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Após o sucesso de críticas com Tetris Effect, imaginei que não tão cedo teríamos uma novidade da franquia. Isto claro levando em conta que o game da Sony, após inúmeras tentativas falhas ao longo dos anos, trouxe excelentes ideias e inovações para um clássico tão complicado de se mexer – a mecânica é a mesma desde seu lançamento, em 1984. Grata então foi minha surpresa ao jogar Tetris 99, novo jogo lançado exclusivamente para o Nintendo Switch.

Com multiplayer no estilo battle royale, o game oferece aquilo que estamos acostumados desde os primórdios da franquia: diversão, desafio e música histórica, fora o visual característico. Há um pequeno problema no gameplay e uma curva de aprendizado na marra, mas nada que tire a satisfação em rever um amigo tão classudo como este.

Achei que era bom em Tetris

Após colocar minhas habilidades à prova em Tetris Effect, estava me sentido um excelente jogador. Avancei no jogo de forma natural e todo desafio que me era proposto, conseguia derrubar. Uma das poucas críticas que fiz foi em relação à falta de um multiplayer. Convenhamos que Tetris é ideal para 1×1. Porém, caso soubesse que sou apenas mais um jogador um pouco acima da média, teria tirado tal ideia do pensamento.

Imagem do jogo Tetris 99
Mantenha a atenção ao seu jogo e aos outros 98. Coisa simples.

O multiplayer de Tetris 99 é extremamente bem vindo e bem colocado. Se jogar contra uma pessoa já seria o máximo, imagine então confrontar outros 98! O game te coloca contra este número insano de jogadores, tudo ao mesmo tempo. Seguindo à risca o gênero de PUBG e Fortnite, ser o último a morrer é a chave do sucesso, não importa sua maneira de encarar a partida.

Mantendo a tradicional fórmula de Tetris, faça seu jogo atento ao próximo tetromino e em qual local você deve encaixá-lo. Mudando o que era encontrado nos outros, enquanto monta seu jogo, preste atenção aos games dos outros pois a qualquer momento você pode ser colocado em um versus. A ideia é genial, embora um tanto confusa no começo. Mas quando se aprende…

Mandando lixo pra galera

Tudo aquilo que for excluído pós-combinação das peças será sua munição contra os adversários. Será este ‘lixo’ que cairá no jogo do outro e vice-versa. Quando o entulho do camarada vier pra você, surgirá sob a cor cinza e cairá quando sua tela estiver piscando freneticamente na cor vermelha.

Imagem do jogo Tetris 99
Com o tempo você vai pegando o jeito. É na marra, mas se aprende.

Para se livrar basta realizar um bom jogo, onde seu entulho (além de ser armazenado) limpa a cagada do outro. Esta é a maneira de cancelar a jogada contrária, realizando o mais clássico movimento de Tetris. Como não há tutorial, este foi um dos pontos que aprendi depois de errar e observar muito.

Como sou amigo, deixo uma dica: complete movimentos certeiros sucessivamente, sejam estes ao combinar quatro linhas de uma vez ou ao realizar o clássico T-Spin e mais lixo será acumulado. Simples e muito eficiente.

Durante todo o gameplay, pequenas grades representarão os jogos dos outros 98 jogadores. Elas ficam ao lado esquerdo e direito, onde no centro, além de seu jogo, fica um comando bem acima. Comando este que te ajuda a decidir quem você irá enfrentar. O interessante, onde admito também ter demorado a entender, é como são escolhidos seus adversários. Novamente, o tutorial faz falta.

Imagem do jogo Tetris 99
Video-game, antes de tudo, é diversão. E Tetris 99 tem a essência.

Podemos optar por enfrentá-los de quatro maneiras distintas: jogadores aleatórios (randoms); aqueles que estão te atacando (attackers); os perto de serem derrotados (K.O.s) e os vencedores (badges), representados por um emblema conquistado ao nocautear o outro. Cumulativo, quanto mais se vencer, mais lixo poderá ser enviado aos adversários. Ao final de sua sessão, independente da colocação, experiência será adquirida e você subirá de level. Na prática não serve para nada exceto para mostrar aos amigos com quem eles estão lidando.

Tetris 99 consegue, da mesma maneira que Tetris Effect conseguiu, manter o clássico vivo com uma excelente repaginada. Exceto pelo gameplay inicialmente confuso e a curva de aprendizado demorada, encontramos o melhor de dois mundos: o velho e o novo, juntos e muito bem, obrigado. O lançamento gratuito e exclusivo no Nintendo Switch foi uma excelente sacada, já que é necessário ter uma assinatura online para jogar. E certamente Alexey Pajitnov, criador do game, está muito contente com o que vem acontecendo de uns tempos para cá.

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