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Sejamos francos: Diablo 3 vai demorar para ficar pronto. O que melhor poderia ajudar a passar o tempo do que um ótimo RPG de ação nos moldes de Diablo? Apenas um ótimo RPG de ação nos moldes de Diablo criado pelas mesmas mentes por trás de Diablo 1 e 2. Aliás, acho que nenhuma expressão define melhor um estilo de jogo do que ”é como se fosse Diablo”. Torchlight é idêntico, com várias semelhanças ao primeiro jogo da Blizzard. Ou seja, um hack n’ slash com diferentes classes de personagens que evoluem conforme derrotam os monstros.

As semelhanças continuam também na história: A Torchlight do titulo é uma cidade que está sendo atacada por criaturas que estão saindo dos calabouços. Cabe ao jogador escolher um dos três heróis disponíveis para desbravar cada um dos andares subterrâneos, passando por hordas de monstros e coletando toneladas de itens. Os personagens são: Vanquisher (Arqueira), Destroyer (Guerreiro) e Alchemist (Mago), cada um representando uma classe com suas habilidades, magias e equipamentos próprios.

Todas essas semelhanças não são mera coincidência. Por trás de Torchlight temos os irmãos Max Schaefer e Erich Schaefer, designers de Diablo e Diablo 2, que empregam aqui muito do que já tinham feito em seus projetos passados. Também do time de produção temos Matt Uelmen, que está por trás da trilha sonora. E que trilha! Novamente, é impossível não fazer um comparativo à trilha de Diablo. A música tema da cidade de Torchlight, por exemplo, soa muito familiar ao tema de Tristam, ainda mais pelo uso característico do violão de 12 cordas na composição.

Torchlight

Torchlight pega emprestado várias referências e apresenta uma fórmula que todo mundo já conhece, mas nem por isso deixa de apresentar seus próprios méritos. O visual estilo cartoon é um dos exemplos, com efeitos de cel shading que dão um estilo diferenciado ao jogo. Os modelos de personagens, cenários, itens e monstros possuem um estilo próprio, com cores e detalhes típicos de desenho animado.

A ambientação é outro triunfo do jogo. Os cenários mesclam fantasia medieval com outras inspirações como, por exemplo, o estilo “steampunk”. As armas também variam, sendo possível usar armas de fogo como pistolas, espingardas e até robôs movidos a vapor. A variedade de equipamentos impressiona: cada uma das classes tem diferentes tipos de armas e armaduras, e são muitas para escolher. Mesmo nos últimos níveis você ainda encontrará equipamentos com característica e aparência única, para personalizar o seu herói. Ainda falando sobre os equipamentos, os personagens podem usar qualquer tipo de arma e armadura sem exclusividade de classe. Um cajado poderoso, por exemplo, pode ser usado pelo Destroyer ou pela Vanquisher. Mas nada é mais divertido do que um Alchemist usando uma varinha mágica e uma pistola ao mesmo tempo.

O jogo oferece também um sistema de animais de estimação (pets). Ao criar seu personagem, você escolhe entre um cão ou um gato selvagem, que irá acompanhá-lo pelos calabouços seja atacando os monstros ou carregando itens para você. Ele pode, inclusive, ir até a cidade e vender seus itens em excesso e até aprender a usar magias de invocação e cura. Além disso, em determinados pontos você pode pescar e, dependendo do tipo de peixe, ao alimentar o seu animal ele se transforme em criaturas que vão desde uma aranha gigante a criaturas elementais de fogo ou gelo.

Torchlight

A única falha de Torchlight é a ausência completa de multiplayer de qualquer tipo, seja online ou em rede local. São cerca de 10 horas de jogatina até o chefe final, que poderia durar bem mais se fosse possível jogar com um amigo. Porém isso é perdoável levando em conta o preço do game (20 dólares, menos de 40 reais) e por rodar em praticamente qualquer PC, exigindo pouco da sua máquina.

Chamar Torchlight de “Clone de Diablo” é ser no mínimo injusto. O game não apenas traz um estilo visual único e algumas novidades bem vindas, como o animal de estimação e dúzias de equipamentos, como também revitaliza um gênero consagrado. A ação é intensa do início ao fim, e a sensação de evolução do personagem é compensadora. Jogo imperdível!

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