilha sonora agitada, ele possui em seu gameplay seis opções de personagens, cada um com as suas características, cujo objetivo é chegar vivo ao fim do tempo cronometrado. Dificultando a missão, centenas de inimigos virão em sua direção atirando de tudo que é lado. E o pior: não é possível andar muito, pois há uma demarcação demonstrando o local onde os confrontos devem ocorrer.

Distribuído pelo pessoal da também brasileira QUByte Interactive, UBERMOSH: OMEGA é o resultado de cinco anos de muito estudo e, claro, feedbacks da comunidade. Com todos esses ingredientes e um histórico de outros sete jogos nas costas, pelo menos no papel, possui gordura para surpreender. Porém, será que surpreendeu? Confira a análise comigo e tire suas próprias conclusões.

Escuridão e muito neon

Simplista, logo de cara somos entregues àquilo que será jogado: escolha alguém, ajuste seu estilo de jogo a partir das opções e sobreviva ao caos dentro de 1 minuto e 30 segundos. Ao final de cada turno, seja esse vencido ou não, uma nota será dada em conjunto da pontuação, pontuação essa que aumenta a cada inimigo derrotado e a cada segundo passado.

Imagem do jogo UBERMOSH: OMEGA
É uma explosão de cores na sua televisão, amiguinho.

Com essa breve abertura, já deixo o recado de que não é fácil conquistar pontuações grandiosas, bem como concluir o nível. Isso ocorre devido à alta dificuldade empregada e ao número incrível de inimigos em tela. É caótico! Toda essa balbúrdia rola em fases semelhantes, cujo aspectos sombrios e negros transformam-se assim que a batalha começa, o que acontece devido às explosões de cores encontradas nos tiros, no sangue jorrado, nos personagens e na barreira de neon cintilante que cerca os confrontos.

O aspecto visual de UBERMOSH: OMEGA é digno de aplausos! A paleta de cor abusa de tons vindos do rosa, do roxo, do vermelho, do amarelo, enfim, apenas de cores vibrantes. Considero a direção de arte impecável e ela ganha mais destaque ainda já que não há lag em nenhum momento, tanto no dock do Switch como na televisão.

Escolhendo o destino

Nadando nos 32-bits, a apresentação do jogo, como você pôde conferir acima, é belíssima, igualzinho aos personagens. Os Santos, como são chamados nessa franquia, são: Aya, Wook, T7, Q, Kore e Reez. Seguindo o manual clássico dos games, podemos escolher entre o mais balanceado, o mais difícil e o mais fácil. Aya é a mais balanceada, enquanto que o mais difícil é o Q, e o mais fácil de lidar é o T7.

Imagem do jogo UBERMOSH: OMEGA
São seis opções com diferentes tipos de jogatina. Vale testar cada um.

Com o característico gameplay personalizável, duas opções extras definirão a estratégia adotada. Dentre as escolhas há mais dois respawns, Celeridade (movimentos mais rápidos), três escudos com diferentes aspectos, a Boneblade (lâmina de longo alcance), a Autogun e o Warlock (rifle).

O curioso é que tais decisões mudam de acordo com o personagem, havendo exclusividade, inclusive, para alguns. Admito ter sentido certa dificuldade em entender a mecânica das coisas, bem como de me acostumar com os controles, quando jogado no modo portátil clássico (tela no meio e joy cons instalados nas laterais). Não chega a atrapalhar… Isso pelo fato das partidas serem curtas.

Não tem coisa faltando?

Já que encerrei o paragrafo anterior apontando um pequeno incômodo que tive, separo um inteiro para apontar possíveis melhorias. Não sendo um ponto tão negativo assim, as fases e as músicas são bem parecidas entre si e não marcam como o resto do material. Falando a real, o que realmente me incomodou foi o fato de não existir um resumo dos personagens acerca da história deles. Aliás, o jogo como um todo não explica nada!

Em defesa você pode dizer. “Mas esse é o oitavo jogo da franquia, Fernando”. Sei disso e de repente por isso não há qualquer material nesse sentido. Mesmo assim, penso sempre no pessoal que está se aventurando pela primeira vez.

Imagem do jogo UBERMOSH: OMEGA
Parece a primeira imagem desse review… mas só parece, tá?

O título é recheado de conteúdo, possui um relativo sucesso e uma base de fãs bem fiel. Sendo assim, não seria interessante angariar novos grupos? Sem informações detalhadas fica muito complicado para o novo jogador nutrir carinho e entender o terreno em que está pisando. Defendendo o que falo, confira comigo esse exemplo.

UBERMOSH: OMEGA excluiu o sistema de progressão (de 0 a 100%), para dar vez ao sistema de ranqueamento inspirado no Rank S. O que é isso e para que funciona? Caso você faça entre 5500 e 6000 KO’s, tem a partida perfeita, o que de certa forma encerra sua passagem com aquele Santo. Obviamente, uma pessoa que nunca jogou a franquia, nem sonharia com esse tipo de mudança. A solução para essa e as outras objeções? Lançar um patch com arquivos, histórias e, quem sabe, vídeos explicativos.

Experiência definitiva para os fãs

UBERMOSH: OMEGA está longe de ser um jogo ruim, muito pelo contrário! Diversão e frenesi são encontradas aos montes. O chato mesmo é a falta de amplitude para quem está embarcando nessa aventura pela primeira vez.

Ao aliar gráficos de ponta (isso, claro, naquilo que se propõe), em conjunto de muita ação e cores vibrantes, falta apenas uma atenção maior em pontos, para mim, considerados chaves, como informações, cenários diferentes e uma maior criatividade musical.

Caso pudesse resumir minha análise em curtas palavras, seria essa a frase: um pouco confuso para os que não conhecem a franquia; excelente para os fãs dos trabalhos de Walter Machado.

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